Pensando em morar juntos? Veja o que você e seu parceiro precisam saber antes de se mudarem!

morar juntos

O namoro vai indo bem, tudo está certo, vocês se amam. Hora de dar o próximo passo: morar juntos! Agora é só colocar a roupa em uma mochila, escolher o apartamento e se mudar, certo?

Errado! Antes de pegar a chave da nova casa de vocês, os dois precisam fazer alguns combinados e ter certa organização. Esse cuidado, agora no início, é o que vai evitar que você e seu parceiro um dia seja aquele casal que fica sempre reclamando um do outro e brigando por tudo.

Por isso vou dar algumas dicas de cuidados que vocês dois precisam ter antes de assinar o contrato da nova casa. Vamos lá?

1. Deixe o amor para depois

O amor é importante. Não dá para negar que um relacionamento começa com apego que você tem pelo seu parceiro. O problema acontece quando vocês precisam morar juntos e têm que tomar decisões objetivas.

Você e seu parceiro gostam um do outro, correto? Se vocês gostam, significa que existe amor. Agora, tenta deixar esse sentimento de lado e pense de uma forma mais direta aqui comigo.

Se vocês vão morar juntos, significa que existem tarefas que cada um precisa fazer. Além disso, vocês têm seus trabalhos, finanças, objetivos em comum e várias outras coisas.

Mais do que nunca a maneira como um se sente, e se comporta, vai interferir na vida do outro. Por isso, por mais que exista amor, vocês devem pensar de uma maneira prática a respeito dessa situação. Essa é a melhor forma de ter um relacionamento saudável a longo prazo.

Então, pelos próximos minutos, mantenha sua mente aberta e olhe para os próximos tópicos apenas com uma pergunta em mente: o que eu preciso fazer para que o relacionamento com a pessoa que amo seja feliz e saudável, mesmo quando moramos na mesma casa?

2. Veja se vocês tem tudo para morarem juntos

O primeiro passo é cuidar das coisas que vocês têm ou precisam. Vocês não vão dormir no chão e cozinhar em um balde com madeira acesa. É meio óbvio, né? Por mais que vocês querem levar uma vida simples, se é que esse é o caso, ou construir as coisas juntos, ainda existe um mínimo que vocês precisam para viver em uma casa.

Por isso vocês têm que fazer um levantamento. Vejam as coisas que vocês já têm, como talheres, panelas, eletrodomésticos, cama, enxoval etc. Aquilo que for essencial e que ainda não esteja comprado, considerem fazer a compra.

Lembrem-se de que vocês precisam pelo menos do mínimo para viver confortavelmente. Isso inclui uma cozinha funcional, uma área de serviço que dê para lavar as roupas, um local para dormir, um local para colocar as roupas (guarda-roupa, armários, closet etc.) e as roupas de cama, toalhas e panos de chão.

Fizeram o levantamento, viram o que já tem e o que ainda falta, é hora de determinar quanto vão gastar. Comece a pesquisar nos sites de compra e veja uma média do preço dos produtos que precisam, já deixe o dinheiro separado para quando for fazer a mudança. 

3. As coisas NÃO vão mudar quando vocês começarem a morar juntos

Às vezes você vai na casa do seu parceiro e acaba dando aquela ajudinha para limpar a casa, arrumar a cama ou lavar a louça?

Bom, isso não muda do dia para noite. Essa pessoa que você vê, que não organiza as coisas e deixa a casa bagunçada, é a mesma pessoa que vai morar com você. Não é por morarem juntos que o comportamento do seu parceiro vai mudar.

Tenha isso em mente. Todos os combinados e todas as coisas que vocês fizerem têm que levar isso em consideração, senão você pode se decepcionar.

Ah! Não significa que seu parceiro vai ser sempre uma pessoa bagunceira, apenas que será necessário fazer combinados mais objetivos e claros no início, uma vez que você não pode contar com a experiência dessa pessoa e nem com os hábitos que ela tinha.

4. Combine ANTES de se mudarem

Entendido até aqui? Ótimo!

