O que é Psicologia e qual o papel do psicólogo? Descubra aqui!

o que é psicologia

Você já reparou como a Psicologia está cada dia mais badalada? Não é raro encontrarmos pessoas falando que fazem terapia, que se consultam com um psicólogo ou que acham fundamental a orientação psicológica. Mas será que você sabe o que é Psicologia?

Além de promover a saúde mental, o que mais essa ciência faz? E o psicólogo, qual o papel dele no meio dessa história e  como ele pode te ajudar? Para saber a resposta dessas e de outras perguntas, continue a leitura!

O que é Psicologia?

A Psicologia é a área do conhecimento que se dedica ao estudo do comportamento humano e dos processos mentais. Ela busca compreender como pensamos, sentimos, agimos e interagimos com o mundo ao nosso redor.

Imagine a mente humana como um grande quebra-cabeça, cheio de peças (sua história de vida, heranças genéticas, crenças, valores, ambiente que você vive etc.) que se encaixam de maneiras complexas e únicas. A Psicologia nos ajuda a entender como essas peças funcionam juntas para formar quem somos e para explicar o porquê de fazermos o que fazemos.

Para entender e abarcar toda essa complexidade, psicólogos estudam desde os processos básicos, como a atenção e a memória, até questões mais profundas, como as emoções, os traumas e os transtornos mentais.

Um aspecto importantíssimo da Psicologia é sua aplicação prática. Ela não apenas busca compreender a mente humana, mas também procura desenvolver técnicas e estratégias para ajudar as pessoas a lidarem com seus problemas, mudarem seus comportamentos, tratarem transtornos mentais e a melhorarem suas vidas.

Além disso, a Psicologia também se preocupa em entender como o ambiente influencia o comportamento humano. Isso inclui desde o impacto da família e da cultura até a maneira como as tecnologias digitais afetam nossa saúde mental.

Mas… para que serve a Psicologia?

Graças a todo esse conhecimento sobre a natureza humana, a Psicologia acaba sendo muito útil para explicar fenômenos comportamentais, bem como para intervir sobre eles.

Dessa forma, podemos, por exemplo, identificar o que gera a briga em uma família, o que atrapalha a sua dieta ou o que faz uma criança tirar notas baixas. Ao entender as causas desses comportamentos é possível intervir e mudar a forma como a situação está.

Então é correto dizer que a Psicologia serve para que nós, psicólogos, conheçamos o comportamento humano, busquemos suas causas e consequências e possamos atuar para prover mais saúde, produtividade e bem-estar para as pessoas.

Mas para ficar ainda mais claro, veja como a Psicologia poderia ajudar em diferentes áreas da sua vida:

Autoconhecimento

A Psicologia nos ajuda a nos conhecermos melhor. Ela nos dá insights sobre nossas emoções, pensamentos e comportamentos, permitindo-nos entender por que fazemos o que fazemos.

É como se, com a ajuda de um psicólogo, você conseguisse ser mais consciente de suas ações e agir cada vez menos pelo impulso e mais de acordo com seus valores e objetivos.

Relacionamentos

Você já teve problemas de comunicação com alguém? A Psicologia nos ajuda a entender melhor as pessoas ao nosso redor, facilitando a construção de relacionamentos mais saudáveis e empáticos.

Existem técnicas para se comunicar de forma que os outros entendam, assim como formas específicas para escutar uma informação e entender o que a outra pessoa efetivamente quer dizer.

Basta parar para pensar na sua vida por um segundo: quantas vezes você e uma outra pessoa estavam falando sobre o mesmo assunto, mas não conseguiam se entender, mesmo que no geral estivessem concordando um com o outro?

Isso vale para todos os tipos de relacionamento, desde iniciar uma amizade e conversar com um desconhecido a criar um relacionamento amoroso ou de trabalho de alta qualidade.

Bem-estar mental

Assim como cuidamos do corpo, também precisamos cuidar da mente. Parte do trabalho de psicólogos está em ajudar seus pacientes/clientes a lidarem com o estresse, a ansiedade, a depressão e outros desafios emocionais, fornecendo suporte e orientação.

