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Síndrome do pânico: aprenda a controlar o medo

síndrome do pânico

Os sentimentos causados pela síndrome do pânico são horríveis, mas eles podem ser controlados. Você sabia disso?

Certa vez eu estava dentro do ônibus, esperando que ele chegasse no ponto em que eu desceria. De repente comecei a suar frio. As palmas das minhas mãos ficaram molhadas, meu coração disparou, senti uma forte pressão na cabeça, um vazio no peito e a respiração foi ficando mais e mais acelerada.

Junto com tudo isso, veio um medo indescritível, como nunca havia sentido antes. Para completar, eu estava em um lugar fechado, sem ter para onde correr e sem entender exatamente o que estava causando aquelas sensações em mim.

Você se identificou com essa cena? Já passou por ela? Pois é, esses sintomas acontecem na síndrome do pânico. Mas, tenho uma boa notícia para você: é possível controlar o medo e, até mesmo, acabar com essas sensações. Continue a leitura, vou explicar o que deve ser feito!

Para começar, vamos entender o que é a síndrome pânico?

Antes de eu contar para você os segredos para enfrentar o medo, precisamos entender o que é essa tal de síndrome do pânico. Primeiramente, posso dizer que ela é um conjunto de sintomas da ansiedade.

Mas, calma! A ansiedade não é um problema, tá bom? Ela é um estado psíquico natural e benéfico. O problema, assim como qualquer outra coisa na vida, é quando ela acontece em excesso e começa a atrapalhar sua vida.

No caso do pânico, por exemplo, a pessoa sente um medo intenso da morte, parece que a qualquer momento ela enfrentará um perigo verdadeiro que colocará sua vida à prova. Pode ser a sensação de ter um ataque cardíaco, de perder o ar, de sofrer um acidente, ser assaltado etc.

Nesses casos, o que acontece é uma ansiedade excessiva. A pessoa fica pensando em possibilidades futuras, criando cenários catastróficos, tendo reações corporais (como aquelas que falei no início do texto) e, simplesmente, ficando desesperada.

Além disso, quem está tendo o ataque de pânico tenta, desesperadamente, controlar o medo que sente. O problema é que esse controle raramente funciona, a sensação de pavor tende a aumentar e a pessoa fica cada vez mais paralisada e incapaz de fazer qualquer coisa.

De onde vem a síndrome do pânico?

Eu sei que você quer saber o que que causou sua síndrome do pânico e como curá-la de maneira rápida, mas nada é tão simples assim. Para você ter uma ideia, ainda não existe consenso sobre o que gera esse tipo de ataque nas pessoas.

O que nós, psicólogos e psiquiatras, sabemos é que a síndrome do pânico pode surgir pelo excesso de estresse, questões genéticas ou por mudanças bruscas na forma como seu cérebro reage a algumas situações.

Dentro da sua cabeça o que acontece é o seguinte: o cérebro tem uma glândula chamada de “amígdala”. Ela é a responsável por várias sensações que sentimos. Sempre que necessário, a amígdala libera um sinal e isso muda nossos estados psíquicos.

No caso de quem sofre com o pânico, o que acontece é que a amígdala libera muito de um sinal chamado “noradrenalina”. O cérebro fica inundado com esse sinal e a pessoa sente um medo intenso, como se estivesse diante de um perigo real.

Grande parte do problema está no excesso de controle

Sei que essa resposta não explica porque que você desenvolveu o pânico, mas ajuda a entender como ele funciona, não é? Só que eu ainda não acabei! Existem algumas hipóteses sobre o que faz a pessoa começar a ter os ataques.

Então, além da disposição genética e do excesso de estresse, existe uma ideia, que é a mais aceita, que diz que a síndrome do pânico surge quando a insegurança da pessoa começa a ser colocada em prova.

De um modo geral, nós acreditamos que podemos controlar as pessoas com as nossas palavras, não é mesmo? Achamos que podemos evitar assaltos ao sermos fortes ou inteligentes, que podemos evitar acidentes ao sermos cuidados e bons motoristas.

A grande verdade é que o ser humano não tem controle de nada. De absolutamente nada! Várias coisas acontecem ao acaso e não podemos mudar isso, independentemente do que façamos.

Entretanto, algumas pessoas não pensam dessa forma e tentam ao máximo controlar tudo. Quando percebem que não conseguem fazer isso, suas inseguranças aparecem. Em alguns casos a pessoa nem sabia que tinha essas inseguranças.

