Entenda o que é a crise existencial, quais são seus sintomas, quando ela acontece e o que você precisa fazer para lidar com ela!

Crise existencial

Está se sentindo inseguro, anda duvidando das suas escolhas e não sabe, exatamente, o que quer fazer daqui para frente? Existem vários motivos para isso acontecer, mas talvez você esteja passando por uma crise existencial.

Sei que esse termo é muito usado por aí, só que nem sempre ele é empregado da forma correta. A crise existencial é algo sério, natural e importante para nossas vidas. Então, que tal aprender o que é esse período, quais são seus sintomas e como se sentir melhor? Continue a leitura, vou explicar tudo!

O que é crise existencial?

A crise existencial é muito próxima de uma crise de identidade. Ela é um momento de incerteza pelo qual qualquer pessoa pode passar. Quando isso acontece nós nos questionamos sobre nossos valores, crenças, objetivos pessoais e coisas que fizemos até o momento.

Podemos dizer que a crise existencial é quase como um estado de reflexão. Ficamos confusos e não sabemos o que queremos fazer com nossas vidas. Temos dúvidas sobre nossos relacionamentos, nossa carreira e passamos a reavaliar tudo.

Essas incertezas são completamente normais. Durante nossas vidas nós somos obrigados a fazer escolhas diariamente. Era de se esperar que em algum momento ficaríamos inseguros e repensaríamos nossas decisões, não é mesmo?

Por mais intenso e doloroso que seja o período da crise existencial, ele é necessário. Precisamos, sim, refletir sobre os rumos de nossas vidas, nossas escolhas e nossos objetivos. É graças a essa reflexão que podemos, por exemplo, melhorar nossas escolhas e caminhar rumo à felicidade.

Quais sinais mostram que você está passando por uma crise existencial?

Se você se identificou com as coisas que falei até aqui, fique tranquilo. A crise existencial é completamente natural. Todo ser humano vai passar por ela ao menos duas ou três vezes ao longo da vida.

Entretanto, se ainda não tem certeza se está mesmo passando por este período ou não, eu vou te ajudar. A seguir separei uma lista dos principais sintomas da crise existencial. Dê uma lida e veja se você se identifica com alguns deles!

Ansiedade e esgotamento mental

As maiores incertezas de nossas vidas acontecem em momentos estressantes. Normalmente temos trabalho demais, obrigações demais e pouco tempo para nos dedicar ao que gostamos. Nessa hora ficamos em dúvida se o que estamos fazendo é o correto ou não para nossas vidas.

Esses questionamentos nos deixam ansiosos. Ficamos pensando no trabalho, no futuro, em quanto receberemos, no que aconteceria se continuássemos o namoro, qual seria o impacto de se divorciar de seu parceiro etc.

Vamos criando vários cenários em nossa mente, sempre questionando as decisões que tomamos até o momento. Esse medo em relação ao futuro é o que chamamos de ansiedade.

Depois de algum tempo assim, ansioso, pensando no futuro e sem saber o que fazer com a vida, chegamos ao esgotamento mental. Nesse estado começamos a produzir pouco, procrastinar e ter dificuldade para lembrar das coisas.

Falta de vontade de ficar perto das pessoas

Como você pode imaginar — talvez até mesmo esteja sentindo isso agora, não é mesmo? —, essa situação de ansiedade e cansaço mental é muito desagradável. Ficamos exaustos, sem paciência e sem vontade de fazer nada.

Quando estamos mal desse jeitos, normalmente preferimos ficar sozinhos, correto? Aí acontece o segundo principal sintoma da crise existencial: o isolamento. Nos afastamos de nossos amigos, paramos de conversar com nosso parceiro e até fugimos das festas e reuniões da empresa.

Esse afastamento não é saudável, mas é o que fazemos quando estamos tristes. Temos a sensação de que ao ficar sozinhos podemos refletir e tomar melhores decisões. Além disso, quem quer incomodar outras pessoas para falar de sentimentos e dúvidas tão íntimas, não é?

