35 sintomas da ansiedade que você precisa conhecer

sintomas da Ansiedade

Você já se sentiu sem ar, com o coração acelerado e vários pensamentos negativos em sua mente? Talvez tenha acontecido antes de uma reunião importante, em uma apresentação de trabalho ou em um momento delicado da sua vida. Bom, esses são alguns sintomas da ansiedade.

A ansiedade é como um “sistema de alerta” da nossa mente. Quando percebemos uma ameaça ou desafio, nosso corpo entra em modo de defesa, liberando hormônios como a adrenalina. Essa resposta é útil em situações perigosas, preparando nosso corpo e mente para a ação – o famoso modo “lutar ou fugir”.

Hoje falarei sobre todos os sintomas da ansiedade e te explicarei como identificar que você está ansioso. Vamos lá?

O que a ansiedade causa no corpo?

Primeiro falaremos sobre os efeitos da ansiedade no corpo. Normalmente esses são os sintomas mais incômodos e costumam ser o motivo de algumas pessoas pararem no Pronto Socorro acreditando que estão sofrendo com algum mal súbito ou desenvolvendo algum quadro crônico, mas chegando lá são informados que é um “sintoma da ansiedade”.

Para esses sintomas existe uma lógica. Nosso corpo é preparado para responder ao estresse e ao medo, ligando aquela tal resposta de “luta ou fuga”. Para isso ele tem até um mecanismo próprio chamado de Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNAS).

Esse sistema gera uma série de mudanças fisiológicas assim que sentimos ansiedade. São justamente essas mudanças, e o efeito delas, que entendemos como os sintomas da ansiedade no corpo.

Batimentos cardíacos acelerados

A ansiedade pode afetar os batimentos cardíacos, levando a uma aceleração ou a batimentos irregulares. Essa frequência aumenta progressivamente em um caso de ansiedade mais prolongado, ou imediatamente, quando ocorre uma crise de ansiedade ou enfrentamos um nível de estresse pontual e intenso.

A esse processo todo, no qual nosso coração começa a bater em um ritmo diferente e mais acelerado, chamamos de taquicardia.

Normalmente o aumento dos batimentos cardíacos é o primeiro sinal de ansiedade que as pessoas percebem, e ele pode servir de alerta para o SNAS iniciar o processo de “luta ou fuga”, que desencadeará toda a resposta fisiológica.

Dores generalizadas e desconfortos

Pessoas ansiosas frequentemente experimentam dores musculares, de cabeça, abdominais, no peito e articulações.

Algumas dessas dores, como nas articulações, cabeça e pescoço, normalmente estão relacionadas a um aumento na tensão muscular, que é uma resposta natural ao estresse. Inclusive, a dor de cabeça que acontece durante a ansiedade normalmente é a  cefaleia tensional — aquela que parece que tem uma corda apertando a cabeça dos dois lados.

As dores no abdômen podem ser fruto de náusea, vômito, sensação de estômago cheio ou vazio, gases e diarreia, já que um dos efeitos do SNAS preparando o corpo para a reação é justamente inibir a atividade do estômago, causando o relaxamento da musculatura.

Já as dores no peito podem ser fruto do aumento do batimento cardíaco. Contudo, por uma questão de segurança sempre é recomendado avaliar essa dor com um cardiologista, pois pode ser sintoma de alguma questão cardíaca.

Respiração acelerada e falta de ar

Quando o SNAS envia o sinal para o coração aumentar o batimento, e começamos a ter taquicardia, nosso corpo sente a necessidade de aumentar a oxigenação. Então, um sinal é enviado ao nosso sistema respiratório para que ele assuma essa função.

Com isso inicia-se o ciclo respiratório: começamos a respirar de forma mais rápida e mais profunda, realizando um processo chamado hiperventilação. Durante esse momento expelimos mais dióxido de carbono do que o ideal. Além disso, o excesso de esforço gerado pela respiração rápida cansa a musculatura responsável pelo funcionamento dos pulmões, fazendo com que eles retenham o oxigênio ali.

Ao passar por esse processo é natural sentirmos vários sintomas, dentre eles a sensação de falta de ar ou até mesmo de sufocamento. Mas nesse caso não existe um risco real de ficarmos sem ar, é apenas a hiperventilação que gera essa sensação. Apesar disso, dependendo da intensidade da respiração é possível ter uma perda de consciência.

Suor incômodo

A sudorese excessiva, principalmente em mãos, pés, axilas e testa ocorre quando as glândulas sudoríparas produzem mais suor do que o normal. Essa é uma das consequências de toda aquela ativação do SNAS que falamos.