Próximo passo para morar juntos: definam os combinados e as obrigações de cada um antes de se mudarem.

Para evitar aquelas brigas clássicas que o casal sempre tem, que normalmente acaba com alguém insultando o outro, tudo precisa ser bem claro. Entenda: namorar e morar juntos são coisas completamente diferentes.

Vocês precisam dividir as tarefas domésticas e têm que fazer combinados. Se você não gosta que a toalha fique pendurada no banheiro depois do banho, negocie isso com seu parceiro antes de se mudarem. O mesmo vale para qualquer outra coisa que você goste, ou não, que aconteça em sua casa.

Com relação às tarefas domésticas, existe um truque que gostaria de passar para você. Em vez de simplesmente dividir as tarefas, faça uma lista com todas as tarefas de casa e organize elas da que você menos gosta até a que você menos se importa de fazer.

Por exemplo, eu, Wendell, detesto lavar banheiro, mas não me importo nem um pouco em lavar louça. Não seria interessante eu lavar a louça todos os dias e não lavar os banheiros? Principalmente se minha parceira odiasse lavar louça e não se importasse em assumir a limpeza dos banheiros.

Essa lista é para ajudar vocês a separarem as tarefas por nível de incômodo. Claro que sempre vai existir alguma atividade que nenhum dos dois gosta de fazer, mas de modo geral vocês vão evitar aquelas atividades que menos têm vontade de fazer.

5. Faça um contrato da lista de tarefas

Hora de formalizar! Agora que vocês já decidiram qual é a tarefa de cada um, O ideal é fazer isso virar um combinado, um contrato.

Calma, não precisa reconhecer firma e nem de testemunha. A proposta é mais simples que isso, é apenas uma formalização do que vocês discutiram. Isso serve para evitar confusões do futuro e deixar claro qual é a obrigação sua e do seu parceiro.

Agora deixa tudo isso bem bonito em um papel. Cole a lista de tarefas na porta da geladeira ou do guarda roupa. 

Prontinho! Agora está claro qual é a responsabilidade de cada um de vocês e quem deve assumir cada tarefa de casa. Se houver dúvida, é só olhar no papel e assim vocês evitam brigas motivadas porque alguém deixou de fazer algo que não sabia que deveria fazer.

6. Repense as tarefas quando for necessário

Nem sempre vai dar para fazer todas as tarefas, então não considere essa lista como se fosse uma coisa imutável. Vocês podem discutir a respeito dela e pensar em novas formas de viver a vida a dois.

Às vezes vocês podem começar a detestar algumas tarefas, ou a ter vontade de fazer outras. Isso é completamente natural e negociável, a flexibilidade é importante na hora de morar juntos.

7. Troque as tarefas, mas troque MESMO!

Precisa mudar uma tarefa com seu parceiro? Mude! Como falei, não tem problema trocar. O que vocês não podem fazer é uma pessoa assumir mais obrigações enquanto a outra vai ter menos obrigações.

Seu parceiro disse que não consegue ou não gosta de lavar louça? Negocie com ele usando as suas atividades e obrigações, para que ele assuma alguma delas em troca de você assumir a louça.

Sempre faça trocas, sempre deixe a vida de vocês mais simples para que morar juntos não seja um problema. Contudo, nunca aceite, a menos que seja um caso muito especial, pegar responsabilidades do seu parceiro sem que ele pegue alguma das suas.

Anote essa dica, ou você vai acabar se tornando a pessoa que lava louças há 30 anos e até hoje reclama que o seu parceiro não faz nada.

8. Não existe essa história de “não faz direito”

Repete comigo: cada pessoa tem a sua forma de fazer as coisas, não é porque ela faz de uma maneira diferente de mim que está errado.

Esse a partir de hoje é seu mantra. Apague aquela ideia que o seu parceiro não consegue, por exemplo, lavar um banheiro porque ele não sabe. Ou que ele não deveria cozinhar porque não aprendeu direito.

Isso só atrapalha a vida de vocês e faz com que você, especificamente você, tenha muito mais trabalho sem necessidade nenhuma.

