6 segredos para se manter calmo e acabar com a ansiedade

Ansiedade

Antes de começarmos a falar sobre ansiedade, responda uma pergunta bem simples: ao deitar na cama, você fica pensando nos seus problemas ou apenas dorme?

Se você, assim como a maioria das pessoas, não consegue se desligar e apenas relaxar, tenho uma notícia muito preocupante: isso é completamente normal e se chama ansiedade. Mas… o que é a ansiedade? Ela é boa ou ruim? Tem cura?

Para responder essas e outras perguntas é que preparei o texto de hoje. Vamos lá?

O que é ansiedade?

Ansiedade é um estado mental caracterizado pela presença de sentimentos de preocupação. É comum que ela apareça no período que antecede momentos importantes, como a entregas de trabalhos, apresentações públicas, casamento etc.

Esses sentimentos estão muito associados ao medo. Veja bem: o que é a preocupação? A melhor definição provavelmente seria aquela que diz que preocupação é o medo, ou o receio, em relação a coisas que ainda estão por vir.

Dessa forma, podemos dizer que a ansiedade é um medo constante que temos em relação a acontecimentos futuros. Normalmente antecedemos esses acontecimentos em nossos pensamentos e começamos a vivenciar os piores cenários, o que nos faz ficar com mais e mais medo antes que o verdadeiro evento aconteça.

A ansiedade é uma coisa boa ou ruim?

Olhando de forma rápida, a ansiedade parece algo muito ruim, não é mesmo? Mas você sabia que ela é fundamental para nossas vidas?

Esse medo constante é também um dos principais combustíveis que nos coloca em movimento. Sem isso, qual seria o sentido de nos aprimorarmos diariamente? Nossos trabalhos, relacionamentos e demais coisas de nossas vidas só são como são por causa da ansiedade.

O medo de algo dar errado nos leva a polir mais cada ação. Como resultado, alcançamos uma melhoria constante. Mesmo que você ache que poderia ter feito melhor o seu trabalho ou ter dito outra coisa durante a briga, por exemplo, acredite: você fez o melhor que poderia ter sido feito naquele momento.

Então é correto dizer que um pouco de ansiedade não só é bom, como é necessário para que levantemos da cama de manhã e façamos nossas atividades. Mas será que ela é sempre boa assim?

Tudo em exagero faz mal

O grande problema dos estados psíquicos, como tudo na vida, é que quando eles acontecem em excesso se tornam prejudiciais. No caso da ansiedade não é diferente, tanto é que ela é considerada o mal do século (sim, transtornos de ansiedade e depressão atingem grande parte da população e são igualmente prejudiciais).

Se por um lado um pouco de ansiedade é importante para que nos movimentemos, por outro o excesso desse estado psíquico faz com que fiquemos paralisados. É importante frisar, mais uma vez, que a ansiedade é uma forma de representação do medo.

Quando o medo acontece em grandes quantidades, é natural que fiquemos paralisados, sem ação, incapazes de tomar uma decisão. Nesse caso, em vez de nos prepararmos para enfrentar o que nos causa medo, a atitude natural de qualquer ser humano é fugir.

A ansiedade não se manifesta só em situações extremas

Mas não precisamos de grandes eventos para ver esse fenômeno acontecer. Nos sentimos ansiedade o dia inteiro. Sempre que pensamos no futuro estamos com algum grau desse estresse. Isso significa que até mesmo as situações mais corriqueiras podem se tornar gatilhos para crises intensas de ansiedade.

Vamos ver um exemplo?

Imagine que você tem muito medo de falar em público e que na próxima semana precisará apresentar um trabalho para cinquenta pessoas. Qual será sua atitude diante disso? Provavelmente a primeira ação será buscar alternativas para não ter que se colocar numa situação que tanto lhe assusta, correto?

Então você pode procurar colegas e fazer uma parceria, deixando-os apresentar todo o material e você fica por conta da elaboração da apresentação e seleção de conteúdo. Mas e se isso não for possível? E se a apresentação for algo realmente necessário, o que acontece?

Nesse caso você enfrenta o medo e vai para cima do palco, não é mesmo? Só que algumas coisas começam a acontecer: sua mão fica gelada, o coração dispara, o corpo começa a tremer, a nuca dói, a visão embaça, a voz sai tremida e você esquece o que precisava falar, além de dezenas de outras sensações ruins.

O comportamento humano precisa de coesão

Esse comportamento é ocasionado pela distinção entre o que seus impulsos dizem para você fazer e o que seu cérebro diz para fazer. Seu corpo e boa parte do seu pensamento só querem fugir da situação na qual você está. Entretanto, a parte consciente da sua mente insiste para que você fique.

Aí acontece como em uma briga de cabo de guerra: os dois lados começam a puxar sem parar, mas ninguém sai do lugar. O resultado aqui é muito óbvio: você congela, não consegue apresentar da forma como gostaria e pode, inclusive, chorar, desmaiar ou sair correndo.

Viu como a ansiedade, quando em excesso, prejudica uma pessoa? Isso pode acontecer com qualquer um, em qualquer situação. Então precisamos nos preparar para que quando esses fenômenos aconteçam consigamos reagir da forma adequada.

Quais são os sintomas mais comuns da ansiedade?

