[TESTE E INFOGRÁFICO] Conheça as 5 linguagens do amor e entenda porque você NÃO deveria acreditar nelas

linguagem do amor

Você já percebeu como os relacionamentos amorosos começam a ficar menos interessantes depois de um tempo? A pessoa deixa de ser tão atraente e começamos a encontrar desculpas para não passar o tempo juntos um do outro. A causa disso pode ser uma das suas 5 linguagens do amor.

Todo relacionamento vai, inevitavelmente, esfriar uma hora ou outra. Isso acontece porque não sabemos nos comunicar na mesma linguagem que nosso parceiro. Por isso, neste texto vou lhe ensinar como contornar essa situação. Vamos lá?!

O que são as 5 linguagens do amor?

As 5 linguagens do amor é uma teoria — aqui já deixo minha primeira crítica: é mais uma metáfora que uma teoria, então leia com isso em mente — criada pelo pastor norte-americano Gary Chapman. Segundo ele, cada pessoa demonstra amor e se sente amado de uma forma única. Entretanto, é possível dividir essas formas de amor em cinco grandes grupos:

  1. palavras de afirmação;
  2. tempo de qualidade;
  3. atos de serviço;
  4. presentes;
  5. toque físico.

— “Ah, mas ele é um pastor, então essa teoria não tem respaldo científico.”

Correto. Como ele é um pastor, não um psicólogo, não podemos dizer que as 5 linguagens do amor são um conhecimento científico e muito menos uma verdade universal. Por isso, mais uma vez a ressalva: vamos olhar para as 5 linguagens do amor como uma metáfora — e como metáfora é um conhecimento interessante.

O que Gary Chapman fez durante sua vida foi ajudar e aconselhar dezenas de casais. Por ser um pastor, Chapman sempre teve contato próximo com as pessoas que frequentavam sua congregação na Carolina do Norte. Depois de atender vários casais ele foi percebendo que algumas coisas pareciam se repetir.

Então, ele arregaçou as mangas e tentou colocar no papel tudo que via acontecendo. Dessa forma, Gary Chapman entendeu que o grande problema dos casais é que nenhum das duas pessoas sabe expressar seu amor de forma que o outro entenda.

Sabe qual é a parte mais legal disso tudo? O que ele fala faz muito sentido!

Quando atendo casais isso é algo que sempre fica claro já nas primeiras consultas. Não raramente, o grande problema do relacionamento está na comunicação. Como cada pessoa é diferente e tem uma base de vida completamente única, é natural que até mesmo as palavras que usamos tenham significados diferentes.

Não acredita? Então, faça esse teste com seu parceiro: quando eu digo a palavra “bola”, o que aparece na mente de vocês? Para algumas pessoas é um campo de futebol, outras imaginam apenas o fonema. A grande maioria (falo por experiência, já que fiz essa “brincadeira” algumas vezes) tende a imaginar apenas uma bola. Mas… pasme: até a bola que imaginamos é diferente. A que eu imaginei foi uma bola de basquete, daquelas laranjas tradicionais. E você?

Quais são as 5 linguagens do amor?

Se você chegou até aqui, imagino que já percebeu que as 5 linguagens do amor não são universais, mas servem como uma bela metáfora para explicarmos o problema de comunicação em um relacionamento.

Então, primeiro vou apresentar cada uma delas, explicando mais ou menos a ideia que Chapman traz em seu livro. Depois vou aprofundar mostrando como você pode usar essa metáfora na sua vida. Vamos lá?

Palavras de Afirmação

“Palavras de Afirmação” é uma das maneiras propostas por Gary Chapman para demonstrar amor e afeto em um relacionamento. Essa linguagem se refere ao uso de palavras e expressões que afirmem e reconheçam o outro, tais como elogios, palavras de encorajamento, reconhecimento e gratidão.

Elogios, frases de admiração, incentivos verbais e agradecimentos fazem parte das Palavras de Afirmação.

Se você conhece alguém que demonstra felicidade ao receber elogios, não poupe reconhecimentos verbais. Agradeça pelos trabalhos feitos e expresse verbalmente que a admira quando houver oportunidade.

Quando elogiamos alguém, ou agradecemos, estamos reconhecendo as coisas que essa pessoa faz. O reconhecimento é essencial. Ele nos deixa motivados, felizes e com vontade de repetir os mesmos comportamentos que geraram os elogios — quem não gosta de escutar algo positivo?

E é justamente esse o ponto importante: quem não gosta de elogio? Podemos até não saber lidar com os elogios, mas ter um reconhecimento pelo que fazemos, por quem somos ou por aquilo que nos dedicamos é sempre algo importante. Por isso, não procure saber se seu parceiro tem ou não “palavras de afirmação” como primeira linguagem do amor. Em vez disso, elogie quando puder e fizer sentido.

Para algumas pessoas pode ser muito difícil elogiar, até mesmo porque essa é uma habilidade que nem todos desenvolvemos ao longo da vida. Pensando nisso, deixo aqui algumas sugestões de pequenos elogios que podem ser feitos — até mesmo para que você perceba que os elogios não precisam ser grandiosos, assim como as ações que merecem o elogio também não necessitam desse requisito.

Exemplos de Palavras de Afirmação que você pode usar

— “Nossa, o almoço ficou ótimo!”

— “Você fica incrível nesse terno!”

— “Você está lindo!”

— “Eu acho que vale a pena tentar. Você tem muita chance de ganhar!”

— “Obrigado por ter lavado a louça.”

— “Como você fez para a casa ficar desse jeito? Ficou fantástico!”

— “Adorei a escolha. Você realmente tem jeito para isso.”

Tempo de Qualidade

“Tempo de Qualidade” se refere ao ato de dedicar tempo e atenção exclusiva a alguém durante alguma atividade, sem interrupções ou distrações, com o objetivo de fortalecer o vínculo emocional e a conexão afetiva. Isso pode incluir coisas simples, como conversar, passear juntos, assistir a um filme, cozinhar ou jogar um jogo, desde que sejam realizadas com presença e intenção consciente de se conectar emocionalmente.