Uma vida mais “leve” começa de dentro para fora. Primeiro você precisa lidar com seu universo interno (pensamentos, sentimentos, emoções, crenças, valores, memórias, traumas…), para só então assumir as rédeas da própria vida.

Afinal de contas, quem controla suas decisões e ações são seu cérebro e sua mente, correto?

Desenvolvimento pessoal

Quer melhorar suas habilidades sociais ou superar uma fobia? A Psicologia oferece técnicas e estratégias para o desenvolvimento pessoal.

Essas estratégias clínicas vão desde treinos de comunicação, interpretação de comportamentos, gestão de conflitos, comunicação assertiva, negociação, enfrentamento e várias outras habilidades importantes para a nossa vida — como saber dizer “NÃO”, por exemplo.

Educação e trabalho

Na escola, a Psicologia nos ajuda a entender como aprendemos e como podemos melhorar nosso desempenho acadêmico. É natural que psicólogos conheçam o processo pelo qual adquirimos conhecimento, e por isso eles podem criar estratégias personalizadas para te ajudar no seu desenvolvimento.

No trabalho, esse conhecimento sobre o comportamento humano é útil para entender as dinâmicas de equipe, resolver conflitos e promover um ambiente saudável. 

Como pedir um aumento? Como falar com seu gestor sobre alguma situação desagradável? Agir nessas situações é algo que pode ser aprendido.

Tomada de decisão

A Psicologia fornece insights valiosos sobre como tomamos decisões e como podemos fazê-lo de forma mais eficaz. Isso pode nos ajudar a fazer escolhas mais conscientes e satisfatórias em diferentes aspectos da vida.

Com o tratamento adequado podemos parar de tomar decisões com base nas nossas emoções (por medo ou pela ansiedade, por exemplo) e começar a decidir de acordo com o que realmente queremos alcançar (objetivos, metas, sonhos etc.).

Ao terminar sua formação, o psicólogo pode trabalhar em várias áreas, como a Psicologia Clínica, Organizacional e do Trabalho, Escolar e Educacional, Jurídica, Hospitalar, Social, do Esporte, do Trânsito, Neuropsicologia, Psicopedagogia, Saúde Coletiva e várias outras.

Basicamente: onde existem pessoas que precisam ganhar alguma habilidade comportamental ou receber tratamento para algum trauma ou questão psicológica, o psicólogo pode trabalhar.

As áreas mais conhecidas são a clínica, onde ajudam as pessoas individualmente, e a organizacional, atuando dentro de empresas para melhorar o ambiente de trabalho e a produtividade.

Neste texto, vamos nos concentrar na psicologia clínica, pois é a área que mais pode ajudar diretamente as pessoas em suas vidas cotidianas — e é também minha área de trabalho, então tenho mais domínio para conversar com você sobre ela.

E o que ele faz?

Um psicólogo clínico é como um guia para ajudar as pessoas a entenderem e lidarem com seus sentimentos e problemas. Eles não apenas ouvem, mas ajudam a encontrar maneiras de lidar com o que está incomodando você.

Às vezes, isso pode envolver fazer atividades para ajudá-lo a se sentir melhor ou aprender maneiras de pensar de forma diferente sobre as coisas, te oferecendo ferramentas para olhar para seus desafios de um novo ângulo e superar suas atuais dificuldades.

Podemos dividir o trabalho do psicólogo clínico em 3 grandes áreas:

Análise

Quando você vai a uma consulta com um psicólogo, pode se perguntar: como alguém que não me conhece pode entender meu comportamento?

Bem, os psicólogos são treinados para observar e analisar padrões de comportamento, pensamento e emoção. Eles usam teorias e técnicas psicológicas para entender o que está por trás dos problemas que você está enfrentando.

Consultas

Durante as consultas, o psicólogo geralmente faz perguntas sobre sua vida, suas emoções e suas experiências. Enquanto você fala, eles estão atentos não apenas ao que você está dizendo, mas também à forma como você se expressa e aos padrões de pensamento que apresenta. 