O primeiro passo para nos protegermos da ansiedade excessiva é entender quais são os sintomas mais comuns. Assim podemos identificar que não estamos em nosso estado “normal”, o que facilita as tomadas de decisão que serão necessárias.

Dentre os sintomas mais comuns temos:

  • ficar com medo de tudo;
  • comer demasiadamente para se acalmar;
  • insônia;
  • tensão muscular;
  • inquietação constante;
  • roer unhas;
  • perfeccionismo;
  • problemas digestivos;
  • pensamentos catastróficos.

Quando a ansiedade chega a níveis alarmantes e a pessoa tem, de fato, uma crise, o que acontece é:

  • taquicardia (aceleração do batimento cardíaco);
  • sudorese (o suor acontece principalmente nos pés e nas mãos, podendo ser gelado);
  • tremor nos membros (braços e pernas passam a sensação de estarem sem força);
  • esvaziamento da bexiga (em situações mais extremas pode ser difícil conter a urina);
  • dor de cabeça;
  • tontura;
  • fadiga;
  • falta de ar;
  • dificuldade para pensar de maneira clara;
  • redução da percepção de cores (a visão fica mais acinzentada).

Além desses sintomas mais comuns, é importante lembrar que estados psíquicos específicos, como preocupação e receio, são sinais de ansiedade e podem evoluir caso não recebam a devida atenção, okay?

Como podemos reduzir a ansiedade?

Agora que você já sabe o que é a ansiedade e como ela dá seus sinais, que tal conhecer algumas estratégias para lidar com ela e evitar que esse estado psíquico se torne um mal? Vamos lá!

1. Aceite e se comprometa

Nem tudo que existe no mundo pode ser mudado ou controlado por você. É preciso entender que existem coisas que dependem de outras pessoas e que isso pode, sim, gerar alguma ansiedade, mas que não deve nortear seus pensamentos.

Mude o que está em seu alcance, faça tudo o que puder para melhorar, mas não se esgote. Aceite as coisas que não podem ser mudadas e caso elas não lhe agradem, pense no que você pode fazer para mudar a situação sem depender de outras pessoas ou grupos.

2. Entenda sua real capacidade

Muitas vezes podemos nos sentir despreparados para algo, o que eleva a ansiedade e faz com que pensemos sobre nossas chances de falhar nos eventos que estão próximos. Isso é completamente normal, mas existe uma ressalva.

Raramente nos avaliamos da forma correta. Grandes oradores podem se achar terríveis no palco, excelentes cantores acreditam que sua voz não é boa o suficiente. Nesses casos a ansiedade está sendo alimentada por pensamentos que não se comprovam na realidade.

Então se você for realmente bom em algo, não subestime sua capacidade e não sofra desnecessariamente. Peça feedbacks para entender, de fato, como você se sai diante das situações que lhe deixam ansioso.

3. Exercite corpo e mente

Para além dos fatores comportamentais, os estados psíquicos são reações eletroquímicas que acontecem em nosso organismo. Isso significa que uma pessoa saudável tende a ter menos desequilíbrios do que alguém que simplesmente ignora os cuidados básicos de qualquer ser humano.

Dentre as atividades mais importantes para manter uma boa saúde, a prática diária de exercícios (ao menos uma hora de exercícios moderados a intensos) e o controle da alimentação são essenciais. Somado a isso, sua mente também merece cuidado: leia sobre novos assuntos, brinque com jogos eletrônicos e converse com pessoas diferentes.

4. Mude quando for necessário

Se você perceber que sua vida está em um loop de ansiedade e calmaria, que tal considerar uma mudança?

Quando nos expomos constantemente a situações estressantes acabamos por sobrecarregar nosso corpo. Com isso a liberação de diversos hormônios pode ficar desregulada, acarretando em sintomas fora de contextos.

Imagine, por exemplo, que toda manhã você fica ansioso antes de ir para o trabalho. Depois de algum tempo nesse ciclo, os objetos, pessoas e lugares que você entra em contato enquanto está ansioso viram gatilhos para o nervosismo.

Como resultado, a uma voz pode ser o suficiente fazer sua raiva aflorar. Caso isso esteja acontecendo com você, é fundamental mudar a rotina urgentemente.

5. Não force a barra

Apesar das dicas que demos até aqui, a ansiedade não é, nem de longe, algo fácil de ser controlado. Muito pelo contrário: quanto mais tentamos negar, evitar ou fazer com que a ansiedade diminua, maior é a chance de ela aumentar.

Então nada de forçar a barra, exagerar nos relaxamentos, buscar calmantes ou coisas do gênero, okay? Apenas aceite a sua ansiedade como ela é e busque ajuda caso comece a lhe incomodar.

6. Procure a ajuda de um profissional

Por fim, mas não menos importante, não podemos deixar de indicar a ajuda especializada. Profissionais com formação na área da Psicologia podem, certamente, ajudar você a lidar com tudo que acontece em sua mente, inclusive esses estados internos de medo, alegria, frustração e euforia.

Então se a ansiedade estiver incomodando demais, procure um psicólogo. Em sua cidade certamente existem excelentes profissionais. Além disso, sempre é possível recorrer ao atendimento online e ter contato com um psicólogo sem precisar sair de casa. Bem legal, não é mesmo?

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SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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