Em outras palavras, Tempo de Qualidade é realizar alguma atividade em conjunto com a outra pessoa enquanto focamos realmente naquilo que fazemos e na interação que estamos tendo — vale não apenas para seu parceiro, mas para qualquer relação, como amizades, coleguismos de trabalho ou contato com seus familiares.

Uma possível crítica em relação à linguagem do “Tempo de Qualidade” como uma das linguagens do amor pode ser a sua possível impraticabilidade em alguns contextos e relacionamentos. Algumas pessoas podem não ter a disponibilidade de tempo, ou mesmo o desejo, de compartilhar atividades com seus entes queridos.

Outra crítica possível seria a tendência a estereotipar as pessoas e reduzi-las a uma única linguagem do amor, quando na verdade as pessoas são complexas e multidimensionais, e podem expressar e receber amor de várias maneiras diferentes.

Caso você e seu parceiro queiram se engajar em alguma atividade de Tempo de Qualidade, deixo algumas sugestões do que poderia ser feito — lembrando sempre que o mais importante é estar “presente” durante a atividade, ou seja, nada de distrações (como celular, televisão etc.) e foco na interação.

Exemplos de Tempo de Qualidade que você pode experimentar

  • Sair para algum restaurante.
  • Ir jogar boliche.
  • Ficar em casa assistindo a um bom filme.
  • Cozinhar juntos, fazendo uma receita nova.
  • Experimentar novas atividades juntos.
  • Jogar algum jogo de tabuleiro — ou cooperativo, no videogame ou computador.

Atos de Serviço

“Atos de Serviço” é uma das linguagem do amor que consiste em demonstrar amor por meio de de ações práticas que visam ajudar e cuidar da pessoa amada, como preparar uma refeição, fazer tarefas domésticas, cuidar dos filhos ou dos animais de estimação, entre outras.

Os “Atos de Serviço” podem ser vistos como uma forma concreta e prática de demonstrar amor, pois envolvem ações que ajudam a aliviar o estresse e as responsabilidades diárias da outra pessoa. Quando essas ações são realizadas de forma voluntária e espontânea, sem a necessidade de serem solicitadas, elas podem ser ainda mais significativas para a pessoa que as recebe.

No entanto, uma crítica possível em relação à linguagem do “Atos de Serviço” é que algumas pessoas podem interpretar esse comportamento como um sinal de que não são capazes de lidar com suas próprias responsabilidades, o que pode gerar ressentimentos e conflitos na relação.

Além disso, pode haver a possibilidade de a pessoa que realiza os “Atos de Serviço” se sentir sobrecarregada e não receber o reconhecimento e a reciprocidade desejados — inclusive porque algumas dessas ações podem ser vistas como o “mínimo” a ser feito na relação, e em alguns casos de fato é.

Para ficar ainda mais claro: quando falamos sobre “Atos de Serviço” estamos dizendo de ações que você pode empregar, na prática, e que vão aliviar a carga de estresse diário do seu parceiro. Por exemplo: imagine que você está em casa e percebeu que o calor do lado de fora está intenso. Que tal ligar o ar-condicionado para que a casa fique mais fresca para quando a pessoa chegar?

Exemplos de Atos de Serviço que você pode fazer

  • Levar o lixo para fora.
  • Lavar a louça.
  • Arrumar a cama.
  • Preparar alguma refeição.
  • Consertar coisas na casa.
  • Resolver questões burocráticas, como cancelar um serviço de internet.
  • Organizar as contas do mês.

Presentes

A linguagem do amor “Presentes” se refere à importância que algumas pessoas dão a receber presentes como uma forma de demonstração de amor e afeto. É comum que elas sintam-se amadas e valorizadas quando seus parceiros oferecem presentes que têm significado especial para elas, mesmo que sejam pequenos ou simbólicos.

No entanto, uma possível crítica em relação a essa linguagem do amor é que ela pode ser vista como superficial ou materialista por algumas pessoas. Além disso, algumas pessoas podem achar que a pressão para dar presentes ou a necessidade de receber presentes para se sentir amadas pode colocar uma carga desnecessária em um relacionamento.

Mas atenção!!! Amor não é uma moeda de troca onde o valor do amor é medido pela quantidade e qualidade dos presentes oferecidos. Pensar dessa forma pode levar a uma interpretação equivocada da verdadeira essência do amor, que é sobre compartilhar momentos significativos e conexões emocionais genuínas.

Por isso é tão importante pensar em presentes que têm significado especial para a pessoa. Vou dar um exemplo simples: sei que minha noiva gosta do chocolate da marca Trento. É algo barato, simples, quase imperceptível. Mas a verdade é que ela se alegra quando chego com as compras e o chocolate vem junto. É simples, mas tem significado para ela.

Assim, é importante lembrar que cada pessoa é única em suas preferências e necessidades emocionais, e que a linguagem do amor “Presentes” deve ser vista como uma possibilidade de demonstração de afeto e não uma obrigação ou um substituto para a verdadeira conexão emocional entre duas pessoas. É importante estar aberto ao diálogo e à negociação com o parceiro ou parceira para entender suas necessidades individuais e encontrar um equilíbrio saudável na relação.

Exemplos de Presente que você pode dar

  • Compre uma flor para seu parceiro (ou um buquê, caso a pessoa prefira e você possa gastar mais. Mas lembre que o importante é o significado, não o preço ou a “grandiosidade” do presente.
  • Surpreenda a pessoa com um chocolate que ela gosta.
  • Guarde as coisas que ganha no trabalho para dar para seu parceiro, ou para usar junto com ele (sabe aquele cupom do iFood que as vezes a empresa distribui em comemorações? É mais ou menos por aí).
  • Inove e dê presentes diferentes, coisas que seu parceiro nunca havia pedido, mas que você sabe que podem ter algum valor nostálgico, sentimental ou algo que a pessoa queria, mas jamais compraria para si mesma.

