Hora de falar sobre o relacionamento possessivo e suas características

relacionamento possessivo

Descobrir as alegrias da intimidade com outra pessoa pode ser uma experiência incrível. No entanto, quando essa conexão se torna possessiva, rapidamente a relação se transmuta em uma fonte de angústia e turbulência.

Em um relacionamento possessivo, um parceiro busca controlar o outro, como se fosse sua “propriedade”, impondo regras rígidas e tomando decisões sobre todos os aspectos de suas vidas. Isso geralmente inclui ciúme injustificado, invasão de limites pessoais e exibição de comportamento abusivo.

Embora seja natural querer se sentir desejado e amado, um relacionamento possessivo pode rapidamente se transformar em uma dinâmica doentia que afeta diretamente suas liberdades individuais e prejudica seu senso de valor próprio (amor-próprio e autoestima, por exemplo).

Vamos entender, um pouco melhor, o que é o relacionamento possessivo?

O que é um relacionamento possessivo?

Relacionamento possessivo é aquele no qual um parceiro exerce controle sobre o outro, tratando-o como propriedade. Nesse tipo de relacionamento, um dos parceiros pode se sentir no direito de tomar decisões pelo outro ou limitar sua liberdade e independência.

O parceiro possessivo pode exibir um comportamento ciumento, monitorando as ações e relacionamentos de seu parceiro com os outros — quase como um detetive, focado em investigar a vida do outro —, e pode ficar com raiva ou chateado quando seu parceiro gasta tempo ou atenção em qualquer coisa ou qualquer outra pessoa além dele.

Nesse ecossistema existe uma disputa de poder, no qual quem é possessivo busca controlar o comportamento da outra pessoa.

À medida que os pequenos controles são aceitos, como acessar o celular do parceiro para ler conversas ou decidir a roupa que a outra pessoa usará, a possessividade tende a aumentar e o que antes era visto só como uma “preocupação” do parceiro vai se tornando um complexo sistema de controle sufocante.

Depois de algum tempo de convivência a pessoa possessiva passa a mostrar um ciúme imenso e a tomar todas as decisões da vida do parceiro: se pode ou não sair com amigos, qual vaga de emprego deveria tentar, quais roupas comprar, chegando ao cúmulo de decidir o que a outra pessoa pode ou não pensar e falar.

A principal característica desse relacionamento é o fato de uma pessoa (o possessivo) se achar dona da outra, como se estivesse no direito de mandar e desmandar na vida do parceiro, controlando cada passo que ele dá. 

Principais características de um relacionamento possessivo

Cada relacionamento é único, mas os relacionamentos possessivos geralmente têm características comuns que podem ser identificadas. Quer se trate de comportamento controlador ou ciúme, reconhecer os sinais desse tipo de relação é fundamental para que você tenha um relacionamento saudável e possa procurar ajuda, se necessário.

Ciúme exagerado

De longe a característica mais comum e mais fácil de perceber, o ciúme é um traço marcante no relacionamento possessivo. Mas não estou falando daquele ciúme brando, quase como uma brincadeira entre parceiros ou uma leve insegurança.

Longe disso: o ciúme no relacionamento possessivo é exagerado. A pessoa tem ciúmes quando você sai com amigos, quando visita sua família, quando vai para o trabalho e até quando usa o celular para conversar com outras pessoas. Para alguém com esse perfil, o fato de o parceiro “gastar tempo” com outras pessoas em vez de ficar com ele é algo inconcebível.

O possessivo quer estar o tempo todo ao lado do parceiro e sente ciúme de qualquer atividade que ele não seja incluído — e mesmo incluso, durante a atividade ele tende a cobrar atenção do parceiro e se incomodar quando este interage com outras pessoas.

Atitudes diretamente controladoras

O possessivo tenta controlar o máximo de coisas que pode na vida do parceiro. Ele pode definir como a pessoa vai gastar o dinheiro, se trabalha ou não, se ela pode sair, qual roupa deve usar e qualquer outra coisa que possa ser controlada.

Um traço claro de controle é a “coleta de informações”. Quem tem um padrão de comportamento possessivo quer saber tudo sobre seu parceiro: para onde ele vai, com quem, por quanto tempo, que roupa vai usar, porque está saindo sozinho etc.

Essas atitudes diretamente controladoras não são todo o repertório que a pessoa possessiva pode exercer, mas são as mais “fáceis” de perceber, mesmo quando estamos dentro da relação. Por isso, vou colocar outras estratégias de controle em categorias diferentes, mas mantenha em mente que praticamente todos os comportamentos de uma pessoa possessiva na relação vão caminhar pelo viés do controle.

