Traição tem perdão?

traição

Se tem um tema que é complicado na nossa sociedade é a tal traição. Não é para menos: a traição é uma quebra de confiança enorme que pode arruinar um relacionamento do dia para a noite.

Mas quais são os motivos que levam uma pessoa a trair? Será que existe perdão para a traição? E se você quiser perdoar seu parceiro, qual seria o melhor caminho a seguir para resolver esse problema de uma vez por todas?

É sobre isso que vamos conversar hoje!

Porque a traição acontece?

Existem vários motivos para acontecer uma traição. Se você sair agora na rua e perguntar para qualquer pessoa, vai ouvir as mais diferentes explicações. Todo mundo tem alguma crença sobre esse assunto.

Vai desde “é falta de caráter” até “foi procurar fora o que não tinha em casa”. Mas de um ponto de vista mais técnico, de uma perspectiva da Psicologia, podemos dividir os motivos da separação em duas principais categorias.

Só cuidado com uma coisa: explicar e justificar são coisas diferentes. Vou explicar o motivo que faz a traição acontecer, mas isso não significa que ela é mais ou menos aceitável apenas por conta disso, combinado?

Circunstâncias focadas no parceiro

Parte das traições acontecem por uma inadequação do relacionamento. Uma pessoa quer A, a outra quer B e ninguém consegue aquilo que busca. Até é possível levar um relacionamento assim para frente, mas o desgaste tende a ser grande.

Quando o desgaste é muito alto a possibilidade de traição cresce. Nesse caso, os motivos principais podem ser:

  • indisponibilidade emocional — a pessoa não se sente conectada com o parceiro, ela não consegue compartilhar sentimentos e emoções, nem ter momentos de intimidade afetiva;
  • inadequação sexual ou indisponibilidade — a frequência sexual do parceiro é muito diferente da ideal ou o companheiro não é aberto para as práticas sexuais ou correções sexuais que fariam com que a pessoa sentisse mais prazer;
  • indisponibilidade de modo geral — indisponibilidade geral do parceiro, como falta de tempo para passarem juntos, baixa prioridade no relacionamento

Circunstâncias focadas na pessoa

Alguns dos motivos que levam a traição a acontecer tem muito mais relação com a própria pessoa do que com o relacionamento dela com seu parceiro. Os que mais chamam a atenção, por serem mais comuns, são:

  • problemas de comprometimento — tem pessoas que não aprenderam a se comprometer com as coisas. Elas não ficam no mesmo trabalho, não estudam na mesma faculdade até o final do curso e muito menos ficam no mesmo relacionamento por muitos anos;
  • problemas de apego — algumas pessoas têm dificuldade de se apegarem a alguém e entender que estão construindo uma relação. Elas não conseguem confiar plenamente e nem entrar “de cabeça” em uma relação;
  • problemas pessoas que não foram superados — insegurança, medo do futuro, ciúmes, indecisão, falta de autoconhecimento, baixo autocontrole e várias outras questões pessoais podem atrapalhar a relação e fazer da infidelidade uma possibilidade;
  • dificuldade para ser monogâmico — algumas pessoas não se identificam bem com a monogamia e esse modelo de relacionamento sempre deixa algo “faltando”. E como socialmente as relações abertas ou poliamorosas não são tão bem-vistas, a traição é uma opção com menos pontos negativos para essa pessoa.

Seu parceiro te traiu. E agora?

Você descobriu que foi traída e agora não sabe o que fazer. Na sua mente tem uma mistura de raiva e culpa, uma dúvida sobre o que levou o seu parceiro a fazer isso e vários sentimentos ao mesmo tempo.

Nesse momento, que não é nada fácil, qual seria a melhor coisa a se fazer? Bom, tudo depende. Se quiser entender o que está acontecendo só existe uma coisa: escute seu parceiro.

A culpa da traição não é sua. Ninguém merece ser traído, não importa o motivo. Seu parceiro sabe disso e a primeira coisa que vai acontecer é ele tentar justificar suas ações se defendendo e colocando a responsabilidade sobre você.

Nesse primeiro momento é comum que escutemos algumas coisas, como:

  • “Você parou de me escutar”;
  • “Sinto que você parou de se esforçar”;
  • “Você não passatempo suficiente comigo”;
  • “Você deixou de se cuidar”.