Toque Físico

A linguagem do amor “Toque Físico” envolve o contato físico e a proximidade física para expressar e receber amor. Isso pode incluir abraços, beijos, carícias, segurar as mãos, ou qualquer outra forma de toque físico que possa transmitir carinho e afeto. Para aqueles que valorizam essa linguagem do amor, o toque físico é uma forma poderosa e significativa de se conectar emocionalmente com seu parceiro ou parceira.

Mas assim como as demais linguagens, cuidado com o exagero. O toque físico pode ser mal interpretado ou mal recebido em certos contextos — como o ambiente de trabalho. Além disso, algumas pessoas podem ter experiências traumáticas relacionadas ao toque físico, o que pode tornar essa linguagem do amor difícil ou até impossível de ser expressada ou recebida.

Somado a isso, vou reforçar um conceito básico com você: o Toque Físico SEMPRE precisa ser feito de maneira consensual. Mesmo que uma das pessoas da relação sinta falta de toques e contatos físicos, e mesmo que isso seja extremamente importante para ela, ainda assim não é motivo para transpor os limites colocados pelo outro.

Então, independentemente do fato da pessoa gostar ou querer toques, lembre-se sempre que em alguns momentos o toque de qualquer pessoa pode ser desagradável — quando estamos com raiva, por exemplo, a reação natural é sentir uma repulsa ao contato físico; quando nossa libido está baixa o contato sexual é majoritariamente incômodo; quando estamos ansioso, até mesmo um cafuné pode gerar algum nível de perturbação.

Por isso, sempre avalie o contexto e a forma como a pessoa reage. Na dúvida, pergunte se ela aceita o toque e aja de acordo com o que ela responder.

Exemplos de Toque Físico que você pode oferecer

  • Massagens.
  • Cafunés.
  • Coçar as costas.
  • Abraçar.
  • Deitar próximo da outra pessoa.
  • Sexo.

Como descobrir a minha linguagem do amor?

Durante o texto você provavelmente ficou tentando descobrir qual é sua linguagem do amor, mesmo eu dizendo para não fazer isso — tudo bem, é natural. Eu faço exatamente a mesma coisa sempre que leio conteúdos assim. Faz parte de ser humano.

Você pode ter mais de uma linguagem

A primeira coisa que você precisa entender é que todo mundo tem as cinco linguagens do amor. Quem não gosta de chegar em casa e ver que a louça foi lavada? Quem não gosta de carinho, elogio ou presentes?

Isso significa que todos esses elementos precisam estar presentes em nossas vidas. Quando qualquer um deles falta, sentimos que algo está errado. Entretanto, se todos eles estiverem presentes em sua rotina, existe um ou dois elementos que você PRECISA ter com mais frequência para se sentir amado.

Esses elementos é que são a sua linguagem do amor — ou, colocando mais próximo de um conhecimento da Psicologia: esses elementos representam a forma como você aprendeu a receber e dar afeto.

Além disso, sua linguagem do amor dominante pode mudar ao longo da vida, até mesmo porque a forma como demonstramos afeto é fruto de aprendizado; e com a convivência é esperado que casais criem suas próprias estratégias para expor o amor na relação. Então, nada de ficar preso a uma única definição, okay? Em vez disso, se observe, veja o que você gosta de fazer e como você se sente em relação a cada uma das ações das pessoas que estão ao seu redor.

TESTE: As 5 Linguagens do Amor

Mantendo em mente tudo o que falamos até agora, fique à vontade para clicar no botão “Iniciar o teste” abaixo e descobrir qual é sua linguagem do amor. Apenas se lembre de que essa história é mais para fins didáticos do que de fato uma verdade absoluta, e se você realmente quer melhorar seu relacionamento insisto para que continue sua leitura até o final.

Após o teste das 5 Linguagens do Amor vamos nos aprofundar de verdade nessa teoria, seus problemas e aprendizados e como aplicar o que falamos até agora em um relacionamento.

Por hora, bom teste para você:

Teste Linguagens do Amor

Qual é sua linguagem do amor?

O teste das 5 linguagens do amor consiste em 30 perguntas, onde a escolha deve sempre refletir o que mais se alinha com seu perfil. Mesmo em situações de dúvida, ao se deparar com duas opções representativas, opte pela que faz mais sentido para sua vida no momento.

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto amado quando meu parceiro faz com alegria algo que eu pedi
Me sinto amado quando as pessoas falam o quanto gostam de mim

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de ser elogiado, mas fujo das críticas
Prefiro receber vários presentes pequenos do que apenas um grande presente

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de sair com meus amigos
Gosto de andar de mãos dadas na rua

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto amado quando meu parceiro me ajuda em trabalhos e projetos
Gosto de receber presentes de amigos e familiares

Escolha a opção que mais combina com você:

Eu me sinto amado quando dizem que eu sou querido ou importante
Gosto que as pessoas olhem para mim durante a conversa

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto amado quando alguém que amo me abraça
Me sinto amado quando alguém que admiro me dá um presente

Escolha a opção que mais combina com você:

Fico feliz quando elogiam minhas realizações
Sei que uma pessoa me ama quando ela faz algo para mim que não faria para si mesma

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto quando ganho presentes
Gosto de ficar com meus amigos, sem pressa para ir embora

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto amado quando alguém faz algo para me ajudar
Me sinto amado quando recebo carinho

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto amado quando recebo algum presente em meu aniversário
Me sinto amado ao receber uma mensagem bonita em meu aniversário

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de passar um tempo sozinho com meu parceiro
Me sinto amado quando me oferecem ajuda

Escolha a opção que mais combina com você:

Os presentes que recebo das pessoas que amo são sempre especiais para mim
Me sinto bem quando recebo carinho das pessoas que amo