Como resultado, a perda de controle é inevitável. Assim, quem antes acreditava que conseguia fazer tudo e dominar tudo, agora passa por uma série situações em que perde completamente o domínio e acaba por ficar entregue às suas emoções e sensações corporais.

Além disso, todas as situações podem ser um desafio

O mais intrigante com relação à síndrome do pânico, e que acaba atrapalhando bastante quem sofre com os ataques, é que ela pode acontecer por qualquer motivo. Qualquer acontecimento ou comportamento pode ser um desencadeador.

Na Psicologia chamamos de desencadeadores os motivos que fazem com que alguém venha a demonstrar sintomas de alguma coisa. No caso do pânico, por exemplo, sofrer um acidente de carro pode ser um evento desencadeador para que a pessoa tenha intensa sensação de medo ao entrar em automóveis.

Isso é fácil de entender, não é mesmo?

Só que o problema aqui é um pouco mais complicado. Na síndrome do pânico, qualquer coisa pode desencadear os sintomas. Pode ser uma viagem de avião, um assalto, um acidente, uma briga, esquecer o troco no balcão da padaria etc.

Para você ter uma ideia de como isso é difícil, o medo de ter uma nova crise de pânico é o suficiente para desencadear uma crise. Ou seja, existem casos em que a pessoa entra em pânico por tentar se controlar para não entrar em pânico.

Parece um ciclo vicioso e sem volta, não é mesmo? Entretanto, a síndrome do pânico pode, sim, ser tratada. Jaja vamos falar disso!

Quais são os sintomas mais comuns da síndrome do pânico?

Além de querer entender de onde vem a síndrome do pânico, outra dúvida muito comum é sobre os principais sintomas. Quais são eles, como eles aparecem, qual o impacto de cada um deles na vida das pessoas?

Vou dedicar esse tópico a esclarecer essas perguntas. Como a síndrome do pânico tem vários sintomas e cada pessoa pode sentir uma coisa diferente da outra, vou focar apenas nos mais comuns.

Sudorese

A sudorese, ou suor, é um dos sintomas mais clássicos da síndrome do pânico. Apesar de cada pessoa reagir de um jeito, é muito comum que esse suor seja gelado e que as palmas das mãos fiquem molhadas.

Taquicardia

Além do suor, a aceleração dos batimentos cardíacos é algo bem característico da síndrome do pânico. Assim que as sensações de medo começam a aparecer o coração dispara, como se a pessoa estivesse correndo uma maratona.

Por mais comum que a taquicardia seja, ela é um dos sintomas que mais incomoda as pessoas no momento do ataque de pânico. Em geral, ela pode ser confundida com um ataque cardíaco e o medo que a pessoa sente  aumenta drasticamente.

Sensação de morte iminente

De modo geral, a síndrome do pânico faz com que a pessoa, durante o ataque, sinta desespero e ache que vá morrer. Durante todo o período da crise é comum que você sinta-se ameaçado e imagine que a qualquer momento algum evento vai acabar com sua vida.

Sensação de estar enlouquecendo

No tópico passado eu falei que o pânico pode aparecer quando as pessoas percebem que não conseguem controlar as coisas, lembra? Mas, isso não é tudo. Mesmo sem ter o controle da situação, nós nos mantemos conscientes de tudo que acontece.

Durante o ataque de pânico, apesar de todo o medo e desespero, as pessoas sabem que estão perdendo o controle. Em alguns casos você pode até mesmo entender que não existe motivo real para o medo, mas mesmo assim não consegue controlá-lo.

Nessas horas a pessoa pode perceber como é difícil usar a racionalidade, já que mesmo entendendo a situação seu corpo não responde de forma lógica. Dessa forma, acreditar que está enlouquecendo parece a conclusão mais óbvia, não é mesmo?

Mas, pode ficar tranquilo. Se você já passou por isso, posso lhe dizer: você não está louco, mas precisa, urgentemente, de ajuda.

Outros sintomas da síndrome do pânico

Esses quatro são os sintomas mais conhecidos e divulgados sobre a síndrome do pânico, por isso dei uma atenção especial a eles. Entretanto, eles não são os únicos. A seguir listei outros sintomas que também fazem parte da síndrome do pânico. Confira!

Qual a diferença da síndrome do pânico para os outros transtornos de ansiedade?