Eles criam um ambiente seguro e acolhedor para que você possa se abrir e explorar suas preocupações sem ser julgado, e sempre em sigilo — só você e o psicólogo sabem o que se passa nas consultas.

É comum que haja bastante interação durante as consultas, com o psicólogo fazendo perguntas pontuais, trazendo insights ou introduzindo estratégias para te ajudar a alcançar os objetivos combinados no início da terapia.

Mudança de Comportamento

O trabalho do psicólogo não termina na consulta. Eles podem usar diferentes abordagens, como roleplays, perguntas reflexivas e exercícios práticos, para ajudá-lo a entender melhor seus padrões de comportamento e pensar em maneiras de mudá-los

Além disso, é uma prática comum sugerir tarefas de casa, como praticar novas habilidades ou refletir sobre experiências específicas, para ajudá-lo a desenvolver estratégias de enfrentamento mais eficazes.

É importante lembrar que os 50 minutos de consulta por semana são apenas uma parte do processo; a implementação das estratégias discutidas durante a terapia é fundamental para promover a mudança real.

Mitos e mentiras sobre a Psicologia que você precisa entender

Por ser uma área bastante nova do conhecimento, a Psicologia é uma ciência circundada por vários mitos e mentiras que foram propagadas ao longo do tempo. Precisamos mudar um pouco esse cenário, e eu te convido a conhecer os mitos mais comuns a respeito dessa área e o porque eles são falsos.

Falar com um psicólogo é como falar com um amigo

Muitas pessoas confundem o trabalho do psicólogo com uma simples conversa com um amigo. No entanto, há uma diferença fundamental entre essas duas interações. O psicólogo emprega uma série de técnicas e estratégias, incluindo a escuta ativa, que vai além de uma simples troca de palavras.

Ao contrário de um amigo, o psicólogo está treinado para compreender profundamente o que está acontecendo com você. Eles não o julgarão por suas decisões e o ajudarão a refletir e criar estratégias sobre como lidar com seus desafios.

Além disso, durante uma consulta com um psicólogo, tudo o que é compartilhado é mantido em sigilo absoluto.

Quando temos esses elementos alinhados, pode acreditar: você falará coisas para seu psicólogo, e tocará em pontos da sua intimidade, que provavelmente não seria possível com nenhum amigo.

O psicólogo não sabe me ajudar, ele nunca passou pelo que estou passando

O trabalho do psicólogo não requer experiência pessoal nas situações pelas quais seus clientes estão passando. Seria o mesmo que esperar que um médico tenha quebrado o próprio braço para saber como tratar uma fratura.

Assim como na Medicina, na Psicologia, dispomos de um conjunto de técnicas e estratégias para compreender o comportamento humano, permitindo-nos analisar as situações sem necessariamente vivenciá-las.

Um psicólogo busca compreender o que motiva determinado comportamento, como você reage em diferentes situações, quais são suas respostas emocionais e cognitivas a determinados estímulos, e como seu comportamento impacta sua vida e futuro.

Esse curta de animação ilustra bem a diferença entre passar por um problema e saber como resolvê-lo ouvindo de fora. Assista, vale a pena, até para desmistificar, também, o mito de que psicólogos são calmos ou tem a solução para tudo na própria vida:

Já falo com Deus, não preciso de um psicólogo

Fé, religiosidade e espiritualidade são importantes para muitas pessoas, mas quando se trata de lidar com desafios práticos da vida, às vezes é preciso outros tipos de intervenção também.

Por exemplo, se você não sabe mexer no computador, vai rezar ou fará um curso para aprender? E se enfrentar um problema legal, a oração será suficiente ou você procurará a ajuda de um advogado também?

A psicologia e a religião servem a propósitos diferentes. Sua fé tem um papel importante na sua vida, mas às vezes é necessário contar com um profissional para ajudar na mudança de comportamento, e é exatamente isso que o psicólogo faz.

Um psicólogo respeita sua fé e não tentará impor uma visão de mundo diferente. Ele pode te ajudar a entender o que você quer para sua vida e como lidar com os desafios que enfrenta, e sua fé pode ser um recurso útil — você não precisa abandoná-la para buscar ajuda externa.