Escolha a opção que mais combina com você:

Sempre escolho me sentar perto das pessoas que gosto
Amo quando dizem que sou bonito

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de beijar e ser beijado pelas pessoas que gosto
Receber um presente sem nenhuma razão especial me deixa feliz

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto lembrado quando recebo presentes
Me sinto amado quando me falam que me amam

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de como me sinto quando alguém me dá atenção
Gosto de como me sinto quando alguém faz algo por mim

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto quando meu parceiro faz uma massagem em mim
Gosto quando agradecem por algo que fiz

Escolha a opção que mais combina com você:

Eu reconheço quando alguém que gosto faz algo para mim
Eu fico realmente feliz quando alguém que gosto faz um presente para mim

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto quando elogiam minha aparência
Me sinto amado quando alguém se dedica para entender meus sentimentos

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto seguro quando sou abraçado por alguém que gosto
Sinto que sou amado quando outras pessoas fazem trabalhos por mim

Escolha a opção que mais combina com você:

Fico grato quando alguém me ouve e não me interrompe
Fico feliz quando meu parceiro lembra de datas especiais e me dá presentes

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de receber presentes inesperados
Gosto de ouvir palavras gentis sobre mim

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto bem quando as pessoas de quem gosto tocam em mim ao passar por perto
Gosto quando as pessoas me ouvem e realmente se interessam pelo que estou falando

Escolha a opção que mais combina com você:

Quando me dão um presente, sei o que pensam de mim
Me sinto amado quando me ajudam nas tarefas diárias

Escolha a opção que mais combina com você:

Preciso receber toques todos os dias
Preciso ser elogiado ou receber agradecimentos todos os dias

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de saber que as pessoas que amo querem me ajudar nas minhas tarefas
Gosto de fazer viagens longas com meu parceiro

Escolha a opção que mais combina com você:

O que as pessoas fazem é mais importante do que o que elas dizem
Abraços são essenciais para um relacionamento saudável

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de passar o tempo com meu parceiro
Gosto de receber presentes do meu parceiro

Escolha a opção que mais combina com você:

Gosto de receber elogios
Gosto de receber cafuné

Escolha a opção que mais combina com você:

Me sinto íntimo das pessoas quando conversamos ou fazemos coisas juntos
Sinto que alguém é meu amigo quando ele não se incomoda ao encostar em mim

Entendendo a teoria

Em seu livro (As 5 linguagens do amor), Chapman mostra o que acontece com os casais ao longo dos anos. Ele explica que no início do relacionamento nós conseguimos, com muita habilidade, demonstrar nosso amor para a outra pessoa.

Isso acontece porque nos esforçamos, saímos da nossa zona de conforto e tentamos surpreender nosso parceiro. O problema é que, à medida que o tempo passa, deixamos de fazer essas coisas. Além disso, a rotina do casamento só contribui para que nos comuniquemos cada vez menos.

Quer ver como isso funciona na prática?

Veja um exemplo

Vamos pensar em um casal imaginário, mas a história será uma das mais comuns que existe. Provavelmente você conhece alguém que já passou por isso (ou talvez você tenha passado por uma situação assim).

Funciona mais ou menos assim: imagine que um homem e uma mulher começaram a namorar. Ambos moram na casa dos pais, então precisam ir para a rua para se encontrar e ter algum momento íntimo.

Esse homem gosta muito de sexo e sente que é amado quando sua parceira corresponde a isso — já já eu explico sobre cada uma das linguagens. Prometo! —, mas ele sabe que convidar a namorada para ir direto para o motel não é muito romântico. Então, o que ele faz?

Bom, ele a convida para ir ao cinema ou para jantar em algum restaurante que ela estava “doida para conhecer”. Até agora, parece a história de qualquer casal no início de namoro, não é mesmo?

Como resultado desse encontro, eles passam o tempo juntos, se divertem e compartilham experiências.  Ao ficar mais tarde eles vão para o motel e aproveitam uma noite ótima, com sexo e carinho e ainda mais tempo juntos.

Essa mulher, por mais que ela goste de sexo, não acha que o amor é demonstrado por meio do contato físico. O que ela realmente gosta é de passar o tempo ao lado do seu namorado. Quando isso acontece, ela se sente amada.

O problema acontece quando o casamento começa

Depois de algum tempo nessa rotina, o casal chega ao matrimônio. Ao morar juntos eles não precisam mais de sair — ao menos é isso que esse homem "hipotético" pensa — já que podem comer em casa e para fazer sexo basta ir para o quarto.

Dessa forma, essa mulher hipotética começa a se sentir, pouco a pouco, menos amada. Seu parceiro não dedica nenhum tempo a ela, não a convida para sair, não vai mais ao cinema e, em alguns casos, até mesmo parou de prestar atenção ao que ela fala. Na visão dela, seu marido apenas quer sexo.

Por outro lado, o homem também passa a se sentir menos amado, já que sua esposa não corresponde às suas investidas. Como ela está chateada e se sentindo sozinha, ela recusa todo o contato físico. O homem começa a achar que a esposa “perdeu o tesão” e que agora só quer conversar.

Como resultado, os dois começam a acreditar que o amor daquele relacionamento acabou.

Esse exemplo é puramente fictício e com certeza nunca apareceu nenhum caso parecido em minha prática clínica como terapeuta de casais — contém ironia. Deixando a brincadeira de lado e sendo um pouco mais direto: isso é absolutamente natural e acontece com a grande maioria dos casais que não se atentam para a importância do diálogo e da empatia na relação.

Além disso, usei o exemplo mais tradicional possível — o público que lê esse blog é majoritariamente feminino e heterossexual — mas a lógica se repete em vários modelos de relacionamento, incluindo gays, lésbicas ou mesmo casais heterossexuais com comportamentos não tão vistos socialmente — como no caso de ser a mulher quem reconhece o toque físico como expressão de amor e o homem que prioriza o tempo que passam juntos.