Se existe um aumento do gasto de energia, existe aumento de calor. Com o aumento de calor corporal, existe o aumento do suor.

Tremores

Tremores musculares, observados nas mãos, pés, voz e rosto são resultado da contração e relaxamento involuntários dos músculos. A tensão muscular muda a forma como nosso corpo se movimenta, e a exaustão causada pela contração prolongada e intensa dificulta o controle dessas regiões.

Mudanças na frequência urinária

A ativação do SNAS relaxa a bexiga, causando sensação de urgência para urinar, uma possível incontinência e sensação de bexiga cheia. Por outro lado, ele também contrai o esfíncter uretral, dificultando a urinação.

Em outras palavras: durante uma crise de ansiedade é “normal” sentir a bexiga cheia, sentir vontade de urinar, ter algum grau de vazamento (incontinência), mas ao tentar efetivamente ir ao banheiro é provável que não se consiga urinar intencionalmente.

Mudanças na frequência intestinal

A ansiedade também pode influenciar a frequência intestinal, resultando frequentemente em diarréia, que é um quadro relativamente mais comum do que prisão de ventre apesar de não acontecer em 100% dos casos.

Quando o SNAS inibe a atividade do estômago e do intestino delgado, acontece um “relaxamento” de ambos. O que significa que o processo digestivo não flui como deveria e o alimento passa mais rapidamente por todo o trato digestivo, daí a diarreia gerada pela ansiedade.

Náuseas e vômitos

Náuseas e vômitos são sintomas comuns em crises de ansiedade moderadas a intensas. Existem dois principais responsáveis por isso: 

  • as mudanças que acontecem no estômago, já que são áreas correlatas;
  • a hiperventilação que reduz o nível de dióxido de carbono no corpo, o que desregula momentaneamente o pH do sangue e gera um estado chamado de alcalose respiratória

Sensação de desmaio ou tontura

A sensação de desmaio pode ser causada pela taquicardia, falta de ar ou sensação de sufocamento. A tontura, por sua vez, pode derivar do aumento momentâneo na pressão arterial, resultado da ativação do SNAS.

Dificuldade de engolir

Com o aumento da respiração e da tensão muscular, a deglutição se torna bem difícil. Até mesmo lidar com a própria saliva é um desafio nessa hora, já que a contração da musculatura da faringe é dificultada.

Sensação de formigamento ou dormência nos membros

Nossa resposta de luta ou fuga gera várias mudanças no nosso corpo, e algumas delas são efeitos colaterais dessas alterações. O formigamento/dormência é um excelente exemplo disso. Esse formigamento normalmente acontece em regiões como os membros, pescoço, nuca e nas solas dos pés. 

Os dois fatores envolvidos no formigamento são:

  • vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos) causado pela perda de dióxido de carbono em função da hiperventilação;
  • compressão de nervos em função da tensão muscular.

Sensação de boca seca

A constante respiração gera um ressecamento em parte do sistema respiratório. A entrada e saída de ar resseca a mucosa, gerando uma sensação de boca seca e uma irritação na garganta. Além disso, quando o SNAS  é ativado o corpo reduz a produção de saliva. 

Alterações na visão

Durante os picos de ansiedade os músculos oculares podem ser impactados tanto pela tensão quanto por espasmos. Como visão turva, dupla e alta sensibilidade à luz.

Alterações no paladar

Alterações no paladar, seja aumento ou diminuição da sensibilidade ao sabor, perda do paladar ou mudanças no gosto dos alimentos, podem ocorrer. Estas mudanças geralmente são resultado de tensão muscular na boca e alterações na salivação.

Como é a ansiedade mental?

Tudo que acontece em nossa vida envolve o nosso corpo, nossa mente e a consequência disso: nosso comportamento. Por isso, apesar de eu estar listando os sintomas isoladamente, lembre-se que todos eles se relacionam entre si.

Dito isso, vamos falar sobre os sintomas mentais da ansiedade?

Preocupação excessiva

A preocupação excessiva é uma das manifestações mais comuns da ansiedade, envolvendo inquietação persistente em relação a diversos aspectos da vida, como o futuro, saúde, segurança e relacionamentos. Este sintoma pode interferir nas atividades diárias e na qualidade de vida.

É como se a pessoa, enquanto está passando pelos momentos de ansiedade, precisasse ficar atenta a tudo o tempo todo. Esse aumento no nível de vigília é também um efeito do estado de luta ou fuga.

Afinal de contas, pense aqui comigo: se a ansiedade sinaliza um risco e se meu corpo fica pronto para “enfrentar” um perigo, nada mais natural do que eu fique atento a tudo ao meu redor para não ser pego desprevenido.