Aceite que existem outras formas de fazer as coisas. Existem outras formas de limpar o chão, de trocar um chuveiro, de mexer no computador, de sentar no sofá, de cozinhar e de executar qualquer outra coisa que exista no mundo.

Aceitando que existem formas diferentes de fazer as coisas, Você também precisa aceitar que as pessoas podem aprender. Se seu parceiro nunca teve que fazer uma tarefa doméstica ao longo da vida, ele realmente vai ser menos habilidoso no início. Mas ele pode melhorar.

Ou, só porque ele ainda não aprendeu você vai tirar oportunidade dele de adquirir as habilidades e acabará assumindo todas as tarefas domésticas?

Nem você, nem seu parceiro, sabem tudo que precisam saber. Mas garanto que os dois têm potencial para evoluir, desde que se permitam. Então, em vez de criticá-lo e assumir o trabalho que ele está fazendo, considere ensiná-lo, mas apenas se ele estiver com dificuldades, e não por estar fazendo diferente de como você faria.

9. Não projete os problemas da sua família nesse relacionamento

Ninguém consegue fugir da sua própria história de vida, você e seu parceiro têm referências de como deveria ser um relacionamento e qual é a melhor forma de agir para ter uma vida feliz.

O problema dessa história toda é que vocês são pessoas diferentes dos seus pais. Logo, usar eles como referência, como parâmetro, pode apenas fazer com que a frustração aconteça.

Ao morar juntos, você e seu parceiro precisam se dispor a criar uma vida em conjunto, definindo dia a dia quais são suas regras e seus valores. Não carregue os problemas da sua família e os conflitos que tinha em casa para o seu novo lar

10. Dividam as finanças

Outro tema muito pertinente a essa etapa de morar juntos é a divisão das finanças. Esse assunto daria um texto inteiro só para falar sobre ele, e talvez eu faça exatamente isso no futuro.

Mas, inicialmente, o que posso dizer sobre o tempo? Bom, existem duas principais formas de dividir as finanças quando você mora com outra pessoa. 

A primeira é juntando os ganhos dos dois e colocando dinheiro como se fosse do casal. A segunda estratégia é feita somando as contas da casa e os gastos mensais, e dividindo o valor a ser pago entre você e seu parceiro.

As duas estratégias têm sua vantagem e sua desvantagem. No primeiro caso, o casal sabe exatamente quanto tem e quanto pode gastar, mas isso tira um pouco da Liberdade financeira dos dois, já que ambos precisam avisar o parceiro e anunciar seus gastos.

A segunda alternativa é como se fosse uma obrigação. Ambos continuam tendo sua liberdade financeira e gastam o dinheiro como quiserem, sempre respeitando os combinados, as contas a pagar e a situação financeira do casal.

Qual é a melhor estratégia? Isso depende muito, mas eu diria que deixar o dinheiro separado e dividir as contas do mês é mais simples. A grande desvantagem dessa modalidade é que a pessoa que ganha menos acaba pagando proporcionalmente mais, e fica com menos dinheiro para gastar consigo mesma.

E aí, gostou dessas dicas? Então, vou te fazer uma proposta: leia meu texto sobre os principais problemas no casamento e já se prepare para evitá-los!

SOBRE O AUTOR: Sou um psicólogo (CRP 04/51810) dedicado a ajudar pessoas a desbloquearem seu potencial máximo e alcançarem o sucesso em suas vidas. Minha missão é clara: eliminar as barreiras que impedem você de prosperar. Entendo que a jornada do desenvolvimento pessoal pode ser complexa, e é por isso que minha abordagem é sempre empática e flexível. Acredito que cada pessoa é única, com sua própria história, desafios e objetivos. Você não será rotulado aqui; em vez disso, exploraremos juntos o que está por trás de suas ações, pensamentos e aspirações. Com mais de 7 anos de experiência, estou comprometido em fornecer resultados tangíveis. Trabalho com abordagens baseadas em evidências, sempre considerando o contexto individual. Quer dar um passo em direção a uma vida mais plena e completa? Clique aqui e agende sua primeira consulta comigo!

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