Moral da história

O que eu gostaria que você tirasse dessa história é que qualquer relacionamento exige, sim, uma análise crítica dessa cena que acabei de expor. Esse entendimento mostra que é possível evitar o sentimento de falta de amor se aprendermos a nos comunicar da maneira como a outra pessoa reconhece o amor que lhe é oferecido.

Veja bem: eu falei do sentimento de falta de amor. Não é que o amor acaba só porque as pessoas se casaram. O problema é que elas deixam de fazer as coisas que faziam com que seu parceiro se sentisse amado. Assim, as brigas aumentam e a separação é quase inevitável — mesmo que um ainda ame o outro.

Basicamente a ideia central aqui é que não adianta ser esforçado e fazer de tudo pela outra pessoa. Para que alguém se sinta amado, antes é fundamental que você entenda com clareza a maneira como a pessoa gostaria de ser amada. Sempre, claro, respeitando os seus limites pessoais e o que você tem disposição de fazer.

Muito interessante, não é mesmo?

Como descobrir a linguagem do amor do meu parceiro?

Agora vem um assunto bem bacana. Como você já entendeu a importância dos diferentes canais para demonstrar afeto, provavelmente sabe o quão importante é se comunicar corretamente com seu parceiro. Você quer que seu parceiro se sinta amado, mas para fazer isso é preciso descobrir como ele reconhece os sinais de amor, correto?

Nesse caso, existem duas formas muito legais de descobrir. Você pode pedir para a pessoa ler este texto, essa é a dica mais fácil, ou você pode observar o comportamento do seu parceiro.

Calma, não é tão difícil quanto parece. A grande ironia da vida é que sempre fazemos para as outras pessoas o que queremos que façam por nós. Isso inclui a demonstração de amor. Se eu me sinto amado com toques físicos, por exemplo, existe uma grande chance de eu demonstrar o meu amor dessa forma.

Então, tudo o que você precisa fazer é reparar em como a pessoa se relaciona com você ao longo da semana. Veja o que ela gosta de fazer, como ela conversa e como tenta te agradar. Em pouco tempo você descobrirá qual é a maneira que ela aprendeu a dar e receber amor.

Se não conseguir, você sempre pode voltar aqui no texto e colocar seu parceiro para fazer o teste (nem leva tanto tempo, né?).

As 5 linguagens do amor ajudam a criar um relacionamento perfeito?

Em primeiro lugar, é importante reconhecer que as pessoas são seres complexos e dinâmicos. Embora as 5 linguagens do amor forneçam um parâmetro útil — especialmente para quem nunca se atentou para essas diferenças na relação —, elas não capturam completamente as complexidades das emoções e dos relacionamentos humanos.

Somado a isso, cada pessoa tem sua própria linguagem do amor única, que pode não ser compatível com a do parceiro — e talvez nem se encaixe em nenhuma das cinco que estamos falando ao longo deste texto. Essa discrepância pode criar mal-entendidos e conflitos no relacionamento, levando à frustração e à decepção.

Além disso, a ênfase em falar a linguagem do amor do seu parceiro pode levar a uma abordagem transacional do amor. O que acaba dando a sensação de que o amor é algo que pode ser conquistado ou dado em troca de certos comportamentos ou ações "isolados".

E olha, realmente o amor tem uma relação direta com nossos comportamentos e ações, mas na prática o relacionamento envolve tantas outras minúcias que essa mentalidade de reduzir a relação a apenas "5 linguagens" pode colocar pressão em ambos os parceiros para constantemente focar em atender às expectativas um do outro, levando ao esgotamento e ressentimento.

A longo prazo, isso pode minar a conexão emocional entre vocês e fazê-los cultivar o sentimento de que as ações feitas não são genuínas demonstrações de afeto. Inevitavelmente isso vai germinar uma sensação de que ambos não são amados pelo que são, mas sim pelo que fazem.

Além disso, as 5 linguagens do amor podem criar expectativas irreais em um relacionamento. Quando um parceiro se concentra demais em falar a linguagem do amor do outro, pode negligenciar outros aspectos importantes do relacionamento, como comunicação, respeito e confiança.

Esses elementos são críticos para construir um relacionamento saudável e duradouro e não podem ser substituídos simplesmente "falando" uma linguagem do amor.

Embora as 5 linguagens do amor possam ser uma ferramenta útil para melhorar a comunicação e a compreensão em um relacionamento, elas não são uma solução garantida para os problemas de relacionamento.

Manter um relacionamento saudável requer esforço contínuo, compromisso e empatia de ambos os parceiros. Em vez de depender exclusivamente deste conceito, é importante abordá-lo com uma mentalidade crítica e realista, tendo em mente que os relacionamentos são complexos e exigem trabalho constante.

Como começar a colocar as 5 linguagens do amor em prática?

Até aqui falamos bastante sobre como as 5 linguagens do amor são interessantes, fiz algumas críticas pontuais a elas ao longo do conteúdo e já entendemos também que a forma como as pessoas se comunicam, incluindo para demonstrar e sentir amor, são diferentes. Mas você já parou para pensar em como vai colocar esse conhecimento em seu relacionamento?

É aqui que a coisa fica um pouco mais complicada. Principalmente se você e seu parceiro estão juntos há muito tempo.

Um dos motivos de as brigas nos relacionamentos começarem — e já falei disso no texto — é justamente por nos acomodarmos. Deixar essa acomodação de lado é uma das tarefas mais difíceis que existe.

Quer um exemplo? Sem problema! Sabe aquela manhã de domingo que você não tem absolutamente NADA para se preocupar? Você acorda, abre os olhos, mas a preguiça é tão gostosa que levantar da cama não é uma opção.

Digamos que essa é sua zona de conforto, okay? Ela é gostosa, você está satisfeita, tudo parece bom e no seu devido lugar. É até difícil imaginar que dá para encontrar de novo essa posição tão gostosa para deitar.

