A ciência por trás do coração partido: entenda o que fazer!

coração partido

Você já teve, ou está com, seu coração partido?

Os primeiros momentos de um relacionamento sempre são incríveis, não é mesmo? Pensamos na pessoa o tempo todo, sentimos um frio na barriga e começamos a ver o mundo com outros olhos.

Por outro lado, o término também é um processo muito intenso. Ao ter o coração partido acabamos relembrando dos momentos juntos, reavaliamos nossas ações e nos sentimos incapazes de esquecer a pessoa e partir para outro relacionamento.

Posso, inclusive, dizer que uma das maiores dificuldades do ser humano é em lidar com o coração partido. Mas… você sabia que existe receita para superar esse sentimento? Continue a leitura, jajá vou explicar como isso funciona!

O amor é uma droga

Em primeiro lugar, me diga uma coisa: por que os relacionamentos amorosos são tão intensos?

A resposta é muito simples: porque o amor é uma droga. Sim, isso mesmo. De acordo com Helen Fisher (excelente pesquisadora, diga-se de passagem) e seus companheiros de pesquisa, o amor é uma adicção (vício) “natural”.

Fisher e seus companheiros fizeram um intenso estudo para entender os mecanismos do amor e quais seus impactos na vida das pessoas. Concluíram, ao fim de pesquisa, que o amor funciona como qualquer outro vício.

Nosso cérebro tem uma região responsável pelo “sistema de recompensas”. Essa região está ligada a todas as adicções existentes: jogos, sexo, consumo de substâncias, como o álcool, a nicotina, a heroína e diversas outras drogas.

O mais interessante dessa história é que essa mesma região fica ativa durante um término de relacionamento. Isso significa que o mesmo sistema de recompensas que nos faz ficar viciados em algo, também fica ativo quando um namoro ou casamento termina.

Sabendo disso, fica fácil entender o que acontece depois, não é mesmo?

Como toda droga, existe abstinência

Se pensou em “abstinência”, parabéns! Você acertou.

A verdade é que o amor é uma “droga natural”. A dependência que criamos por outras pessoas nos faz de reféns. Enquanto o relacionamento ainda existe, isso não é um problema, mas quando ele acaba vários problemas começam a aparecer.

É difícil esquecer a pessoa, você se sente incapaz e não vê possibilidades futuras. Além disso, tudo te faz lembrar do ex, não é mesmo? Para completar, você provavelmente vê as publicações dessa pessoa, acompanha as fotos e fica de olho em tudo que ele(a) faz.

Além disso, o coração partido gera dores físicas e psicológicas intensas. Seu cérebro fica perdido, sem entender o que deveria ser feito. Ele já estava acostumado a ficar perto da outra pessoa e agora é necessário reaprender a ficar sem um parceiro amoroso.

Tudo isso funciona como qualquer outro vício: a pessoa se torna dependente, busca ajuda (nesse caso, acontece um rompimento) e se distancia da causa do vício. No primeiro momento tudo parece fácil de lidar, mas não continua assim durante muito tempo.

Depois de alguns dias, ou poucas semanas, começa a haver uma necessidade intensa e crescente de voltar ao vício. Não que a pessoa queira se viciar, mas ela quer ter acesso àquelas sensações prazerosas que tinham antes — além de parar de se sentir mal.

E aí. Isso faz você lembrar de como tem agido após ter o coração partido? Se sim, então a abstinência está acontecendo.

Tudo isso é necessário

Sei que parece um pouco ruim toda essa história, mas essa nossa capacidade biológica de gostar das pessoas é algo muito bom. Ela nos permite cuidar de nossos filhos, fazer grandes amizades, encontrar parceiros românticos e ajudar outras pessoas.

É graças a essa nossa capacidade, essa capacidade natural (que surgiu da evolução de nossa espécie), que podemos construir uma sociedade.

O problema é que às vezes usamos essa capacidade para dar atenção a uma pessoa só (essa que é a tal da paixão). Como resultado, saturamos nosso pensamento e não conseguimos ver o mundo sob diferentes perspectivas.