Mensagens e telefonemas constantes

Em um relacionamento possessivo, um parceiro assume o papel de “proprietário” e o outro torna-se o “objeto” de controle. Essa dinâmica tóxica cria um ambiente no qual o parceiro possessivo se sente no direito de monitorar cada movimento do outro.

E olha, quando uso aqui os termos proprietário e objeto é no sentido de posse. É a percepção de MEU/MINHA que algumas pessoas tem em relação a seus respectivos parceiros. E pensando bem, se é “minha namorada” e eu trato ela como uma posse, faz muito sentido ditar exatamente como ela vai agir, certo? Bom, pelo menos essa é a lógica aqui.

Nesse cenário, o possessivo cria formas de manter o controle sobre o outro parceiro. Isso pode se dar, por exemplo, pelo bombardeio de mensagens inquisitivas (onde você tá? O que tá fazendo? Porque não me respondeu? Porque ficou online e não falou comigo?) nas quais o parceiro possessivo procura rastrear todas as suas ações.

Qualquer demora na resposta pode provocar questionamentos ainda mais incisivos e intrusivos. Além disso, os telefonemas são mais uma ferramenta de controle — um controle ainda mais invasivo, diga-se de passagem. Graças às vídeo chamadas, frases como “liga a câmera para eu ver onde você tá.” são cada vez mais comuns. Se olhar com cuidado, vai reparar que esse comportamento é uma forma de controle ativo e constante.

Invasão de privacidade

Em um relacionamento possessivo não existe espaço para privacidade. Longe disso: o possessivo sempre encontra formas de entrar no espaço íntimo do parceiro. Ele acessa o celular da pessoa, lê as mensagens e olha as fotos procurando por qualquer coisa que possa ser um indício de traição.

Nesse caso, ainda precisamos lembrar que a traição para o possessivo vai além de uma troca intencional de afetos emocionais ou sexuais com outrem. Para ele, até a quebra das regras estabelecidas pode ser um indício de traição. Coisas como falar com outras pessoas nas redes sociais, enviar memes ou mesmo sorrir enquanto manda mensagem em um grupo de amigos podem ser atitudes vistas como “erradas” — tudo depende do nível de insegurança da pessoa; mais para frente explico melhor sobre a tal insegurança.

Dependendo do tempo de relacionamento e do grau de controle, a pessoa possessiva pode pedir para que seu parceiro apague os perfis nas redes sociais e saia de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp. Tudo isso para evitar que ele se relacione com outras pessoas e possa se dedicar exclusivamente ao relacionamento.

Sabotagem nas amizades e interesses

O parceiro controlador geralmente procura limitar as atividades e conexões de seu parceiro fora do relacionamento. Normalmente isso não acontece de forma brusca. Pelo contrário, existe uma gradativa cobrança para que a pessoa abandone atividades e hobbies, normalmente com a justificativa de que essas ocupações estão atrapalhando a relação e o “pouco tempo” que o casal tem junto.

Nesse mesmo barco, e com uma argumentação parecida, o parceiro controlador pode exigir que seu parceiro se afaste de seu ciclo social, desencorajando, ou mesmo proibindo, a interação com amigos e familiares. Note que tudo tem uma relação direta com o medo do abandono e a necessidade de ter o parceiro sempre perto.

Com o tempo, o parceiro possessivo pode apresentar seu próprio grupo de amigos e familiares ao parceiro. Dessa forma, ambos sempre podem sair juntos e interagir com outras pessoas sem se separarem. Aos poucos esse novo grupo se torna a principal fonte de apoio e interação social dos dois.

Em outras palavras, é como se o relacionamento possessivo fizesse com que a pessoa abandone toda a sua rede de apoio e se torne dependente tanto do seu parceiro controlador quanto dos acessos sociais que ele permite. Todo o companheirismo, validação emocional e reconhecimento passam a existir apenas dentro desse pequeno grupo no qual o parceiro controlador tem quase uma “carta branca”.

Chantagens e manipulações

Em um relacionamento possessivo, o parceiro controlador pode recorrer ao uso de táticas de manipulação, como culpa ou ameaças, para manter seu domínio sobre o parceiro.

Isso cria um ambiente tóxico e insalubre no qual o parceiro se sente preso e impotente. O parceiro possessivo pode usar coerção emocional (ameaçar se ferir caso o parceiro saia com os amigos, por exemplo) para fazer seu parceiro se sentir culpado por passar um tempo longe dele ou por buscar seus próprios interesses.

Além disso, eles podem fazer ameaças caso suas exigências não sejam acatadas. Vamos ver um exemplo disso?