Pensamentos obsessivos ou ruminações

Outro sintoma da ansiedade que praticamente todas as pessoas já experimentaram é o pensamento obsessivo. Damos esse nome a um tipo de pensamento involuntário e repetitivo, como aquelas preocupações que vem em sua mente na hora de dormir, mesmo você só querendo relaxar e descansar.

As ruminações, por sua vez, são repetições constantes de pensamentos negativos ou preocupações. É como se você ficasse refletindo repetidas vezes a respeito de uma mesma situação negativa ou insegurança futura.

Medo de algo dar errado

A ansiedade, mesmo saudável, faz com que tenhamos algum grau de receio sobre o futuro. Quanto mais intenso é o processo ansiogênico (situação que gera ansiedade), maior é essa preocupação e, consequentemente, medo de que algo dê errado.

Esse sintoma pode ser generalizado, dando uma sensação constante de que algo está errado ou algo ruim vai acontecer, ou pode ser pontual, como enquanto nos preparamos para viajar, falar em público ou dirigir.

Medo de morrer

Quando a ansiedade está em níveis mais elevados é comum que os sintomas fisiológicos também sejam mais intensos (uma taquicardia mais forte, por exemplo). O impacto dessas mudanças no corpo são tão fortes que a pessoa ansiosa pode ter um medo real de estar morrendo, mesmo que esse pensamento seja irracional.

Esse nível de ansiedade e pensamento não é tão comum, e normalmente estão mais associados a transtornos específicos, como é o caso da Síndrome do Pânico.

Medo de perder o controle

Quem passa por vários episódios de ansiedade pode acabar criando um “medo” de ter novamente os sintomas. Dependendo da experiência dessa pessoa, os pensamentos sobre perder o controle e os receios de não conseguir lidar com a ansiedade caso ela apareça tendem a ser muito fortes.

Curiosamente, o medo de perder o controle, nesses casos, costuma ser o primeiro gatilho que leva a pessoa a entrar novamente em um pico de ansiedade. Ou seja: ao ter medo de perder o controle, a pessoa perde o controle.

Medo de ficar sozinho

A ansiedade muitas vezes se manifesta através do medo de ficar sozinho, baseado em experiências anteriores ou preocupações relacionadas à segurança. Isso pode acontecer, por exemplo, no caso de alguém que teve uma crise de ansiedade forte e agora teme que os sintomas voltem enquanto estiver desacompanhada.

Sentimento de inadequação

Quem passa por picos de ansiedade têm, frequentemente, vergonha de sentir os sintomas e tenta escondê-los ao máximo. O problema é que nem sempre conseguimos fazer isso, e outras pessoas podem notar nosso estado.

Às vezes o simples ato de boa fé de alguém, de demonstrar preocupação e querer, ajudar faz com que tenhamos consciência de que a pessoa, assim como outros ao redor, perceberam nossa ansiedade, o que nos leva a essa sensação de inadequação naquele ambiente.

Irritabilidade

Com vários pensamentos na cabeça, inseguranças, medos sobre o futuro, ruminações, tensão muscular, taquicardia e hiperventilação, qual a chance de lidarmos bem com novos problemas ou situações de interação? Provavelmente bem baixa, certo?

É aí que entra a irritabilidade. Como estamos usando muita energia em função da ansiedade, nosso limiar de irritação fica bem mais baixo, fazendo com que pequenas coisas, como alguém pedir um favor, gere uma resposta emocional intensa.

Dificuldade de concentração

Junte tudo o que vimos até agora, todos os sintomas listados. Imagine alguém sentindo essas sensações físicas e psicológicas, várias delas ao mesmo tempo. Como essa pessoa conseguiria se concentrar?

Seria o equivalente a pedir para que alguém acidentado e necessitando de cuidados médicos fique focado para resolver um problema de matemática. Simplesmente não faria sentido. O mesmo vale para a ansiedade: já estamos atentos a coisas demais em função da hipervigilância. Tentar se concentrar nesse momento é exigir demais do nosso cérebro.

Dificuldade de relaxar

Esse sintoma da ansiedade é autoexplicativo, certo? A preocupação gerada pela ansiedade é exatamente o estado mental oposto a estar relaxado.

Problemas de memória

A ansiedade também pode impactar a memória, resultando em dificuldades nesse aspecto. Problemas de memória podem ser causados pelo aumento da tensão muscular, dificuldade de concentração ou preocupação excessiva.