Podemos até mesmo nos sentir um peso para outras pessoas ao falar sobre esses assuntos. Então, o afastamento e o isolamento parecem inevitáveis.

Pessimismo e desânimo

Com tudo isso acontecendo, o primeiro momento da crise existencial não é nenhum pouco alegre. Começamos a nos criticar e a encontrar erros em nossas escolhas. Nessa hora é difícil evitar aquele pensamento de “se eu tivesse escolhido a outra opção tudo seria diferente hoje”.

E acredite, ninguém nos critica tão bem quanto nós mesmos. Ainda mais quando estamos sozinhos e temos tempo de sobra para ficar tristes e aproveitar da tristeza para refletir (viu? Eu avisei que isso de se isolar não era uma boa alternativa!).

Como resultado, nos sentimos horríveis. Acreditamos que no futuro tudo só piorará e que não temos capacidade, habilidade ou poder para mudar nossas vidas. O desânimo, então, passa a tomar conta de nosso dia a dia — e a vontade de fazer as coisas reduz ainda mais.

Não sabe o que quer fazer da vida

Ao chegar nesse ponto, com o pessimismo e o desânimo fazendo parte da nossa rotina, parece que nada pode piorar. Só que não é bem assim. Qualquer reflexão profunda é dolorosa, porque ela implica em mudança e em um recomeço, em novas decisões e em novos objetivos.

Na crise existencial não é diferente. Quando sentimo-nos tristes e desanimados acabamos perdendo nossas forças. Esse tipo de sensação de incapacidade é muito ruim e queremos sair dela a todo custo.

Por isso, chega um momento em que começamos a tentar, desesperadamente, mudar, levantar da cama e colocar os planos em ação. Mas… tem um problema aí. Que planos que vamos colocar em ação? O que vamos fazer? Vamos manter nossa vida como ela já está hoje?

E aí que começa a aparecer outro dos grandes sintomas desse momento da nossa vida. Nós nos sentimos perdidos, sem saber o que fazer. Não temos objetivos, não temos planos, mas sabemos que precisamos mudar.

Poucas coisas nos deixam tão sem rumo do que saber que precisamos mudar, mas não saber o que queremos mudar.

Falta de apetite ou excesso de apetite

Além dos grandes sintomas da crise existencial — esses quatro que acabei de falar —, alguns outros comportamentos podem ficar alterados durante esse período de incerteza. Um excelente exemplo disso é o nosso apetite.

Existem pessoas que começam a comer excessivamente em função da ansiedade, tentando trocar seus problemas pelo prazer de se alimentar. Afinal de contas, se estamos tristes e a comida nos alegra, é óbvio que vamos comer, correto?

Só que isso não funciona. No melhor dos cenários nós comemos mais do que deveríamos e ainda assim continuamos tristes. No pior dos cenários a situação fica ainda mais complicada: além de tristes, nós nos sentimos culpados por comer tanto e por termos prejudicando nossa saúde e aparência.

Por outro lado, algumas pessoas vão no extremo oposto e simplesmente param de comer. O desânimo é tão grande que até mesmo a comida perde a graça. E como tudo está ruim, comer ou não comer dá no mesmo.

O resultado desse comportamento também é catastrófico. A pessoa fica cada vez mais cansada, dorme por períodos maiores, sai menos de casa, procrastina em excesso e simplesmente não consegue ter energia para fazer o que precisa ser feia.

Sono alterado

Outra mudança também bastante comum durante o período de crise existencial é a forma como dormimos. Assim como no caso da alimentação, algumas pessoas começam a dormir demais e outras quase não fecham os olhos.

É comum ficarmos exaustos — lembra do cansaço mental? — e sem vontade de fazer nada. Quando somamos isso com a falta de objetivos pessoais, levantar da cama parece uma tarefa muito mais árdua do que deveria ser normalmente.

Por outro lado, ao ficar muito ansioso, pensando no futuro e incerto sobre o que acontecerá no dia seguinte, acabamos indo para o extremo oposto. Quando deitamos, ficamos pensando no futuro e nas coisas que precisam ser feitas; isso nos impede de dormir — quem nunca ficou a madrugada toda remoendo algum problema?

