Guia definitivo para superar o término de um relacionamento

término de relacionamento

“Eles viveram felizes para sempre” é uma coisa que crescemos escutando, em todos os contos de fadas e comédias românticas. Mas, cá entre nós, a maioria dos relacionamentos chega ao fim, só nunca falamos sobre o término de relacionamento.

Não que seja mais fácil apenas por isso ser comum. Pelo contrário, a dor do fim do relacionamento é enorme. As mudanças que acontecem em sua rotina, os impasses, as dúvidas, a raiva.

Por isso, neste texto vou te contar 3 coisas: o motivo pelo qual os relacionamentos terminam, os estágios de um término e como superar o fim de um relacionamento.

Porque temos que lidar com o fim do relacionamento?

De modo geral, podemos dividir os motivos para fim de um relacionamento em três grandes grupos:

  • falta de maturidade (de uma pessoa ou de ambas);
  • quebra de confiança (como traição);
  • incompatibilidade.

A quebra de confiança é a mais óbvia. Acredito que não precisamos falar dela, concorda? Inclusive, tenho um texto inteiro sobre o assunto. Você pode ter acesso a ele clicando aqui!

Já a maturidade… esse é um assunto complicado. Primeiro temos que entender o que é a tal maturidade. Para fins didáticos, vamos entender ela como a habilidade de conhecer, reconhecer e lidar com os comportamentos do parceiro.

Assim, vários relacionamentos terminam porque as pessoas não conseguem reconhecer os sinais de seu parceiro, tem dificuldade para lidar com as emoções, anseios e expectativas dele e não se dedica a tentar entender o porquê das coisas acontecerem como tem acontecido.

Em outras palavras, é um término por não conhecer a outra pessoa e não saber lidar com ela, o que tende a gerar brigas, insatisfações (incluindo sexual) e vários desentendimentos que poderiam ser evitados.

O término de relacionamento por incompatibilidade é um pouco mais raro, mas acontece também. Ele se dá quando duas pessoas conversam, se entendem, são bem resolvidas, mas notam que seus planos para o futuro não conversam.

Nesse caso, os casais podem se separar sem uma briga ou algo do tipo, apenas terminam a relação por não ser possível atingir certos objetivos com aquela outra pessoa a seu lado. Um exemplo clássico é a escolha de ter ou não filhos: quando uma pessoa quer passar por essa experiência e a outra não, às vezes o término é o caminho mais saudável.

Isso não significa que o término por incompatibilidade seja menos doloroso. Ele pode ser até pior, já que não existe raiva ou um desentendimento drástico que levou àquela situação, mas sim uma escolha sobre o que fazer no futuro.

Quais são os 6 estágios de um término?

Quando um relacionamento chega ao fim ele passa por alguns estágios. Até que você fique 100% bem consigo mesma e com toda a situação, é normal sentir algumas sensações e ter alguns pensamentos.

Para que você não caia na armadilha que seu cérebro pode ter preparado, é bom conhecer cada uma dessas fases.

1. Negação

No início é um pouco difícil de acreditar que o relacionamento terminou. Você até pode acabar levando sua vida normalmente e nem pensando tanto no assunto, principalmente se não houve uma grande briga ou traição que desencadeou o término.

Na negação, podemos até mesmo ignorar toda a situação e nem considerar que o relacionamento chegou ao fim. É como se tivéssemos a certeza que no fim de semana tudo voltaria ao normal.

2. Tristeza profunda

Quando a vida segue e a pessoa se dá conta de que o relacionamento não vai retornar, uma tristeza profunda começa. Uma sensação de perda, de falta de esperança, de desânimo.

Todo o tempo investido, todos os finais de semanas juntos, todos os lanches, idas ao cinema e conversas, tudo isso foi por água abaixo — esses pensamentos começam a circular na sua mente. O coração palpita, um vazio se instala no peito.

3. Culpa

Você precisa achar um responsável por essa situação. Você é a responsável por essa situação! Ao menos é isso que vai parecer nessa etapa.