Falta de energia e cansaço constante

A todo momento estou falando sobre usarmos energia na ansiedade, consumo de energia no corpo, gasto de energia mental etc. Toda essa energia precisa sair de algum lugar, e esse lugar é você.

Quem vive com ansiedade vive também sem energia. Tentar se concentrar estando ansioso é tão simples quanto correr uma maratona com um saco de cimento nas costas. Isso significa que enquanto estamos com ansiedade tendemos a gastar muito mais energia para fazer as mesmas coisas que faríamos com facilidade estando calmos.

O resultado só podia ser um, certo? Cansaço constante.

Sentimento de estar desconectado de si mesmo e do mundo

A ansiedade é algo que faz com que vivamos no futuro, preocupados com o que pode acontecer ou imaginando consequências negativas para nossas ações passadas. Quanto mais forte esse pensamento, mais tendemos a focar nele e menos notamos as coisas ao nosso redor.

Esse contexto pode facilmente nos levar a dois fortes sintomas da ansiedade, normalmente presentes apenas em quadros mais agudos. São eles a despersonalização e a desrealização.

O primeiro, a despersonalização, tem relação com a forma como lidamos com nós mesmos. Durante um aumento significativo da ansiedade podemos “desconectar” do nosso corpo, levando à sensação de que estamos a nós mesmos de fora, como se não fôssemos reais.

A desrealização é um sintoma bastante parecido. A diferença é que aqui temos a sensação de que o mundo ao nosso redor é falso, irreal. É como ter a sensação de estar vivendo em um filme.

Alterações na libido

Diante de todo o estresse gerado pela ansiedade, é esperado que nosso desejo sexual também seja impacto, certo? O curioso é que ele pode tanto aumentar quanto diminuir.

A forma como isso acontece varia de pessoa a pessoa. O quadro mais comum de ansiedade é acompanhado de baixa na libido. Se você já tentou ter relações sexuais enquanto estava estressado ou ansioso deve entender o que estou dizendo: é difícil concentrar, conectar, aproveitar o momento.

Contudo, algumas pessoas podem responder à ansiedade de outra forma. Dentre elas, uma vontade de se conectar fisicamente com alguém, usar o sexo como estratégia de alivio de estresse ou como forma de se sentir mais empoderado e confiante.

Qual é o efeito da ansiedade no nosso comportamento?

Por fim, temos que falar sobre o impacto que os efeitos da ansiedade no corpo e na mente geram no nosso comportamento. Não sei se você notou, mas até agora falamos apenas de coisas internas, e agora olharemos para os impactos da ansiedade.

Procrastinação

Aqueles que enfrentam a ansiedade muitas vezes procrastinam tarefas ou compromissos devido ao medo de não conseguir lidar com eles ou receio de que algo possa dar errado. Uma das expressões dessa procrastinação é o tal perfeccionismo.

Com receio de ter uma entrega ruim, a pessoa passa seu tempo revisando várias e várias vezes o que está fazendo antes de completar a tarefa. É como se fosse uma tentativa de se proteger de um erro que talvez nem exista.

Além do medo do fracasso, outros fatores que aumentam a procrastinação são a falta de concentração e o estresse, ambos sintomas da ansiedade que interferem diretamente no nosso funcionamento ao longo do dia.

Alterações no sono

A ansiedade pode provocar diversas alterações no sono, incluindo insônia, sono agitado, sonolência diurna excessiva ou pesadelos. 

A insônia, em particular, é um dos sintomas mais comuns. Nos quadros mais clássicos ela acontece mais ou menos da mesma forma: a pessoa está exausta, sem energia, e vai se deitar. Ao colocar a cabeça no travesseiro a cabeça começa a acelerar, vários pensamentos negativos e preocupações surgem, impedindo o sono e atrapalhando o relaxamento.

A sonolência diurna normalmente é resultado da falta de energia somada à baixa qualidade de sono e insônia. Sem descanso o corpo para de funcionar como deveria, e sono é um dos primeiros reflexos desse cansaço.

Os pesadelos, por sua vez, são resultado da ruminação e pensamentos obsessivos. Quanto mais pensamos em algo, maior a chance de sonharmos com aquilo, e é exatamente isso que acontece na ansiedade.