Em um casal imaginário, vamos chamá-los de João Maria, João é um parceiro muito possessivo. Ele fica com ciúmes e raiva quando Maria passa tempo com seus amigos ou familiares, ou mesmo quando ela conversa com seus colegas de trabalho.

Um dia, João exige que Maria pare de falar com seus colegas homens e ameaça terminar com ela se não obedecer. Ele diz coisas como "Se você realmente me amasse, não falaria com esses caras" e "Se você não parar de falar com eles, não sei se posso ficar com você".

Maria se sente presa e com medo de perder João. Ela vê isso apenas como um ciúme pontual e como quer manter a relação acaba cedendo às suas exigências e para de falar com seus colegas homens, mesmo sabendo que era importante para seu trabalho e ela gostava das conversas. 

Nesse exemplo, podemos ver como as ameaças e a coerção emocional — comumente chamada de “chantagem emocional” — podem ser usadas para controlar alguém em um relacionamento.

O relacionamento possessivo é frequentemente marcado por joguinhos psicológicos. É como se a pessoa controladora sempre estivesse usando mecanismos e estratégias para obrigar o parceiro não só a fazer exatamente o que ela quer, mas também se sinta culpado de ter suas próprias vontades e desejos.

Algumas das estratégias mais comuns são:

  • desaparecer até alguma coisa ser feita;
  • ficar em silêncio e evitar contato;
  • ameaçar terminar o relacionamento;
  • ameaçar com possível suicídio;
  • dormir na sala.

Críticas como instrumento de controle

O objetivo de uma pessoa possessiva é ter o parceiro só para ele. E como ele faz isso? Tirando da vida tudo o que possa consumir o tempo do seu companheiro.

Além das estratégias que já falamos até aqui, a falta de respeito é comumente usada. O possessivo faz críticas, insultos, usa de sarcasmos e comentários negativos sobre praticamente tudo na vida do parceiro: o trabalho, o corpo, a forma como se veste, a maneira como se comporta. Tudo!

O possessivo não respeita as escolhas profissionais, acadêmicas e nem os gostos pessoais do parceiro. Ele quer que a pessoa faça apenas aquilo que ele tem vontade e acha correto.

Essas atitudes vão minando a autoestima e fazendo com que o parceiro se ache pouco, inútil, sem valor, incapaz de encontrar outra relação ou de ter uma vida melhor. Afinal de contas, “tudo que ele faz é errado” — e esse pensamento tende a se repetir na cabeça da pessoa após tantas críticas.

Sinais psicológicos do parceiro de uma pessoa possessiva

Ao longo do relacionamento possessivo o parceiro do controlador vai tendo suas fontes de prazer, autoestima e autocuidado minadas. Gradativamente essa pessoa se vê presa, sem alternativas e sem opções para reagir a isso. Dessa forma, alguns sintomas começam a aparecer.

Para deixar ainda mais claro o prejuízo dessa relação, veja um a um os principais sinais psicológicos que alguém apresenta ao estar em uma relação possessiva.

Isolamento

O parceiro possessivo, como falamos, tende a isolar seu parceiro de amigos e familiares, deixando-o sem outra rede de apoio que vá além do próprio relacionamento.

Isso pode levar o parceiro a acreditar que não tem mais ninguém em sua vida que se importe com ele, bem como a se sentir sozinho. Essa situação nos leva a pensamentos sobre o parceiro ser a única pessoa que nos entende e que precisamos dele para sobreviver.

Em outras palavras, ao nos afastarmos de nossos amigos e familiares (rede de apoio) vamos nos tornando mais dependentes do nosso parceiro. Pouco a pouco esse isolamento se transforma em uma dependência emocional e o término da relação parece impossível porque acreditamos não ter mais ninguém para nos apoiar e dar suporte além do nosso parceiro.

Ansiedade

O constante monitoramento e controle do parceiro possessivo cria uma sensação de ansiedade no parceiro. É como se a pessoa estivesse o tempo todo em alerta, tomando cuidado para não “errar de novo” e ser punido de alguma forma pelo companheiro.

Ao se expor durante alguns meses nesse cenário, o parceiro da pessoa possesiva pode sentir que está “pisando em ovos”, constantemente preocupada em fazer algo errado ou perturbar o outro. É natural que, nesse estágio, comece também a questionar suas próprias ações e pensamentos — e esse questionamento tende a ser constante e exaustivo.

Baixa autoestima

O parceiro possessivo pode usar manipulação emocional e rebaixamento para fazer com que seu companheiro sinta que não é bom o suficiente. Nem sempre isso é feito com o objetivo de atacar ou causar mal, mas como já foi dito: se a pessoa age de forma diferente ao que o possesivo acredita ser correto, ele criticará, manipulará e fará chantagem até que se faça da maneira como ele quer.