Mas aí aparece um desafio: a vontade de ir ao banheiro. Sua bexiga está cheia e não é possível enrolar por mais algumas horas nessa preguiça.

Bom, é óbvio que a gente, em uma situação dessa, se levantaria da cama e iria ao banheiro, certo? Mas mesmo com essa necessidade fisiológica tão palpitante, ainda assim você pode relutar em levantar — nem adianta mentir! — e até mesmo pensar: “será que eu preciso ir mesmo”?

Essa é a zona de conforto. Um lugar tão conhecido, tão aconchegante (mesmo que nos faça mal), que resistimos sair dele apesar dos benefícios que parecem existir.

Então, como sair da zona de conforto e levar as 5 linguagens do amor para minha vida?

Para mudar essa situação não tem outro caminho: você e seu parceiro precisam se sentar, conversar, colocar tudo na mesa e explicar o porquê é tão importante mudar essas coisas em casa.

É como já falei: vocês têm que treinar. O policiamento diário faz parte desse processo. Além disso, é importante que haja feedback no seu relacionamento. Pergunte a seu parceiro sobre como anda sua relação e sobre as coisas que ele sente falta. Aproveite o momento para falar seu ponto de vista também.

Essa é uma ótima forma de entender a saúde do seu relacionamento: quando perguntamos para nosso parceiro sobre as coisas que sente falta, ele vai mostrar exatamente aquilo que antes acontecia (e era importante) e agora foi deixado de lado, talvez por preguiça, comodismo ou, até mesmo, esquecimento.

Agora falando da parte mais prática mesmo, no dia a dia, o ideal é seguir uma estratégia: comece fazendo apenas uma coisa por dia, apenas uma coisa, intencionalmente.

Seu parceiro sente falta de como vocês conversavam antigamente? Então, separe um tempo para colocar a conversa em dia. Prepare alguns assuntos de "segurança" — só para não deixar a conversa morrer — e esteja disponível durante esse momento, sem usar o celular ou dar atenção a outras coisas que vão além da conversa e da interação em si.

No início pode ficar meio robótico, é até esperado que seja assim. Mas rapidinho você vai se acostumando a entender a outra pessoa e se colocar no lugar dela, dessa forma a coisa vai ser mais natural — pode confiar!

Depois dê o segundo passo: em vez de uma conversa, que tal duas? Se você for mais ousada, três. Quem sabe até criar o hábito de diariamente passar um tempo conversando? O importante é ir aos poucos, mas manter a frequência.

Meu parceiro não leva essas mudanças com bons olhos e fica desconfiado. O que fazer?

Nem todas as pessoas vão ter a sorte de ter um parceiro que seja compreensível. Você pode, por exemplo, ter alguém do seu lado que vai achar super estranha sua mudança de comportamento e começará a ficar desconfiado.

Será que você está traindo ele? Será que tem algum problema com o relacionamento? Você está escondendo algo? Você começou a fazer alguma coisa escondida?

Essas perguntas podem, sim, passar pela cabeça do seu parceiro se você simplesmente começar a agir diferente “do nada”. Principalmente se estivermos falando de alguém inseguro. Nesse caso, a responsabilidade sempre é da pessoa de lidar com seus próprios sentimentos e pensamentos, mas não custa ter um pouco de responsabilidade afetiva.

Por isso sempre aconselho que antes de começar a colocar as cinco linguagens do amor na sua vida, converse. Se ele souber o motivo, essas preocupações não vão ser mais um problema.

Mas olha só: ter um parceiro que fica desconfiado de tudo, agressivo ou não aceita as coisas que você faz nunca é um bom sinal. Não vou falar sobre isso neste texto, mas já tenho um conteúdo sobre o tema e recomendo fortemente que você leia. É só clicar aqui!

Como conversar sobre as 5 linguagens do amor com meu parceiro?

Finalmente entramos no dilema deste texto: você precisa conversar com seu parceiro antes de começar a aplicar o que aprendeu até aqui. Mas como vai fazer isso?

Olha, não existe nenhuma receita para isso — se existisse eu já estaria rico, pode apostar! — e o jeito é pensar de acordo com cada caso. Caso seu relacionamento seja saudável e seu parceiro seja uma pessoa aberta, apenas chame-o para conversar e diga o que você quer dizer. Algo como: “olha, eu li um texto sobre as 5 linguagens do amor e ele falava …”.

Claro, esse é o cenário ideal, no qual tudo funciona como deveria e a comunicação entre você e seu parceiro ainda está boa. Mas... e se esse não for o caso?

Bom, nem todos dispomos de alguém flexível e aberto ao diálogo em casa. Nesses contextos é bem mais difícil tentar uma interação, até mesmo porque constantemente ficamos com aquela sensação de estarmos "pisando em ovos" sempre que tentamos algo.

Se esse é seu caso, ou se você tiver alguma dificuldade para se expressar e explicar o que está pensando, peça para que ele leia este texto. Depois vocês podem sentar e conversar a respeito do que entenderam e de como vão levar isso para o relacionamento de uma maneira leve e mais natural possível.

As 5 linguagens do amor valem só para sua vida amorosa?

Além de ter criado a ideia das 5 linguagens do amor, Gary Chapman também é uma pessoa muito boa no mundo dos negócios. Se você der uma rápida buscada por ele no Google vai reparar que ele também escreveu:

Você precisa ler todos esses livros? Não! O que Gary Chapman fez, usando uma fórmula que gera, sim, bastante dinheiro, foi generalizar um conceito e começar a aplicá-lo em todos os lugares que ele olhava.

Para conseguir fazer o mesmo, tudo o que você precisa é olhar para as 5 linguagens do amor como uma metáfora.

O que é realmente importante?

Se você entende a base das 5 linguagens do amor, ou seja, se entende que cada pessoa se comunica de uma forma e que você precisa reconhecer esses padrões na outra pessoa para conseguir expressar seus sentimentos, pensamentos e anseios de uma forma que ela compreenda e se sinta quista, então você já sabe tudo o que precisa saber sobre o tema.