Se o relacionamento estiver bem, nossa vida segue tranquilamente. Entretanto, quando existe um término e acontece o caso do coração partido, é como se perdêssemos a única fonte de prazer de nossas vidas.

Então, veja só: não critique essa nossa capacidade. Ela é muito legal e nos ajuda bastante. Precisamos apenas ter cuidado para não ficarmos viciados em alguém — e existem muitas pessoas viciantes por aí (sim, isso é um elogio!).

Calma, coração partido tem solução

Apesar de todo esse cenário, eu tenho uma notícia muito positiva para você. Coração partido tem cura e é muito mais “simples” (não é fácil, tá bom? Mas, também não é impossível) do que os outros tipos de vício.

Como falei no início do texto — e como você deve ter visto no título — a ciência tem uma estratégia para resolver esse tipo de situação. Ficou curioso para descobrir esse segredo? Então, veja abaixo o passo a passo que você deve seguir para superar um coração partido.

1. Escreva em seu diário

A primeira etapa do “tratamento” de um coração partido é usar um diário para se expressar. Se você não tem o costume de escrever como foi seu dia, essa é uma boa hora para começar.

Entretanto, não fale sobre o término do seu relacionamento, não fale como era a outra pessoa ou a falta que sente dela. Escreva apenas sobre seu dia, sobre os acontecimentos rotineiros.

Tente ser específico ao escrever, dê detalhes sobre as coisas, fale sobre o trabalho, os estudos, a conversa com os filhos, os vídeos engraçados que assistiu etc. O mais importante é focar em si mesmo, okay?

Em vez de usar “nós”, comece a usar a palavra “eu” na escrita.

2. Fale sobre o assunto com alguém

Apesar da necessidade de se afastar da pessoa para que o coração partido seja curado, sei que não é tão simples assim. Normalmente precisamos desabafar, contar para alguém, xingar, brigar, aliviar o estresse, a dor e o sofrimento de alguma forma.

Só que fazer isso com qualquer pessoa não é uma boa ideia. Amigos muito próximos, por exemplo, tem uma visão formada sobre o que aconteceu, sobre quem é culpado e sobre como ajudar você a se animar.

Não é disso que você precisa. O mais importante agora é entender o mundo por um ângulo diferente. Então, procure pessoas imparciais, que não te conhecem tão bem e não tem relação com a história, e fale o que aconteceu.

Nessas horas, vale até procurar a ajuda de um profissional, como o Psicólogo. Reserve umas duas sessões e fale sobre o término do relacionamento, sobre a outra pessoa e sobre as causas que levaram a esse fim.

Mas atenção: isso é algo para ser feito apenas no início do processo! Depois de duas ou três semanas fazendo isso, é hora de parar. Afinal de contas, você quer superar o coração partido, não ficar só pensando no ex o tempo todo, não é?

3. Foque em você

Por fim, o passo mais importante e mais difícil: foque em você!

Faça planos, crie metas, se vista bem, cuide da sua aparência, se elogie! O foco do seu pensamento e das suas ações precisa ser você. Mesmo que outras pessoas precisem de atenção, elas podem esperar um pouco.

Enquanto estamos com o coração partido, ficamos fragilizados e sensíveis. Por isso devemos primeiro manter o foco em nos sentirmos melhor; depois podemos dar atenção a outras pessoas.

Veja bem: se você não estiver na sua melhor forma, provavelmente sua ajuda não será tão boa também, não é mesmo? Então, concentre-se em si mesmo. Vá trabalhar, se mostre competente e capaz.

Sei que essa parte não é nada fácil, mas tenho certeza que você consegue!

Seguindo esses passos, não tem erro: você ficará bem e superará o coração partido. É claro que isso não acontece do dia para noite e que às vezes parecerá que você não dará conta. Mas, acredite em mim: se você se dedicar e focar em si mesmo, tudo vai melhorar.

E aí, consegui te ajudar com este texto? Então, que tal retribuir o favor? Compartilhe o conteúdo nas suas redes sociais; isso me ajuda demais!

SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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