Excesso de consciência sobre a morte

Como se tudo isso já não fosse coisa demais para lidar, durante a crise existencial nós ficamos muito conscientes da nossa morte. Achamos que o tempo está passando rápido demais e que não fizemos tudo o que deveríamos.

Passamos a crer que nossa morte está próxima, mesmo que ainda faltem vários anos para ela chegar.

Aumento do tempo nas redes sociais

Para completar, todo esse conjunto de sentimentos negativos, reflexões e incertezas nos leva a passar mais tempo nas redes sociais. Esses ambientes virtuais são simplesmente viciantes. Eles foram criados para prender nossa atenção, nos forçar a ficar online, mas sem exigir muito esforço.

Dessa forma, as redes sociais são as armadilhas perfeitas para quem está passando por uma crise existencial. Você sabe qual foi o motivo de eu ter usado a palavra “armadilha”? É muito simples, e aposto que você vai concordar.

A crise existencial serve para que possamos refletir sobre nossas vidas. Ela é uma ferramenta de mudança que nos permite evoluir, tomar melhores decisões e encontrar a felicidade. Reavaliar nossas ações é necessário. Sem isso não podemos seguir em frente.

Entretanto, as redes sociais não nos permitem fazer isso. Elas prendem nossa atenção — principalmente quando estamos desanimados e querendo procrastinar — e impedem que tenhamos o nosso período de reflexão.

Daí o aumento de tempo nas redes sociais quando estamos desanimados, com dúvidas e ansiosos.

A crise existencial tem a ver com idade?

Frequentemente as pessoas me perguntam se existe idade para ter crise existencial. Sabe o que é mais engraçado? Sim, existe!

A vida humana acontece em ciclos. Apesar de haverem mudanças ao longo dos anos, sempre vivemos de maneira cíclica. Por mais diferente que seja seu comportamento ou suas crenças, é possível que hoje você esteja passando pelas mesmas coisas que outras pessoas da sua idade.

Sei que é estranho ver um psicólogo falando algo assim, tão generalizado. Mas, eu posso mostrar como acontece esse tal ciclo da crise existencial. Que tal? A seguir eu explico os três principais momentos de incerteza de nossas vidas. Continue a leitura!

Crise dos 30 anos

Por volta dos trinta anos a sociedade, de modo geral, espera que estejamos com uma vida estável, carreira engatada e um parceiro fixo, não é mesmo? É o clássico modelo de pessoa bem-sucedida que vai construindo aos poucos a sua história dentro de uma grande empresa.

Isso, por mais duro que seja, não acontece à toa. Nessa idade nós temos uma necessidade maior por segurança. Já não podemos contar com nossos pais, temos que bancar nossas contas, assumir as despesas de uma casa e “tomar as rédeas da própria vida”.

No meio de todas essas cobranças é óbvio que alguma coisa vai dar errado, concorda? Um boleto pode atrasar, a pessoa que você ama pode terminar o relacionamento, sua casa pode precisar de um reparo urgente etc. Aí surge aquela terrível pergunta: “será que fiz a escolha certa?”.

Pronto! Era isso que faltava para iniciar a crise existencial. Você começará a contestar suas escolhas e a se sentir mal pelas coisas que deram errado. Para completar, seu cérebro fará o favor de esquecer todas as suas realizações, fazendo com que sua vida pareça ser um compilado de más decisões.

Mas… isso já era esperado, não é mesmo?

Não é para menos. Veja bem: nesse período nós nos focamos na carreira, não é? Queremos estabilidade financeira e sucesso profissional. Queremos, acima de tudo, um futuro seguro e sem dor de cabeça. O problema disso é que deixamos de lado outras áreas da nossa vida, como a vida amorosa, o lazer ou o relacionamento com a família.

Essa crise existencial nos faz repensar essa escolha. Ficamos com a dúvida se estamos tomando o caminho certo para ter um futuro saudável e feliz.