Procurar psicólogo é coisa de doido ou gente fraca

Muitas vezes, ouvimos pessoas dizerem que buscar ajuda psicológica é sinal de fraqueza ou “loucura”. Mas pense um pouco: não são justamente as pessoas que dizem isso que têm mais dificuldade em se abrir, conversar e se desenvolver; e normalmente repetem os mesmos erros ano após ano?

A verdade é que procurar ajuda psicológica requer muita coragem. Você está se abrindo para um estranho e admitindo que deseja mudar seu comportamento e sua vida, o que pode ser bastante desafiador.

Reconhecer que precisa de apoio e buscar essa ajuda é um sinal de maturidade. Imagine quantas vidas e pessoas poderiam ser ajudadas se essa mensagem fosse mais disseminada?

Psicólogo só fica escutando a gente falar

No passado, devido à forma como alguns profissionais atuavam, os psicólogos ganharam a reputação de apenas ouvirem, enquanto o paciente passava de 40 a 50 minutos falando ininterruptamente sobre sua vida. No entanto, a psicologia moderna é bem diferente.

As consultas agora são muito mais interativas. O psicólogo faz questionamentos, sugere reflexões, oferece insights e trabalha em conjunto com o paciente para criar estratégias. Embora ainda haja espaço para desabafar e falar livremente sem interrupções, a terapia atual é mais dinâmica.

O psicólogo participa ativamente das consultas, às vezes até mais do que o paciente, pois há explicações e exercícios práticos a serem realizados para promover mudanças efetivas.

Psicoterapia só serve para casos graves

A psicoterapia foi originalmente concebida para tratar transtornos mentais, o que naturalmente levou as pessoas a associarem o trabalho do psicólogo apenas ao tratamento dessas doenças. No entanto, a Psicologia evoluiu significativamente ao longo das décadas e hoje em dia vai muito além disso.

Embora o tratamento de transtornos graves continue sendo uma parte importante da Psicologia, ela também oferece uma gama ampla de serviços para melhorar a vida das pessoas.

Atualmente, você pode contar com a ajuda de um psicólogo para: desenvolver uma relação mais saudável com suas emoções, aprimorar suas habilidades de comunicação, aprender a se posicionar e estabelecer limites, cultivar amizades e interagir melhor com pessoas diversas, desenvolver estratégias de estudo eficazes e lidar com uma variedade de questões relacionadas ao comportamento.

Estou tomando remédio indicado pelo psiquiatra, não preciso de terapia

Em muitos casos, o uso de medicação psiquiátrica é fundamental no tratamento de pacientes, mas raramente é a solução definitiva para questões de saúde mental. Toda condição mental, além de seus sintomas, envolve uma dificuldade de adaptação em diferentes contextos, variando em intensidade de pessoa para pessoa.

A função da medicação é reduzir o impacto dos sintomas e permitir que o paciente tenha mais controle sobre seu comportamento. No entanto, para alcançar uma saúde mental efetiva, é essencial desenvolver habilidades comportamentais que permitam a adaptação aos contextos, apesar dos desafios enfrentados.

Por exemplo, quando alguém busca ajuda psiquiátrica para lidar com a ansiedade e começa a tomar ansiolíticos, pode sentir alívio das crises que vinha enfrentando. No entanto, a ansiedade precisa ser regulada, e isso geralmente requer um tratamento psicológico em conjunto. É por isso que é comum as pessoas sentirem uma melhora com a medicação, mas terem recaídas ao interrompê-la.

A medicação é uma ferramenta importante e, em alguns casos, é a primeira linha de tratamento, mas não substitui o treinamento de comportamentos e estratégias psicológicas adquiridas durante a psicoterapia.

O ideal é entender que a psicoterapia e o tratamento medicamentoso são complementares, e a combinação de ambos é fundamental para promover uma saúde mental duradoura.

Você provavelmente já sabe que a psicologia pode ajudar, mas por que buscar um profissional formado nessa área em vez de estudar por conta própria? Existem vários motivos importantes.