Problemas sexuais

Alguns padrões de ansiedade estão intimamente relacionados ao nosso comportamento sexual. Assim, alguns prejuízos e desconfortos podem acontecer, como:

  • ejaculação precoce: ejaculação dentro de até dois minutos após a penetração. Normalmente causada pelo nervosismo  durante o ato sexual e a perda de concentração;
  • disfunção erétil: incapacidade de manter a ereção na relação sexual. Pode ser fruto de ansiedade de desempenho. Essa ansiedade se manifesta em pensamentos negativos sobre não conseguir ter ereção e a alta cobrança para conseguir performar na cama; 
  • dificuldade de atingir o orgasmo: excesso de esforço para alcançar o orgasmo, mesmo com estimulação adequada. Pode ocorrer principalmente pela falta de concentração e redução da libido;
  • anorgasmia situacional: incapacidade de chegar ao orgasmo em alguns cenários. Normalmente associado a baixa libido, pensamentos negativos, desconexão e dificuldade de concentração.

Evitação

Passar por uma crise de ansiedade é uma das piores experiências que o ser humano pode ter. Logo, nada mais natural que a pessoa que experimente essas sensações não queira nunca mais passar por elas.

Assim, um dos comportamentos mais comuns de pessoas ansiosas é a evitação de situações que poderiam desencadear a bendita ansiedade. Esse é um dos maiores prejuízos da ansiedade e te explico o motivo.

Imagine que você está no shopping e tem uma crise. É só não voltar lá para não ter o mesmo gatilho, certo? Tudo bem, então começa aí a evitação do shopping. Alguns dias depois acontece a mesma coisa, mas dessa vez no ônibus. A partir desse evento você só andará de carro de aplicativo, certo?

Imagine isso se estendendo mais e mais: ansiedade ao falar em público, ao andar na rua, ao fazer uma entrevista de emprego. Pouco a pouco o medo de ter uma nova ansiedade vai restringindo os lugares que podemos ir e coisas que podemos fazer, até ficarmos restritos à nossa casa.

Isolamento social

Existem dois principais motivos para a ansiedade nos levar a um isolamento social:

  • evitação: ao evitarmos ambientes e atividades também nos afastamos das pessoas que encontraríamos nesses espaços;
  • medo de julgamento: a vergonha da ansiedade e o medo de ridicularização fazem com que a pessoa evite interagir com outros, com o receio de demonstrar “sua fraqueza” (que não é fraqueza nenhuma, só para deixar claro!).

Automutilação

Existe uma relação entre quadros de ansiedade e o comportamento de causar dano deliberado contra o próprio corpo, como cortes e queimaduras. Esse não é um sintoma tão comum da ansiedade, mas quando alguém apresenta um quadro de automutilação é esperado que essa pessoa também demonstre sinais de ansiedade.

Não existe uma causa exata para esse comportamento. Ele pode ser fruto de uma tentativa de lidar com a ansiedade usando a dor física como distração, consequentemente gerando um alívio. Pode ser uma autopunição ou a maneira que a pessoa encontrou de expressar a ansiedade.

Abuso de substâncias

A utilização de substâncias como meio de enfrentar a ansiedade é uma estratégia bastante comum. Pessoas que optam por essa abordagem recorrem a substâncias lícitas e ilícitas, como álcool, cannabis e tabaco, como uma forma de atenuar os sintomas desconfortáveis da ansiedade.

Essas substâncias muitas vezes agem como uma espécie de anestesia mental, proporcionando uma temporária “desativação” do cérebro e reduzindo a percepção dos sintomas negativos associados à ansiedade. 

Por mais tentadora que essa alternativa possa ser, a longo prazo ela tende a levar a pessoa para a dependência química, além de gerar uma resistência às substâncias e não sentir mais os efeitos desejados.

Por isso, é fundamental considerar alternativas mais saudáveis a longo prazo para lidar com a complexidade desse desafio.

Como saber se estou com ansiedade?

Depois dessa lista imensa de sintomas e explicações, vem a pergunta final: como saber quando estou com ansiedade?

Bom, você poderia ir por dois caminhos:

  • caso note algum sintoma físico da ansiedade, pare um segundo e dê uma “olhada” em sua mente. Escute o que sua cabeça está dizendo. Se forem preocupações, alertas de perigo, inseguranças, medos, é bem provável que seja ansiedade;
  • caso note que seu pensamento está acelerado, ruminante, negativo e focado no futuro, avalie seu corpo. Note se existe tensão, se seus ombros estão travados e doendo, e principalmente como está seu coração e sua respiração. Caso haja taquicardia, hiperventilação ou tensão em conjunto com os pensamentos, é bem provável que seja ansiedade.

Uma terceira alternativa para você fazer essa avaliação é por meio de escalas de ansiedade. Na Psicologia usamos essas escalas para quantificar o grau de determinado sentimento e acompanhar as oscilações dele.

Uma dessas escalas está disponível aqui no blog, a GAD-7. Basta clicar aqui para fazer o teste e observar seu nível de ansiedade.

SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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