Por isso que várias pessoas começam relacionamentos amorosos justamente nesse período. É como se fosse uma tentativa para reaver aquilo que estávamos abrindo mão nos últimos anos.

E a crise dos 20 anos? Ela não existe?

Meu caro leitor, se você está na casa dos 20 anos, talvez esteja se perguntando porque não falei da “crise dos 20”, não é mesmo?

Juro que não foi por falta de consideração. O que acontece é que a crise dos 30 tem sido antecipada para várias pessoas. A geração atual, em função da tecnologia, está passando por várias experiências muito antes do que era esperado da geração anterior.

Mas, não quero que você saia daqui só com essas informações, okay? Eu fiz um texto INTEIRO sobre a crise dos 20 anos. Você pode acessá-lo clicando aqui! Tenho certeza que ele vai te ajudar.

Crise dos 40 anos

Seguindo o ciclo da vida, chegamos na crise dos 40 anos. Aqui temos uma pessoa que já consolidou sua carreira (ou está no caminho para isso) e decidiu se queria ou não se casar e ter filhos.

É nesse momento que a autocobrança ataca com toda a força. A vida está relativamente estável, tudo parece seguir seu curso e as coisas acontecem como deveriam acontecer. Entretanto, será que é esse o caminho que levará até a felicidade?

O que acontece nesse momento?

A pessoa passa a gastar muito tempo e energia relembrando sua vida. Ela quer entender se o que fez foi o correto e o que aconteceria se ela escolhesse outras opções nos momentos de grandes decisões em sua vida.

— Será que aceitar a promoção foi a escolha correta?

— Eu realmente queria apenas um filho? Será que eu seria mais feliz com dois?

— O meu casamento fez com que eu me dedicasse menos ao trabalho. Isso realmente foi inteligente?

— Por causa da minha carreira eu estou sem opções. Se um dia a empresa falir eu não tenho o que fazer. Não era melhor ter escolhido outro trabalho?

— Eu me foquei demais no trabalho e agora não tenho um parceiro. O que aconteceria se eu tivesse investido naquele relacionamento a seis anos atrás?

Esses são só alguns dos pensamentos que podem passar pela cabeça da pessoa neste período.

Só que existe um pequeno dificultador na crise existencial dos 40 anos — como se a crise já não fosse ruim o suficiente. Nessa época as pessoas passam por mudanças hormonais bruscas, o que afeta seu comportamento, pensamento e sentimentos.

A autoestima nesse período não é uma das melhores e qualquer acontecimento pode abalar a confiança. Isso acaba levando ao ciclo vicioso de revisar o passado, acreditar que tomou péssimas decisões e ficar se sentindo mal.

Por outro lado, esse é um período da vida marcado por decisões mais diretas. As pessoas na faixa dos 40 anos não perdem tempo com coisas desnecessárias. Depois do período de incerteza, elas ficam muito mais decididas e dedicam suas energias para o que realmente é relevante para elas.

Crise dos 50 anos

Por fim, chegamos na crise existencial mais famosa de todas. A crise dos 50 anos, ou crise da meia idade.

Nesse período do ciclo da vida a pessoa começa a ter mais consciência sobre a passagem do tempo. Ela começa a acreditar que o melhor da vida já passou, que sua juventude ficou para trás e que é impossível aproveitar as coisas como antes.

Essa crise, diferente das demais, não envolve preocupações financeiras ou incertezas sobre a carreira. Ela é muito mais voltada para a qualidade de vida, a felicidade e o prazer que o dia a dia pode proporcionar.

Não é raro que, ao chegar aos 50 anos (ou na década dos 50), as pessoas tenham que lidar com a saída dos filhos de casa. Esse acontecimento corrobora com a crise existencial, deixando ainda mais claro que o envelhecimento está acontecendo.

Para completar, a saída dos filhos deixa uma sensação de vazio na casa. Agora a pessoa não tem mais ninguém para cuidar e precisa encontrar novos objetivos para sua vida.