Confronte a pessoa, pergunte mais dos motivos, peça para ela explicar o que aconteceu e como aconteceu. Escute tudo o que o seu parceiro tem para dizer sobre a traição.

Mesmo que o traidor nunca esteja certo, algumas coisas que ele pode falar talvez façam sentido. E é importante entender isso, principalmente se você ainda tem o objetivo de continuar uma relação com a pessoa.

Mas não se torture. Lembre-se: a traição não é sua responsabilidade.

Quando vale a pena perdoar uma traição?

É totalmente possível perdoar uma pessoa após uma traição e não querer manter um relacionamento com ela. Entretanto, nem todo quer abrir mão de tudo o que foi construído até o momento.

Continuar com o relacionamento e conviver com o traidor, por mais que machuque durante um longo período, é uma escolha totalmente válida e bastante comum. Além disso, todo relacionamento pode, sim, ser salvo — desde que pelos motivos certos.

Nesse caso, o que deveria ser levado em consideração? Você precisa considerar se o seu parceiro merece uma segunda chance. Mas antes de decidir, veja algumas considerações.

Atitudes e comportamentos do seu parceiro

Antes de mais nada, vamos pensar no lado de quem traiu. A pessoa que teve envolvimentos fora do relacionamento fez isso por alguns motivos. Os comportamentos dele nos ajudam a entender se esse vai ser um problema recorrente ou se foi algo que aconteceu apenas uma vez.

Em primeiro lugar, a traição aconteceu com algum ex-parceiro dele? Se sim, isso pode significar que existem alguns sentimentos que ainda não foram resolvidos, ou que esse ex-parceiro é um escape “fácil” para algumas necessidades.

Seu parceiro teve um caso longo com outra pessoa, em vez de ser apenas coisa de “uma noite”? Isso é um sinal para você aumentar sua atenção. Ele faz isso durante muito tempo, o que significa que mudar o comportamento e parar de trair é algo mais difícil, já que envolve, provavelmente, afetividade e não apenas sexo.

Ele não se desculpou de verdade com você e nem demonstrou remorso. Em vez disso, seu parceiro deu desculpas, justificou o que fez e tentou sair como correto? Cuidado, essa atitude diz muito sobre o valor que ele dá para a traição.

Vocês e seu parceiro tem pouco tempo de relacionamento. Como a traição aconteceu no início, talvez seja algo normal para seu parceiro e não fruto de um desgaste de acontece ao longo dos anos.

Seu parceiro tem um histórico de controle, abuso e ciúmes? Lembre-se: ele vê o mundo através das próprias lentes. Logo, ele pode se usar isso para se defender de algo que ele faria e tem medo que você fizesse.

Não é a primeira vez que seu parceiro mente e te trai? Para fazer alguma coisa temos que aprender. Depois que aprendemos, fica mais fácil a cada vez. A mesma regra vale para a traição.

perão de traição

Razões erradas para perdoar

Daqui a pouco vamos falar mais a fundo sobre o perdão, mas é importante frisar uma coisa desde já: existem motivos certos e errados para perdoar. Algumas motivações são quase como se fossem “obrigações” e não vão gerar um perdão genuíno.

Se você quer perdoar porque vocês estão juntos há muito tempo, a chance de dar errado é alta, porque não tem um motivo realmente válido para o perdão. Em inglês existe até um termo para isso: “sunk cost dilemma” (o dilema do custo irrecuperável). Como você investiu muito do seu tempo no relacionamento, é normal não querer que tudo isso seja “jogado fora”.

Você quer perdoar seu parceiro porque também já traiu ele? Isso realmente pode influenciar uma decisão, e faz bastante sentido — você até mesmo entende o seu parceiro e o porquê de ele ter feito o que fez. Mas esse ser o único motivo para perdoar uma traição não é um bom caminho, a menos que vocês queiram que tudo no relacionamento seja resolvido no “olho por olho”.

Você quer perdoar seu parceiro porque vocês têm filhos? Você ama seus filhos, pensa no bem deles e a última coisa que quer é dar um lar “aos pedaços” para eles — e claro que crescer com os pais separados tem, sim, impacto. Mas… crescer com pais infelizes e que constantemente brigam e não confiam um no outro não seria tão ruim quanto a separação?