Após o término de relacionamento, no final do período da tristeza, você começará a se questionar sobre o que deu errado. Vai buscar sua responsabilidade e tentar entender onde fez coisas que prejudicaram a vida a dois.

Cuidado com essa armadilha, tá bom? Ela pode levar alguém a se sentir mais culpada do que realmente é.

4. Barganha

Com o sentimento de culpa instalado, você começará a barganhar, negociar. Tentará criar cenários e fazer propostas mentais para voltar ao relacionamento e resgatar toda a história de vocês.

“Se eu for mais mente aberta, aceitar que ele não é monogâmico, tudo vai ficar bem.”

“Será que um relacionamento aberto é a saída?”

“Eu vou me esforçar para seguir os planos dele, isso pode dar certo.”

Essas são só algumas das frases que podem percorrer sua mente no período de barganha. É como se você tentasse negociar consigo mesma para se submeter a algumas situações em troca de manter o relacionamento. Cuidado!

5. Raiva

Se a barganha não te convencer a voltar para o relacionamento, ela servirá para confirmar ser o fim. Desse modo, os pontos negativos da sua antiga relação vão vir à tona. É quase como se à medida que você negociava consigo mesma, também se dava argumentos para não voltar de jeito nenhum.

Esses argumentos, claro, são de coisas negativas, pontos ruins da sua vida a dois. Com eles voltando para sua mente, a raiva por cada uma dessas situações é inevitável.

No período da raiva você foca sua atenção no ex parceiro. Ele é o responsável por X, Y e Z. Você faz questão de se lembrar disso e se frustra por ele ter feito e dito determinadas coisas. A raiva, ódio, irritação, é seu escudo nesse momento.

6. Aceitação

Após passar por cada uma dessas etapas que falei, você chega a aceitação. Até aqui, seu relacionamento foi repensado ponto a ponto. Até o momento já passou pela sua mente:

  • o que aconteceu que era sua responsabilidade;
  • o que você poderia ter feito de diferente;
  • a responsabilidade do seu ex parceiro;
  • o rancor guardado sobre certas atitudes, falas e comportamentos do seu ex parceiro.

Com isso, chegamos ao último ponto. O momento de olhar para esse relacionamento como um todo, entender que houve um término e que a vida a dois, como era conhecida, chegou ao fim.

É agora que você aceita seu término, deixa de lado aquela esperança de voltar e segue com sua vida.

Como superar o término de um relacionamento?

Uma hora a dor do término de relacionamento chega ao fim. Isso é ótimo! É ótimo que existam essas etapas, que sintamos raiva, culpa, mas depois fiquemos bem. Tudo isso é fantástico para nossa saúde mental. É um processo natural.

Contudo, esse caminho não é feito apenas de flores. Da negação até a aceitação existe um árduo caminho que você precisa percorrer. Para ajudá-la nisso, separei alguns passos que você pode seguir para “acelerar” o processo, se sentir melhor e viver de maneira mais saudável.

Aceite o sofrimento (tudo vai passar!)

Negar o sofrimento, beber até não aguentar mais, ficar comendo sem parar, usando drogas variadas ou “pegando” todo mundo pode até parecer uma boa ideia. Quando sofremos, queremos entorpecer nossos sentidos para aliviar a dor, nada mais humano que isso.

Porém, se fazemos isso não aprendemos a lidar com o sofrimento. Não aprendemos a aceitar a dor, a esperar ela passar e a seguir com nossas vidas. E… minha leitura, uma hora o sofrimento vai vir com tudo!

Por isso, o mais importante é aceitar o sofrimento. Ficar na cama chorando, ver comédia romântica, ouvir músicas tristes, vale tudo. Apenas tenha seu processo de sofrimento pelo tempo que achar necessário.

Se dê um tempo

Por falar em tempo, você precisa de um tempo. Sem cobranças, sem planos, sem objetivos, sem futuro, sem namoro, sem casamento, sem nada. Tire uns momentos para ficar sozinha, curtir sua própria companhia.

Anote o que vou dizer: você não tem a obrigação de ficar bem do dia para a noite! O seu tempo é só seu, e use-o do jeito que quiser. Quem não estiver confortável com isso, que se vire.