Agora imagine o cenário: a pessoa está em um relacionamento que fez com que ela se afastasse de amigos, colegas e às vezes até do próprio trabalho. A única fonte de reconhecimento disponível é o parceiro, e esse, por sua vez, é alguém possessivo.

Todos os comportamentos, ações, pensamentos, ideias, falas, em fim, toda a forma de existir da pessoa será criticada diariamente. Sempre que ela fizer algo que vai na direção contrária aos anseios do parceiro ela receberá uma crítica.

A longo prazo a autoestima da pessoa vai sendo minada. Ela não recebe reconhecimento por nada do que faz e passa a entender que suas ideias, sentimentos e pensamentos não têm valor. Alguém nesse ambiente pode, inclusive, considerar que não é digno de amor ou respeito e que têm “sorte” pelo parceiro continuar no relacionamento com elas.

Culpa

Como já falamos, um dos “subprodutos” de estar em uma relação na qual existe coerção emocional é a culpa. Isso acontece porque a pessoa possessiva não diz que temos que fazer algo porque ela quer, mas porque temos, por exemplo, que “priorizar a relação em vez de os amigos”.

Esses argumentos parecem bastante lógicos. Se estou em uma relação amorosa, deveria priorizá-la mesmo, correto? Mas quando essas afirmações acontecem com uma frequência alta, incluindo em situações que deveriam ser saudáveis (como ficar com amigos ou se dedicar a um hobbies), o parceiro da pessoa possessiva começa a sentir culpa por querer ter momentos para si.

Como resultado, surge um sentimento de que ao não cumprir as exigências do parceiro estamos decepcionando ele e, consequentemente, “estragando a relação”.

Depressão

Já falei sobre depressão em outra publicação e recomendo que dê uma olhada nela para aprofundar sobre o tema. Neste texto vou focar apenas no básico, que é explicar que a depressão não é uma tristeza em si, mas a “falta de vontade” para realizar coisas que antes tínhamos prazer em fazer.

Migrando isso para um relacionamento possessivo, acompanhe meu raciocínio: durante uma relação na qual o parceiro controla 100% da nossa vida, é natural que deixemos, pouco a pouco, de fazer coisas importantes para nossa rotina. Ao abandonar essas atividades que nos davam prazer, inicialmente sentiremos falta delas.

Com o passar do tempo percebemos que não existe e nem existirá abertura do parceiro para fazermos o que gostamos. Assim, em vez de continuar insistindo — e “dando de cara com a parede” —, perdemos a energia e paramos de tentar.

E o que acontece com uma vida na qual não temos mais nosso senso de identidade e nem fazemos as coisas que são relevantes ou prazerosas para nós? Exatamente! Depressão. Assim, aquilo que era apenas uma falta de vontade de tentar uma abertura com o parceiro se desenvolve e se espalha, nos levando a ficar sem ânimo, sem forças, para fazer praticamente nada — até mesmo porque nada será aceito pelo parceiro, ou assim pensamos.

Medo

Sabe aquelas ameaças que falamos anteriormente? Como ameaçar terminar a relação, se matar, parar de conversar, se mudar e várias outras alternativas possíveis? Pois é, isso também têm seu preço e ele se chama medo.

Diante das ameaças e das chantagens emocionais é comum que o parceiro da pessoa possessiva sinta que não tem escolha a não ser cumprir as exigências feitas pelo companheiro. O receio de que as ameaças se tornem reais evoca sentimentos terríveis, como o pavor.

Somado a isso, quem passa por um relacionamento possessivo desenvolve um “senso de perigo”. A pessoa sente que existem ameaças a todo instante e tem receio de ser punido por suas ações, mesmo aquelas mais simples e saudáveis, como ir para a academia.

Sinais psicológicos de uma pessoa possessiva

Por mais que eu esteja falando, ao longo de todo o texto, de uma maneira um tanto quanto dura — para não usar adjetivos piores — sobre a pessoa possessiva, isso é apenas um recurso retórico para mostrar o real problema da situação.

Na realidade, o possessivo também sofre e tem seus motivos para agir da maneira que age. Isso não muda o fato de ser errado, nem justifica suas ações. Mas entender o porquê desse comportamento acontecer é uma maneira de contorná-lo.

E a grande resposta aqui, a palavra-chave, é “insegurança”. O possessivo nada mais é que uma pessoa muito insegura, que se esconde atrás de um escudo de ciúme, ataques, críticas e estratégias de evitação.

Insegurança e possessividade: como acontece?