Só que nem tudo é ruim

Entretanto, como as pessoas de mais de 50 anos são mais experientes, elas sabem o que deve ser priorizado. Por isso, a crise da meia idade tende a ser o momento no qual os objetivos mudam drasticamente. O foco na carreira e na educação dos filhos é deixado de lado.

Em vez disso, a pessoa começa a cuidar mais de si mesma. Ela reavalia sua vida e busca coisas que a façam ser feliz. Nesse momento é comum vermos uma dedicação maior à hobbies, viagens, mudança de ares — talvez uma casa na praia? — e ao bem-estar.

No caso de ter uma boa relação com os filhos, esse período da vida também é o momento de acompanhar a evolução das “crianças” e assisti-las buscando seus próprios objetivos, construindo suas carreiras e relacionamentos.

Dessa forma, podemos dizer que a crise da meia idade é muito intensa, já que traz a noção de tempo e nos faz repensar o passado e perceber que metade de nossas vidas já passou. Em contraponto, essa mesma crise serve para que nos dediquemos ao que realmente importa.

Como tratar a crise existencial?

Por mais que a crise existencial seja algo natural, ela não é nem um pouco agradável. Os momentos de ansiedade, tristeza, desânimo e incerteza são muito intensos. Eles nos fazem refletir, mas também nos causam um profundo sofrimento.

Então, é preciso tomar algumas medidas para evitar que todas essas sensações negativas durem por muito tempo. Pensando nisso, eu separei algumas dicas que vão te ajudar a lidar com a crise existencial. Confira!

Reconheça a sua atual situação

Quando você sentir que está tendo uma crise existencial, largue tudo e pare para respirar. Tire um tempo para você. Não adianta tentar mudar o mundo quando você não consegue nem mesmo ficar bem para levantar da cama, não é mesmo?

Aceite sua situação. Ela é natural, passageira, necessária e importante para sua evolução como ser humano.

Você tem dúvidas, tem medo do futuro, não sabe o que fazer e está se achando incapaz. Tudo bem se sentir assim. Entenda que isso é um processo e que não dá para evitá-lo. Ao reconhecer isso, você poderá se focar em ficar melhor.

Se questione e desenvolva o autoconhecimento

Já que a crise existencial é um momento propício para a reflexão, que tal aproveitá-la? Se questione, sim! Duvide de suas escolha, pense no que poderia ter feito melhor e imagine o que aconteceria se escolhesse outras alternativas.

Mas, não faça só isso. Ganhe autoconhecimento! Reveja suas escolhas, mas entenda o motivo de você tê-las feito naquela época. Questione-se se teria como fazer diferente. Pense no que você gostaria para sua vida daqui para frente e qual é seu conceito de felicidade.

Aproveite esse momento para se conhecer. Aceite o seu “eu do passado”, entenda que ele fez o melhor que podia com o conhecimento e experiência que tinha.

Não aceite o papel de vítima

Durante um momento de fragilidade é muito fácil pensar que somos vítimas. Podemos acreditar que nossas decisões foram feitas ao acaso e que o mundo conspirou contra nós. Talvez se nosso chefe não tivesse nos demitido nossa vida fosse melhor hoje, não é mesmo?

Não! Pode ir parando por aí. O papel de vítima não serve para nada, a não ser para deixar você mais triste, incapacitado e sem confiança.

Independentemente de como sua vida está, entenda que a responsabilidade é sua. Ninguém fez as escolhas por você, ninguém definiu como você trabalharia e nem como você se relacionaria com sua parceira ou seu parceiro. Sua vida chegou até onde chegou graças às suas escolhas.

Conheça a sua importância, reveja seus feitos e assuma a responsabilidade pelo que aconteceu e pelo que ainda vai acontecer com você.

Não se compare e aceite quem você é

Volto a bater na mesma tecla: durante uma crise existencial nós ficamos fragilizados e qualquer coisa pode nos deixar pior. Por isso, devemos evitar comparações — principalmente se essas comparações forem feitas usando as redes sociais como base.