E olha que curioso: ao compreender isso você já não depende mais das tais "5 Linguagens do Amor", até mesmo porque elas não são universais e cada pessoa tende a se expressar e interagir de uma forma diferente. Por isso recomendo fortemente que, em vez de procurar encaixar as pessoas ao seu redor nessas cinco linguagens, você tente olhar para cada pessoa individualmente e entender como ela é.

Os outros livros vão acrescentar algo na sua vida? Com certeza sim, ler é sempre bom. Mas não espere encontrar nenhuma grande novidade por lá.

As linguagens do amor podem ser levadas para qualquer lugar. Quer se relacionar melhor com seu filho? Preste atenção em como ele conversa, age e demonstra afeto. Então, comece a usar a mesma linguagem dele.

Quer ter uma relação melhor com seus amigos? O caminho é o mesmo. Precisa dar mais atenção a seus relacionamentos profissionais? A estratégia continua a mesma.

O que diferencia um ambiente do outro e como a linguagem do amor se manifesta é que em algumas relações seu objetivo é um contato mais íntimo (seu casamento, por exemplo) e em outras o seu foco é apenas manter um relacionamento saudável, mas sem tanta intimidade (no seu trabalho, por exemplo).

Algumas críticas sobre as 5 linguagens do amor

As 5 linguagens do amor não são uma fórmula mágica. Elas funcionam muito bem porque chamam sua atenção para uma coisa que você não tinha notado antes — o fato de que a maneira como nos comunicamos é aprendida, assim como as coisas que entendemos sobre as ações das outras pessoas —, mas não servem para resolver todos os problemas.

Cada pessoa tem uma personalidade diferente, um conjunto de crenças e valores, uma visão de mundo, um nível diferente de autoestima e autoconhecimento, mais ou menos rigidez com relação às mudanças e várias outras características.

É mais importante você entender a relação que você e seu parceiro têm do que simplesmente tentar colocar as 5 linguagens do amor no meio dela. Inclusive, essa é uma das principais críticas à proposta de Gary Chapman: as "5 Linguagens do Amor" colocam muita ênfase nas necessidades e e preferências individuais e não dão a verdadeira atenção ao relacionamento em si.

Apenas focar em responder a uma linguagem do amor não fará com que você e seu parceiro se sintam realmente amados, ganhem intimidade ou se desenvolvam enquanto casal. Direcionar seu esforço para tentar suprir uma linguagem do amor da outra pessoa tende, não raramente, a levar o relacionamento a um ponto morno e superficial.

Então, cuidado. Não pense que as linguagens são a solução para tudo. Lembre que existe muito mais coisa em um relacionamento do que apenas demonstrar amor. Amor é importante, ele faz falta, ele muda a maneira como nos relacionamos, mas um relacionamento saudável também envolve divisão de obrigações, gestão financeira, planejamento, compartilhamento de objetivos, troca de confidências, confiança, segurança e companheirismo.

Entenda o papel do auto amor para as 5 linguagens do amor

A todo momento tenho falado sobre amor e se sentir amada. De tanto que falei, pode até parecer que essa é a parte mais importante do assunto e que é essa mensagem que quero te passar.

Se foi essa a interpretação, já peço desculpas. A proposta de falar sobre as 5 linguagens do amor é justamente para mostrar que precisamos entender a forma como cada pessoa se relaciona com a vida, consigo mesmo e com os outros a sua volta.

Contudo, nada disso faz sentido sem amor próprio. Antes de amar alguém, de oferecer um pedacinho seu para outra pessoa, você precisa se amar.

O que isso significa?

É preciso se amar. É importante olhar no espelho e gostar do que a gente vê. Você tem, sim, que reconhecer suas qualidades, suas habilidades e seu jeito de ser. Essa autodescoberta é o que gera o famoso “autoconhecimento”, e quando nos conhecemos nós nos aceitamos.

Aposto que você já teve se deparou com uma situação mais ou menos assim: alguém te apresentou uma coisa nova e você detestou. Depois de conhecer um pouco mais sobre o tema aquilo virou algo maravilhoso e talvez você goste até hoje.

Posso dar um exemplo meu, bem simples: já perdi a conta de quantos livros comecei a ler, detestei as primeiras páginas e fui atrás de alguns comentários. Esses comentários me deram uma base para perceber as minúcias do texto, e assim que voltei a ler não só fazia muito mais sentido como eu comecei a gostar bastante de cada uma dessas leituras.

É normal não gostarmos ou nos afastarmos do que é novo, diferente ou do que ainda não compreendemos muito bem. Mas considerando que você vai ter que viver com a sua companhia até o final da sua vida, será que não é uma boa ideia se conhecer um pouco mais?

Olha, a única pessoa que pode realmente te conhecer é você. Se você não se ama, não sabe do que gosta, não sabe o que quer, o que deseja e quais são seus objetivos, medos e inseguranças, não dá para sair por aí demonstrando amor.

Repare que isso é uma questão de lógica. Se não sei o que gosto de fazer, como posso propor para fazermos algo que eu gosto? Se não sei onde quero chegar, como posso pedir ajuda para chegar lá? Se não me sinto confiante de que sou uma pessoa com algum valor, como foi evitar o ciúmes sempre que meu parceiro interage com alguém?

Se amar é o requisito para amar outra pessoa

Tudo vai ser meio falso, frágil, inseguro enquanto não existir autoconhecimento e consciência. Enquanto sua “cabeça” não estiver “no lugar” não adianta tentar alimentar um relacionamento. Mais importante do que conhecer as 5 linguagens do amor é entender quem é você, sentir confiança nessa pessoa que conheceu — e aqui falo de conhecer a si mesma — e demonstrar isso para o mundo.