Você quer perdoar seu parceiro porque o círculo de amizades de vocês é o mesmo? Nada mais comum do que o casal construir amizades em conjunto, principalmente depois de um relacionamento longo. Na separação seus amigos podem ter que escolher um lado, talvez você fique sem nenhum desses amigos, mas nada disso é garantido, a infelicidade do casamento talvez seja.

O que é o perdão?

Perdoar uma traição não tem nenhuma ligação com querer manter seu relacionamento mesmo não querendo, aceitar as desculpas do traidor ou prometer para a pessoa que você esquecerá tudo que aconteceu.

Perdão tem a ver com você, com seus sentimentos, com como você se sente sobre o seu parceiro e internamente. É deixar de ter ressentimentos, mesmo sem esquecer o que aconteceu, contra seu parceiro.

O perdão não é para o seu parceiro ou para qualquer outra pessoa que não você. Perdoar é deixar o ressentimento ir embora, aceitar o que aconteceu e entender que apesar disso a sua vida continua.

Perdoar é cuidar da sua saúde mental. É se levantar, mesmo depois de ter sofrido tanto, e colocar as coisas em ordem. Não é para deixar o traidor tranquilo, é para se permitir seguir em frente apesar do que aconteceu.

Perdoar é importante

Agora que entendemos que perdão não tem a ver com aceitar a traição, mas sim cuidar da sua própria saúde mental e bem-estar, podemos finalmente falar da importância do perdão. Independentemente do seu parceiro merecer uma segunda chance ou de vocês continuarem no relacionamento, o perdão precisa acontecer.

Vamos entender o motivo.

Perdão é um passo em direção a confiança

Uma pessoa traída se sente fragilizada, indefesa e incapaz de confiar em outra pessoa com medo de que tudo isso volte a acontecer. Esse é o resultado de guardar rancor: o rancor remói aquele sentimento negativo e traz ele a tona a todo momento.

O perdão é o primeiro passo na direção da confiança. Ao perdoar você se coloca em uma posição que permite acreditar de novo em outras pessoas. Seja na reformulação do seu relacionamento atual ou em um relacionamento futuro, a confiança é a base de tudo.

Pessoas que já foram traídas e não perdoaram são ressentidas. Elas deixam de ser honestas e sempre estão com a guarda levantada em seus relacionamentos, dizendo coisas como “antes eu confiava, agora eu não caio mais nisso”.

É impossível ter um relacionamento saudável assim. Um relacionamento de verdade é construído com base na confiança e no companheirismo.

Não perdoar é mentalmente exaustivo

Pensar é uma tarefa ativa. Gastamos energia e usamos nosso cérebro para fazer isso. Quando precisamos pensar muito e de maneira concentrada (quando fazemos uma tarefa difícil, por exemplo) é comum ficarmos exaustos e até mesmo com dores.

Nossa mente é incrível, cheia de recursos fantásticos e é capaz de lidar com os mais diferentes desafios. Mas energia é um recurso limitado: quanto mais usamos, menos temos.

Quando pensamos na traição, no ressentimento e nas coisas negativas que envolvem esse remorso, escolhemos usar o nosso cérebro para lidar com isso em vez de cuidar de nós mesmos, pensar em nossos filhos, resolver um problema no trabalho ou qualquer coisa do gênero.

Já reparou que quando alguma coisa muito boa ou muito ruim acontece acabamos perdendo o foco e não conseguimos, mesmo tentando, manter a concentração em mais nada?

A traição machuca, ela faz mal, mas nosso cérebro é como se fosse uma casa. Se todos os cômodos forem ocupados por esse pensamento negativo, o que sobra? Perdoar é o caminho para resolver isso.

O perdão é saudável

Além dos dois pontos anteriores, que tem toda a relação com saúde mental, o perdão ainda traz outros benefícios para sua saúde. De acordo com a Mayo Clinic (uma ONG dedicada a pesquisa e oferta de serviços médicos) o perdão pode:

menos estresse, ansiedade e hostilidade;

  • menos sintomas de depressão;
  • menor pressão sanguínea;
  • sistema imune mais forte;
  • autoestima mais elevada;
  • melhora da saúde cardíaca.

15 perguntas que você precisa fazer antes de dar uma segunda chance para seu parceiro

Como falamos, o perdoar a traição é algo que você deveria, sim, fazer. Isso te faria bem, física e mentalmente. Entretanto, perdoar não significa continuar no relacionamento.