Contar com um profissional capacitado

Por mais que você leia ou estude sobre psicologia, a capacidade de analisar o próprio comportamento é bastante complexa. Isso se deve, principalmente, ao fato de que, quando estamos imersos em nossa própria vida, temos dificuldade de observá-la sem julgamentos. Nossos medos e inseguranças frequentemente influenciam nossas decisões, ditando ações das quais podemos nos arrepender.

Quantas vezes você agiu de maneira contrária ao que desejava, seja comendo algo que não queria, faltando a um compromisso importante ou procrastinando, mesmo ansioso e ciente da necessidade de concluir uma tarefa? 

Psicólogos, com sua visão externa, podem oferecer uma perspectiva mais assertiva sobre as situações e realizar análises que consideram o contexto, os objetivos e as adaptações de comportamento necessárias para alcançar os resultados desejados.

À medida que vivemos, criamos regras sobre o mundo que, por vezes, nos levam a ter uma visão limitada, impedindo-nos de considerar possibilidades além do que já conhecemos. 

Um psicólogo capacitado pode identificar esses padrões e apresentar novas formas de ação, além de dispor de técnicas e estratégias que orientam a mudança de comportamento de maneira menos dolorosa e desgastante.

Se abrir sem ser julgado

A não-julgação é a base de um bom trabalho em psicologia. Bons psicólogos compreendem que nosso comportamento é resultado de aprendizado e que nossas ações atuais são respostas aos desafios que enfrentamos.

Um psicólogo não julgará sua dificuldade em dizer “não”, por exemplo; ao contrário, buscará entender as variáveis que o levaram a adotar tal comportamento e o que mantém essa conduta atualmente.

Você não será tachado de incompetente por não saber fazer algo; o psicólogo identificará as contingências que sustentam suas ações e o que pode ser alterado em sua vida, comportamento ou ambiente para que possa agir de forma diferente.

Na minha experiência clínica, é comum que as pessoas se abram para psicólogos de uma maneira que não fazem com outros, pois percebem que, ao falar, não são julgadas, e as perguntas do psicólogo visam compreender o que é importante para elas, não para o profissional.

O psicólogo não tem uma relação íntima com você

Amigos e familiares formam uma base de apoio essencial, sendo elementos vitais para o cultivo de uma vida social saudável, um componente chave para uma boa qualidade de vida.

Contudo, essas pessoas possuem suas próprias crenças, valores e vieses. Muitas vezes, os conselhos que oferecem refletem o que fariam em seu lugar ou como gostariam de viver suas vidas.

Ao procurar um psicólogo, você encontra um profissional que avalia sua visão de mundo, seus objetivos futuros e o caminho que deseja trilhar para alcançá-los. Com base nisso e em seus valores pessoais, o psicólogo auxilia na criação de um plano coerente com sua vida.

Diferentemente de amigos e familiares, o psicólogo não tem interesses pessoais em suas decisões, seja mudar de emprego, iniciar ou terminar um relacionamento, discutir intensamente com a família ou estabelecer limites em determinadas relações. 

As pessoas próximas são diretamente afetadas por essas mudanças e podem ter dificuldade em oferecer orientações imparciais. Raramente pais aconselham os filhos a impor mais limites na relação familiar, embora isso possa ser crucial para o desenvolvimento da maturidade e independência.

Esse é apenas um exemplo. A mesma lógica se aplica a outras situações, como definir sua postura em relação ao chefe, expressar sentimentos negativos em um relacionamento ou realizar mudanças na dieta que impactam a rotina alimentar da casa. Em todos esses casos, a orientação de um psicólogo pode ser valiosa por ser desprovida de julgamentos e interesses pessoais.

Psicólogos clínicos são altamente treinados

Identificar variáveis no comportamento e saber como intervir para modificar a forma como alguém age e pensa não é tarefa fácil. Psicólogos no início de carreira enfrentam desafios nesse processo e, muitas vezes, necessitam de orientadores para ajudar a identificar esses pontos.