Pessoas que se conhecem, se amam e se aceitam são mais interessantes. Elas tem “alguma coisa” que chama nossa atenção, que é difícil não olhar para elas. E você também pode ser essa pessoa.

O caminho para o autoconhecimento, autodescoberta e amor próprio não é um mar de rosas e também não tem fórmula pronta — que novidade, né?! —, mas existem estratégias para facilitar esse processo.

Conversar com um profissional formado em Psicologia é o que eu recomendo. Ele vai te escutar, fazer perguntas que te ajudarão a refletir e passará várias atividades que colocarão seus problemas em xeque, apresentando a você uma nova forma de ver a vida e o seu relacionamento consigo mesma.

Caso queira tirar suas dúvidas sobre esse atendimento e, quem sabe, já marcar uma consulta, pode me chamar no WhatsApp clicando aqui.

SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

21 thoughts on “[TESTE E INFOGRÁFICO] Conheça as 5 linguagens do amor e entenda porque você NÃO deveria acreditar nelas

    1. Então, Rafaela. Acabei de refazer o teste aqui, ele está 100% (o meu deu “palavras de afirmação”).
      O que pode ter acontecido são três coisas:
      – você já foi suprida no toque físico e hoje o que sente mais falta é tempo de qualidade (lembra do que falei no texto? A nossa linguagem vai mudando ao longo da vida, dependendo do que nos é oferecido pelo nosso parceiro);
      – na hora de somar os pontos no teste do livro houve algum erro nas suas anotações (alguma letra trocada, algo assim) e por isso deu toque físico;
      – talvez toque físico seja sua segunda linguagem, e por conta de uma resposta o “tempo de qualidade” ficou sendo a primeira.

      Como fiz esse teste totalmente digital, a chance de erro reduz bastante. Mas por via das dúvidas, refaça o teste aqui. Quem sabe não foi um clique “sem querer” na resposta errada, né?!?

      Um abraço =)

    2. Achei ótimo o texto. Tenho pesquisado o assunto e este foi um dos melhores blogs que encontrei.
      Vale lembrar que Gary Chapman apesar de não ser Psicólogo, não é apenas um pastor, mas também bacharel em Antropologia e PhD em Educação de adultos. Tem bastante estudo para usar nas suas construções de teorias.
      Eu me surpreendi com o teste pois desde o início dos meus estudos sobre o tema me deparo com duas linguagens minhas predominantes e o resultado do teste foi uma terceira, diferente. Interessante não? Vou meditar sobre isso! Gratidão.

      1. Aí Rejane, muito obrigado pelo elogio. Fico feliz que você tenha gostado do texto!

        Com relação ao teste: é isso mesmo. O legal de deixar ele no formato digital é que podemos responder as perguntas uma a uma, sem “induzir” a resposta, sabe? Aí a linguagem que aparece é a mais próxima da nossa mesma.

        Sobre o Gary Chapman, você tem toda razão. A formação dele é um ponto importante. Como ele costuma se apresentar como pastor, acabei adotando isso no texto.

  1. Eu amei a forma como você escreve, sem sensacionalismo, informando que não trata-se de um estudo científico, simplesmente passando uma visão sem tentar impor como “uma descoberta incrível que você PRECISA conhecer”, é muito raro hoje as pessoas abordarem qualquer tema com coerência.

  2. Adorei o teste, confirmou o que eu já achava que era, palavras de afirmação, embora eu não quisesse ter essa linguagem do amor. Considero uma das piores linguagens kkkk
    Mas vou trabalhar para ter melhores resultados com essa linguagem.

    1. Que isso, Leonice. Todas as linguagens são ótimas. Palavras de afirmação até dá menos trabalho pro seu companheiro te suprir. Então, pensa só: com um pouco de esforço você já se sente amada. Isso é muito bacana, poxa!

  3. Amei o teste, e confirmou o que eu já imaginava meu teste deu Tempo de Qualidade, adorei a forma como escreveu e nos mostrou um pouco de como melhorar em alguns quisitos, com certeza irei começar observar meu parceiro! 🙂

  4. Eu sou – Presente –
    Achei bem legal, mas algumas pessoas tem outras linhas tambem ne? Seria legal se tivesse a segunda linha do amor no resultado.

    1. Então, Thaís. O teste é mais uma brincadeira, sabe? Porque na realidade todo mundo tem todas as linguagens e a gente sempre vai sentir falta se alguma delas for deixada de lado. Mas, claro, sempre existem uma ou duas que são mais importantes pra gente.

    2. Olá Wendell!
      Gostei muito do seu texto, está bastante claro e conciso. Leio sobre as linguagens de amor há alguns anos e elas mudaram muito minhas relações com amigos, parentes e conhecidos, percebo que são realmente válidas e funcionam muito!
      Compartilhei seu blog com meus amigos. 😊

      Além disso, vi que você é psicólogo analista do comportamento! Fiquei feliz por saber disso, pois vou me formar em psicologia no ano que vem e ainda não escolhi minha abordagem, mas tenho interesse na análise do comportamento. Enfim, foi só uma observação rs.

      Parabéns pelas palavras, realmente combinam com sua linguagem de amor!

      1. Alice, muito obrigado pelo comentário tão carinhoso e por compartilhar o blog com seus amigos. Ano que vem tá vindo mais coisas interessantes para cá!!!

        Nossa, que legal, uma futura psicóloga? Se quiser conversar comigo sobre abordagens, pode me chamar — os contatos estão ali na minha bio. Vai que eu não te dou uma luz, né?!?

        Um abraço =)

  5. Nossa! Eu assisti um video: As cinco linguagens do amor – Thiago Rodrigo E fui pesquisar e fazer o teste. Pelo que me conheço eu já sabia que O meu iria dar Atos de Serviços. Porque eu Amo fazer as coisas para os outros. Porém gosto que façam pra mim também. Não como cobrança. Mas eu valorizo muito a reciprocidade. Nossa! Maravilhoso conteúdo.

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