Antes de decidir se você quer continuar na relação que está hoje, existem algumas perguntas que precisam ser feitas. Não existem respostas certas ou erradas, quem julga o peso de cada pergunta e cada resposta é você, mas são temas importantes a se considerar.

Ante aí!

  1. Seu parceiro assumiu a responsabilidade pelo ato ou tentou encontrar desculpas e te culpar?
  2. Ele cortou totalmente o contato com a pessoa que estava tendo um caso?
  3. Seu companheiro se desculpou, e fez isso de maneira sincera?
  4. A traição aconteceu na sua cama ou lugares similares?
  5. Seu parceiro realmente entendeu o quanto ele te machucou?
  6. É a primeira vez que seu parceiro te traiu?
  7. Seu parceiro se comprometeu em responder todas as suas dúvidas sobre a traição ou ele se recusou a oferecer essas informações tão importantes no processo de perdão e melhoria?
  8. Você acredita que pode confiar no seu parceiro de novo?
  9. Você vai, verdadeiramente, perdoar seu parceiro ou ficará relembrando e “jogando na cara dele” essa infidelidade sempre que houver um desentendimento?
  10. Existe mais alguém que depende do seu relacionamento, como filhos, família e amigos?
  11. Você e seu parceiro estão dispostos a trabalhar duro e fazer o que for preciso para superar a traição e as consequências dela (incluindo terapia de casal, muito diálogo, novas atividades e várias outras coisas)?
  12. Você contraiu alguma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) por causa da traição do seu parceiro?
  13. Com quem seu parceiro te traiu? Foi uma coisa de uma noite um caso de uma noite ou ele buscou alguém do passado, como uma ex de longa data?
  14. Seu parceiro teve algum filho fruto da traição?
  15. Você pode ser feliz com seu parceiro de novo?

Sinais de que você não está pronta para dar uma segunda chance para seu parceiro

Tudo na vida é um processo, e o perdão de uma traição também. Mesmo aceitando o que aconteceu, nem sempre você estará preparada emocional e mentalmente ao ponto de se permitir dar uma segunda chance para seu parceiro.

Mesmo que você se convença que está tudo bem e que quer tentar de novo, suas ações sempre vão falar mais alto do que seus pensamentos. Você até pode mentir na sua mente, mas sua rotina como casal mostrará se esse perdão é real ou não.

Por isso, separei alguns sinais que ajudam a identificar que você ainda não está pronta para dar aquela segunda chance.

Seu parceiro te irrita com facilidade

No início do processo de fazer as pazes é normal que seu parceiro se esforce bastante e que esse esforço não seja recíproco da sua parte. Mas não é um bom sinal qual você começa a ficar irritada com praticamente qualquer coisa que ele faz.

Em vez de voltar a rotina de antes, você pode se sentir nervosa o tempo todo com tudo que ele faz, talvez até mesmo com o tom de voz dele.

Esse é um importante sinal de que vocês ainda não estão prontos para ficarem juntos. Ele está se esforçando mais do que o normal para tentar compensar o erro, e você está ficando irritada com cada contato entre vocês.

Em vez de se machucarem, não seria melhor dar espaço e esperar para ver se esse estresse diminui um pouco?

Você questiona novas amizades

A traição acaba com toda a segurança que você tinha no relacionamento. Essa fragilização faz com que seja necessário compensar com algumas defesas. Dentre elas, a insegurança e o ciúme.

Novas amizades, antes da traição, nunca foram um problema para você. Um novo colega de trabalho ou algum amigo diferente no círculo de conhecidos era algo natural. Contudo, depois da quebra de confiança sempre fica uma vozinha na sua cabeça: “cuidado, ele vai te trair com essa pessoa”.

Viver assim é impossível. Seu parceiro vai, sim, ter relacionamentos de amizade e trabalho com todos os tipos de pessoa. Sem confiar nele essas relações viram um tormento na sua mente e geram brigas e desconfianças.

Se você não consegue confiar que seu companheiro não vai trair novamente, talvez não seja a hora de vocês estarem juntos.

Você não tem mais aquelas pequenas atitudes

Um relacionamento é feito de pequenas atitudes: preparar a carne do jeito que o companheiro gosta, falar um “eu te amo” vez ou outra, beijar a pessoa, escolher uma série para assistirem juntos etc.

Essas pequenas ações começam conscientes, mas gradualmente passam a fazer parte da rotina e você faz porque quer fazer, simples assim.

