Você sabe o que é ser bissexual? Vamos falar sobre Visi-BI-lidade!

bissexual

Aproveitando o dia 23 de Setembro, dia da visibilidade bissexual, vamos falar um pouquinho sobre essa população!

Sabe aquela amiga que namorava com um cara, e de repente aparece namorando com uma mulher? Ou aquele amigo que na adolescência só ficava com meninas mas que hoje também fica com caras?

E aquela pessoa que se relaciona com outras pessoas, independente do gênero delas?

Provavelmente essas pessoas são bissexuais!

Ora, mas o que é, então, uma pessoa bissexual?

Vem cá que a gente te responde!

O que é a Bissexualidade?

Bissexualidade é quando uma pessoa (independentemente do gênero dela) se sente atraída afetiva e sexualmente por mais de um gênero. O que isso quer dizer?

Quer dizer que pessoas bissexuais se apaixonam e se sentem atraídas por pessoas. Não necessariamente só pelo sexo masculino ou feminino.

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Antigamente, ser Bi tinha a ver apenas com dois sexos. Porém, hoje o termo Bissexual abrange também a pansexualidade, por exemplo. É por isso que se diz “atraído por mais de um gênero”.

Ah, e se você também não sabe o que é a pansexualidade, é bem simples. Pan significa “tudo” ou “todos”. Então pessoas pansexuais, sentem atração, assim como as pessoas bissexuais, por pessoas.

Já sabemos o que é a bissexualidade, de modo geral, mas precisamos falar, também, sobre os constantes estigmas que essa população precisa “lidar”. Vamos falar sobre dois deles?

Todo bissexual é promíscuo

Não necessariamente. É possível sim uma pessoa bissexual estar em um relacionamento monogâmico, por exemplo. Sexualidade não é sinônimo de promiscuidade. Um tem a ver com a forma que alguém se relaciona afetiva/sexualmente e o outro tem a ver com questões morais.

Deixando de lado a discussão sobre a promiscuidade existir ou não, temos uma coisa muito importante para chamar sua atenção. A orientação sexual de uma pessoa só serve para explicar que ela sente mais ou menos atração por um grupo específico de pessoas.

O modo como cada indivíduo expressa sua sexualidade é diferente e o que define se ele será “promíscuo” ou não é a noção ética e moral que a pessoa tem.  

Bissexual é vetor de doença

E aqui, batemos na mesma tecla ali de cima. Qualquer relação sexual sem as devidas medidas protetivas se torna um risco. Não necessariamente a orientação sexual de alguém a faz um foco de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Se cuidem, se protejam!

Qualquer pessoa que tenha vários parceiros sexuais, pratique sexo sem proteção, não se higienize da forma correta e não faça consultas de rotina tem a chance de ter DSTs. Logo, quem não se cuida pode contaminar outras pessoas.

Mas… será que é só isso mesmo? A seguir colocamos um vídeo do canal “Põe na Roda” que ajuda a desmistificar alguns desses preconceitos. Dá uma conferida!

Mas e a Saúde mental dos Bissexuais?

Pessoas bissexuais sofrem discriminação tanto pela sociedade quando pela própria comunidade LGBT+. Com o apagamento e por muitas vezes não ser reconhecida como uma sexualidade “válida”, a pessoa Bi acaba por ter de lidar com questões como: “Ou você gosta de um ou de outro” e “Não dá pra gostar de tudo”, por exemplo.

Porém, como já falamos lá em cima, o ser humano tem diversas formas de expressar sua sexualidade. E apenas a pessoa pode dizer qual é a melhor forma para ela de se relacionar.

Em outras palavras…

Isso ajuda para que essa população esteja propensa a ter sua saúde mental afetada de diversas formas, sendo propensa a desenvolver, por exemplo, depressão, baixa autoestima e até mesmo, possuem, entre a comunidade LGBT+, maiores índices de suicídios.

Não só devido ao apagamento diante da comunidade LGBT, já mencionado ali em cima, mas também na hiperssexualização. É bem comum, por exemplo, pessoas bissexuais receberem convites para sexo a três, mesmo que não seja algo que a pessoa tenha um real interesse!

Pessoas bissexuais também tendem a assumir sua orientação sexual com menos frequência do que as pessoas gays e lésbicas. Além disso, também desenvolvem mais transtornos mentais, de acordo com o Human Rights Campaing

Uma pessoa bissexual não é confusa. Ela não é “meio hetero e meio homo”.Ela é Bi! E todas as formas de amor, são válidas. Essas pessoas também merecem respeito, merecem ser reconhecidas e merecem seu lugar na sociedade. Por isso a bissexualidade precisa ser falada, principalmente nessa semana, em que se tem o dia da Visibilidade Bissexual!

Compartilhe esse artigo! Ajude a diminuir a bifobia e a divulgar todas as formas de amor! E se você ficou com alguma dúvida, pode me procurar no meu Facebook ou Instagram: @julianamazzettopsi !

Referência: Informativo “Bissexualidades” da Comissão de Psicologia, Gênero e Diversidade Sexual do CRP-MG, 2017.

Juliana Mazzetto é psicóloga clínica. Formada em Psicologia pelo Centro Universitário Newton e pós-graduanda em Psicologia Clínica Fenomenológico-Existencial pelo IFEN. Tem experiência em atendimentos clínicos, treinamentos e palestras.

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