Veja bem, raramente nós mostramos quem realmente somos. O mais comum é que escondamos as partes ruins de nossas vidas e mostremos apenas as boas. Isso significa que o dia a dia de qualquer pessoa pode parecer perfeito, mesmo sem ser.

Se estiver triste e insatisfeito com suas escolhas, a comparação só fará tudo ser pior. Você pegará os piores momentos da sua vida e comprará com o dia a dia “perfeito” das outras pessoas. Nem preciso falar do choque que isso gerará, não é?

Veja o que você já conquistou e seja grato

Em vez de se comparar ou de acreditar que não fez nada na vida, tenho uma sugestão. Que tal pensar nas suas conquistas e realizações?

É, eu sei que é difícil. Mas… tenho certeza que ao longo dos últimos anos você teve várias realizações incríveis. Talvez você tenha entrado para a faculdade, se formado, ganhado um filho ou recebido uma promoção.

Alguma coisa, isso eu garanto, você fez e pode se orgulhar. Que tal colocar essas conquistas em um papel? Escreva tudo o que você conseguiu na sua vida, depois agradeça por cada uma dessas coisas.

Durante os agradecimentos, lembre-se de reconhecer a pessoa mais importante, aquela que permitiu que todas essas realizações e conquistas fossem possíveis. Essa pessoa é você!

Encontre uma motivação para sua vida

Como eu falei várias vezes ao longo do texto, a crise existencial é um momento de incerteza, mas também de mudança. Isso significa que você precisa tomar uma decisão para acabar com seu sofrimento e começar uma “vida nova”.

Para tal, é preciso encontrar uma motivação, algo que te dê alegria e, ao mesmo tempo, seja um desafio a ser superado. O que seria isso para você? Um curso superior? Uma mudança na carreira? Um novo relacionamento?

Pense a respeito disso. Fuja do tradicional. Pare de achar que sua vida está ruim ou que ela precisa ser mudada. Às vezes tudo o que você precisa é acrescentar algo ao seu dia a dia, mas sem para de fazer as coisas que já faz.

Quando conseguir encontrar uma motivação, sua crise existencial muito provavelmente chegará no fim.

Fale com um psicólogo

A crise existencial é um período complicado. As dicas que dei ao longo do texto vão lhe ajudar, mas nem todo mundo consegue colocá-las em prática. Se o desânimo bater, por exemplo, é possível que você decida só ficar deitada o dia todo, esperando que os sentimentos negativos vão embora.

Caso isso aconteça, fale com um psicólogo. Eles são profissionais que estudaram, durante cinco anos, sobre o comportamento humano, os pensamentos e os sentimentos. Com a ajuda dos psicólogos você poderá passar pela crise existencial com menos sofrimento.

Melhor do que isso: um bom profissional ajudará você a aproveitar o momento da crise para refletir. Ele te mostrará um novo ponto de vista, contestará suas certezas e fornecerá meios para que você supere esse momento com muito mais confiança, acreditando em si mesmo.

E é preciso nem mesmo se preocupar em ir até um consultório. Existem psicólogos, como eu, que atendem online. Então, você pode falar com um profissional por meio da chamada de vídeo, diretamente do seu celular ou computador.

O que acontece depois da crise existencial?

Depois que a crise existencial passar — e ela vai passar, acredite! —, a sua vida não mudará da noite pro dia. Todas as decisões tomadas nesse período precisam sair do campo imaginário e ir para a realidade.

Certamente você é uma nova pessoa. Seu pensamento mudou e sua forma de enxergar a vida está diferente. Então, que tal colocar a mão na massa? Alcance seus objetivos, trabalhe em prol das coisas que te motivam e siga em frente.

Se a crise existencial já passou, não dá para fazer nada a não ser colocar em prática tudo o que você decidiu nos últimos dias. É claro que nenhuma mudança é simples. Será preciso enfrentar novos desafios e se arriscar, mas isso é melhor do ficar triste pelo resto da vida, não é mesmo?Caso esteja passando por uma crise existencial e precise conversar com um psicólogo, marque uma consulta!

SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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