Deixar as pequenas atitudes de lado, que é o que realmente importa em um relacionamento, é o mesmo que dizer que você saiu da rota do perdão e está desistindo de tentar.

Se você perceber que não está fazendo esses pequenos atos românticos, pare por um segundo e se pergunte: porque você se sente desconfortável ao fazer essas pequenas coisas para seu parceiro?

O sexo parece estranho

Além da intimidade emocional, a intimidade física é igualmente importante em um relacionamento. 

Só que isso não é tão fácil, né? Fazer sexo enquanto seu cérebro joga na sua mente imagens do seu parceiro tendo intimidades com outra pessoa é uma tarefa complicada. O sexo deveria ser algo privado, de vocês, mas se você fica pensando em como eles faziam e o que faziam não tem como ter intimidade.

O seu desejo sexual é um excelente indicador sobre como você com relação a essa segunda chance dada ao seu parceiro. Mesmo que você diga que está pronta para perdoar, seu corpo vai rejeitar o toque do seu parceiro se o sentimento não for sincero.

Você fica desconfiada quando seu parceiro sai

Seu parceiro sempre saiu. Você confiava nele. Quer confiar nele de novo, mas foi em uma dessas saídas que a traição aconteceu e a desconfiança agora faz parte do seu dia a dia.

Sente que precisa ir para as redes sociais e pesquisar sobre as saídas do seu parceiro, ver as fotos que os amigos posta com ele e começar a analisar cada possível alternativa de traição que está ali.

Bisbilhotar seu parceiro onde quer que ele vá é outro grande indicador de que a confiança de vocês está abalada. Em vez de confiar, seu dia é cercado de medo e incertezas.

Mais do que isso: você não confia nas escolhas que seu parceiro faz. Acredita que ele vai tomar decisões ruins que o levarão a uma nova traição. Afinal de contas, isso já acontece e sua preocupação com a reincidência é constante.

Isso não é justo, nem com seu parceiro (caso ele esteja fazendo tudo o que pode para corrigir os próprios erros) e nem com você, que fica exausta e passa o dia com preocupações que não deveriam existir em um relacionamento saudável.

Você instiga brigas

Brigar depois de descobrir que uma traição acontece é natural e você está no seu direito. É esperado que você pegue algumas coisas do passado e comece a dizer, fazendo a chamada “lavação de roupa suja”.

O que não é normal, e não é saudável, é instigar brigas sem motivo algum. Em um relacionamento existem motivos para ter brigas, mas é necessário ter atenção: uma coisa é reclamar com seu parceiro por ele sair várias e várias vezes com o colega mesmo depois de ter te traído, outra coisa é preparar um divórcio porque ele comprou a marca errada de sabonete.

É como se você procurasse por motivos para iniciar uma briga. Esperando qualquer pequeno erro para começar a gritar e atacar a pessoa.

Essa é uma clara manifestação de raiva. Raiva das ações, raiva da pessoa, raiva do tempo perdido, raiva de tudo que seu parceiro representa para você hoje. E aí te faço uma pergunta: como viver com alguém de quem você tem raiva?

O passo a passo para o perdão

Para verdadeiramente perdoar seu parceiro e, quem sabe, dar uma segunda chance é preciso entender que a reconstrução do relacionamento é um processo lento, rigoroso, constante e cheio de altos e baixos.

Não existe uma fórmula secreta para isso. Até existem alguns passos que podem ser seguidos (e se quiser, posso falar disso em outro texto no futuro), mas a principal dica que posso dar, a coisa mais fundamental e essencial, é a psicoterapia de casal — já expliquei como ela funciona em outro texto, você pode ler clicando aqui!.

A traição gera uma grande quebra de confiança e acaba com a comunicação do casal. No aconselhamento de casais o psicoterapeuta vai ajudar os dois a recriar as partes mais elementares e importantes do relacionamento, treinando vocês para que você e seu parceiro tenham as habilidades para fazer essa segunda chance valer a pena.

O terapeuta, como você deve imaginar, não vai resolver o problema em um passe de mágica. O casal precisa trabalhar em conjunto com o psicoterapeuta, fazer os exercícios passados e ir, passo a passo, reconstruindo a confiança que foi destruída.

Você sente que precisa de uma ajuda profissional para lidar com o problema da traição no seu relacionamento? Me chame no WhatsApp e vamos marcar uma consulta!

SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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