A possessividade é, frequentemente — se não em todos os casos —, uma resposta a crenças de insuficiência e ao medo de perder o parceiro ou ser abandonado.

Pessoas possessivas tem um padrão de pensamento que faz com que tenham medo de serem rejeitadas. Normalmente isso deriva de uma baixa autoestima que os leva a não se sentirem bons o suficiente para o relacionamento que conquistaram.

Como resultado, eles podem tentar controlar o comportamento do parceiro e limitar suas interações com outras pessoas para garantir que o parceiro permaneça com eles. É como se eles tentassem afastar o parceiro de toda concorrência possível, seja de pessoas ou atividades.

Esse é fruto de um sistema de crenças alimentados pela falta de confiança em si mesmos e em seu parceiro. Eles podem sentir que precisam ficar de olho no parceiro para garantir que não estejam fazendo nada que possa levar ao fim do relacionamento.

É importante observar que o comportamento possessivo não é um sinal de amor ou carinho, mas sim um sintoma de insegurança e medo. O comportamento possessivo pode ser prejudicial para ambas as partes envolvidas, mesmo que normalmente pareça que apenas o parceiro da pessoa possessiva é quem sofre.

Como sair de um relacionamento possessivo?

Eu poderia, neste momento, dizer para você que vive em um relacionamento possessivo que existem várias formas de fazer ele ficar melhor. E realmente existem, não seria uma mentira completa.

Mas… será que vale a pena? Mudar o comportamento de uma pessoa, mesmo para mim, um psicólogo experiente, não é a tarefa mais fácil do mundo. Além disso, existem barreiras que precisam ser superadas para vencer um comportamento possessivo.

Será que seu parceiro está disposto a isso? Se você confia na relação que tem e no parceiro que está ao seu lado, e gostaria de tentar salvar o que construíram, te dou apenas duas sugestões: [1] converse com seu parceiro e explique como está se sentido e sugira que ele busque tratamento — indicar este texto para ele pode ser o primeiro passo —; e [2] procure uma psicoterapia urgentemente — caso queira isso, pode me chamar no WhatsApp e verificar minha disponibilidade.

Agora, se você acha que não vale a pena o esforço — e será necessário muito esforço — apenas saia do relacionamento. Se planeje, junte dinheiro (se for preciso), peça ajuda de amigos e familiares — essa parte vai ser difícil caso já tenha se afastado deles, mas alguém sempre está ali para nos receber, acredite — e se mude.

Essa não é uma orientação vazia, muito menos um apoio para você “desistir”. O problema aqui é que quem precisa fazer um tratamento para que essa situação mude é justamente a pessoa possessiva. Caso eu te atenda, por exemplo, o máximo que conseguiria fazer seria ajudar a estabelecer limites, voltar a criar laços sociais, melhorar sua comunicação e te auxiliar a lidar com seus sentimentos.

Agora, se o objetivo é acabar com a parte possessiva da relação, nesse caso quem realmente precisa passar por um processo de psicoterapia é seu parceiro.

Como deixar de ser uma pessoa possessiva?

Como psicólogo, entendo que a possessividade em um relacionamento pode ser um comportamento difícil de superar, e é preciso muita coragem para reconhecê-la e buscar ajuda. A verdade é que a possessividade pode ser prejudicial não apenas para o seu parceiro, mas também para o seu próprio bem-estar mental e emocional.

Por meio da terapia, podemos explorar as causas subjacentes de sua possessividade e trabalhar juntos para desenvolver maneiras mais saudáveis de lidar com suas inseguranças e medos. Esse trabalho, quando feito por psicólogos competentes, pode ajudá-lo a aprender como comunicar suas necessidades e sentimentos de forma eficaz, sem recorrer a comportamentos controladores ou manipuladores.

A terapia também pode fornecer ferramentas e estratégias para construir e manter relacionamentos saudáveis com base na confiança mútua, respeito e comunicação aberta. Você aprenderá como reconhecer e desafiar padrões de pensamento e crenças negativas que podem estar alimentando sua possessividade, bem como será guiado para desenvolver uma autoimagem mais positiva e maior autoestima.

Com muito trabalho, comprometimento e o apoio de um terapeuta treinado, você pode aprender a superar sua possessividade e criar relacionamentos mais saudáveis e gratificantes em sua vida. Lembre-se, buscar ajuda é um sinal de força e nunca é tarde para começar o caminho do crescimento pessoal e da mudança positiva.

Caso precise de ajuda — e se você precisar, está tudo bem, isso faz parte do processo — procure um psicólogo. Você pode falar diretamente comigo, se preferir. Basta me chamar no WhatsApp e ver minha disponibilidade.

SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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