Busque ajuda

Dentro do seu tempo, procure por ajuda. Não tente encarar sozinha o término de um relacionamento. Apoio é sempre bem-vindo.

Nesse caso, existem duas formas de ajuda: profissional e de pessoas mais íntimas. A profissional, como sugere, é procurando o auxílio de um psicólogo que possa te acompanhar até que você supere seu relacionamento.

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Já a ajuda de pessoas íntimas inclui amigos, familiares e até colegas de trabalho que você tem mais confiança. 

Em ambos os casos, a companhia vai te ajudar em dois sentidos: olhar para seu relacionamento de uma maneira diferente e ver novas alternativas no seu futuro.

Recomendo que você procure o psicólogo quando ainda existirem coisas que você não consegue encarar, ou tem dificuldade para lidar. Ou caso o sentimento de perda e tristeza sejam intensos demais.

Nada de stalkear

Talvez você sinta uma vontade de saber como anda seu ex. Se ele já tem outros “contatinhos”, se está bem, se sai com os amigos. Enfim, como anda a vida dele e, principalmente, se ele está melhor que você.

Não faça isso. Ele não é mais se namorado, nem noivo ou marido. O relacionamento acabou, não tem porque acompanhar cada passo da pessoa. Deixe que ele siga com a vida dele para lá e você siga com a sua por aqui.

Stalkear é só uma ótima maneira de se sentir mal, de se prejudicar e acabar com sua autoestima. Você quer seu bem? Então, foque em cuidar de si mesma.

Crie o hábito de escrever seus sentimentos

Tirar os sentimentos da cabeça e passar para o papel é uma ótima forma de pensar sobre eles. Quando escrevemos sobre o que sentimos, somos obrigados a refletir, a nos avaliar por outra perspectiva.

O hábito de escrever sobre seus sentimentos vai te ajudar a ser uma pessoa com mais autoconhecimento. Com essa simples atividade você poderá deixar fluir toda a dor, a tristeza, mas também a felicidade, passando pelos seus dedos e indo até a ponta da caneta, riscando o papel e gravando seus pensamentos naquele momento.

Escrever é uma necessidade, uma necessidade para quem quer se entender melhor e ser a melhor versão de si mesma a cada dia.

Monte uma nova rotina

Sacuda a poeira. Quando pensar que já deu tempo ao tempo, mude sua vida. Comece com sua rotina, coisas simples, como arrumar a cama de manhã, se alimentar de maneira mais saudável e até fazer exercícios físicos.

Gradualmente, vá montando uma nova vida para você. Encontre seus amigos, trabalhe, viva!

Para isso, primeiro será necessário uma “forcinha”. Lave o rosto, dê uns tapinhas nas bochechas e se questione “eu vou começar a viver agora?”. Faça essa pergunta, mentalmente, algumas vezes. Só isso, apenas a pergunta, é o suficiente para que dê o primeiro passo em direção a uma nova “você”.

Entenda o que é real

Quando terminamos um relacionamento, ainda mais se ele tiver sido longo, tendemos a ter a sensação de que nossa vida acabou. Nunca encontraremos outra pessoa. Não existe ninguém que completaria aquele espaço em branco.

Isso é uma mentira!

Existem pessoas melhores, e piores, que seu ex. Existem pessoas incríveis, fascinantes, inteligentes, engraçadas e bonitas. Elas existem aos montes. Estão por aí, do lado de fora da sua casa, apenas esperando para se esbarrar com um grande amor.

Você não precisa ir à caça, tentar capturar uma pessoa. Mas é importante que saiba que o mundo está cheio de oportunidades, basta você procurar.

Bom, acredito que por hoje estamos bem com essa conversa, não é mesmo? Existem vários tópicos sobre o término de relacionamento que não tratei aqui, mas isso fica para outra horam em um futuro próximo.

No mais, caso queira alguma orientação ou precise entender mais sobre como o psicólogo pode te ajudar, me chame no WhatsApp!

SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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