A psicologia clínica, como qualquer outra profissão, exige treinamento constante. Não se espera que alguém saiba desenhar bem na primeira vez que pega um lápis, mas após 15 anos de prática, espera-se algum domínio sobre a técnica. O mesmo se aplica a um psicólogo clínico.

Por exemplo, o tipo de caso que mais me aparecem são pessoas lidando com ansiedade elevada. Já na primeira consulta, consigo identificar o que mantém essa ansiedade, como ela se manifesta na pessoa e até dar exemplos de como essa condição interfere na vida do paciente.

Isso é resultado de muito treino. Foram centenas de casos relacionados à ansiedade que me proporcionaram habilidades e um repertório para identificar gatilhos e realizar intervenções adequadas, promovendo alívio e a manutenção de uma boa saúde mental.

O tempo de experiência clínica e o estudo diário são a base do conhecimento de um psicólogo clínico e do trabalho que ele realiza. É por isso que bons profissionais alcançam resultados excelentes com seus pacientes, enquanto aqueles que apenas leem sobre psicologia ou são novatos na área enfrentam mais dificuldades.

Essa é uma das principais vantagens de contar com um psicólogo clínico: ele oferece atalhos para mudar comportamentos, acelerando processos que, sozinho, levariam meses ou anos para realizar.

O Psicólogo Clínico tem a obrigação de manter o sigilo

Muitas pessoas desconhecem, mas o código de ética da Psicologia, que regula a conduta dos psicólogos e as punições em caso de infração, estabelece o sigilo como um critério fundamental.

Tudo o que é dito durante uma consulta é confidencial, restrito apenas ao paciente e ao psicólogo. Nenhuma informação é divulgada, e se o psicólogo precisar comentar algo sobre o caso, ele deve alterar todas as informações, como localização, nome, idade, sexo e quaisquer outros dados que possam identificar o paciente.

Além disso, o psicólogo não pode discutir um caso que está atendendo só porque teve vontade. Ele só pode falar sobre esses assuntos em contextos específicos, como para buscar orientação de outros profissionais, como psiquiatras ou psicólogos mais experientes, visando encontrar soluções para o caso do paciente.

Há situações específicas em que o sigilo pode ser quebrado, conforme previsto pelo código de ética. Um psicólogo pode revelar informações restritas se a vida do paciente estiver em risco, se o paciente representar um risco para a vida de outra pessoa ou se houver autorização prévia do paciente para compartilhar alguma informação.

Tenho que ir em um psicólogo da mesma religião que eu?

Não é necessário procurar um psicólogo da mesma religião que a sua. A psicoterapia é uma prática profissional baseada em princípios científicos e éticos, independentemente das crenças religiosas do terapeuta ou do paciente.

Os psicólogos são treinados para respeitar e valorizar a diversidade de crenças, religiões e valores dos clientes. Eles são capazes de fornecer suporte e orientação independentemente das convicções religiosas do indivíduo.

No entanto, se a sua fé ou religião é importante para você e deseja integrá-la ao processo terapêutico, é importante discutir isso com o seu psicólogo. Muitos psicólogos estão abertos a incorporar questões espirituais e religiosas na terapia, desde que isso seja relevante e útil para o cliente.

O mais importante é encontrar um psicólogo com quem você se sinta confortável e que respeite suas crenças e valores, independentemente de serem os mesmos que os deles.

Se eu quiser ir buscar ajuda da Psicologia, o que preciso fazer?

Existem diversas maneiras de buscar um profissional de psicologia que possa lhe ajudar. Atualmente, com a disponibilidade da psicoterapia online, não é necessário limitar-se apenas aos psicólogos de sua cidade.

Para encontrar um bom profissional, uma opção prática é realizar uma busca no Google. Verifique o perfil do psicólogo, confirme se ele está registrado no Conselho Regional de Psicologia da sua região e, se possível, conheça um pouco sobre seu pensamento por meio dos conteúdos que ele publica, caso os tenha.

Há também centros de assistência à saúde, como os CAPS, e o atendimento psicológico oferecido pelo SUS

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SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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