No início do texto eu falei que a síndrome do pânico é só um dos vários tipos de transtornos de ansiedade que existem. Por ter essa classificação, algumas pessoas ficam um pouco confusas e começam a achar que qualquer tipo de ansiedade pode ser pânico.

Pelo fato de essa síndrome está cada vez mais conhecida, era de se esperar que as pessoas se identificassem com os sintomas, mesmo que não tivessem ataques de pânico, não é mesmo? Afinal de contas, todos os seres humanos podem sentir alguns desses sintomas em vários momentos da vida.

Então, a síndrome do pânico é diferente de uma ansiedade saudável pela permanência e intensidade dos sintomas. Nela, tudo é intenso demais, o medo é quase insuportável e as crises acontecem com bastante frequência. Em alguns casos as crises têm lugares específicos para acontecer.

Somado a isso, o pânico tem outra grande diferença em comparação aos outros transtornos. Além dos sintomas típicos da ansiedade (sudorese, taquicardia e falta de controle), na síndrome do pânico temos um elemento a mais: a sensação de morte iminente e o constante medo desse destino.

Essa síndrome não recebeu o nome de “pânico” à toa. Quem é acometido por ela tende a encarar seus piores pesadelos e sentir na pele as piores sensações que o corpo humano suporta, tudo isso sem ter uma causa bem definida.

Isso é muito diferente de, por exemplo, ter medo de uma barata. No caso da barata, existe um objeto fóbico (a barata) e ao nos livrarmos dela o medo acaba. As crises de pânico não tem algo tão específico assim, por isso o medo é tão persistente.

Existe outra alternativa para aliviar os sintomas da síndrome do pânico?

Essa síndrome, que é tão complicada e desagradável de conviver, tem tratamento. Além do tratamento feito com profissionais (vou falar dele no final do texto, prometo!), você pode usar várias estratégias para aliviar os sintomas e viver com mais qualidade.

A seguir, separei oito dicas que podem lhe ajudar nesse processo. Algumas são mais fáceis de seguir, outras exigem bastante esforço e uma ou outra podem ser bem difíceis para você. Independentemente de qual seja o caso, tente aplicar todas em sua vida, okay?

1. Conheça a síndrome do pânico

O primeiro passo é o “mais fácil”. Se você chegou até aqui, provavelmente já entendeu o que é a síndrome do pânico, quais são os principais sintomas, como que as sensações físicas atrapalham o dia a dia e todas as outras coisas que falei, não é?

Entretanto, você ainda pode buscar mais conhecimento sobre o assunto. Veja relatos no youtube, escute pessoas falando da própria experiência e de como superaram o pânico e seus impactos negativos na vida.

Quanto mais conhecimento você tiver, mais consciência você terá sobre o que está acontecendo com você. Isso não vai fazer você ficar bem, mas vai ajudá-lo a entender que algumas coisas, mesmo que ruins, acabam acontecendo e você não é o único a passar por isso.

Aqui em baixo vou deixar o vídeo da Flávia Tozzi falando sobre suas experiências com o pânico. Espero que isso possa lhe ajudar!

2. Entenda o que te deixa ansioso

Para fazer esse passo, você precisará ser um pouco mais analítico. Preciso que você pare, pegue uma folha de papel, uma caneta e se disponha a anotar tudo o que faz com que você fique ansioso.

Anote todas aquelas coisinhas do seu dia a dia que lhe tiram do sério e deixam a preocupação subir à sua cabeça. Pode ser as contas a pagar, o estresse no trabalho, o trânsito para chegar em casa etc.

Dê um destaque maior (pode ser circulando ou usando uma caneta de outra cor) para as situações em que o pânico aparece. Tente se lembrar dos principais momentos e veja se o ambiente é semelhante e se os ataques são antecedidos de algum acontecimento.

Vá para a prática!

Depois de identificados esses ponto, chegou a hora de ser criativo. Pense o que você pode fazer para evitar essa ansiedade. Pense nas estratégias que pode usar e nas formas que pode contornar as situações ansiogênicas (que geram ansiedade).

Por exemplo: se você fica preocupado com as contas no final do mês, uma estratégia muito legal para evitar a ansiedade é fazer um planejamento financeiro. Assim você consegue poupar, pagar todos os boletos e não precisa ficar esperando o começo do mês para ver se o dinheiro vai ser suficiente.

Com relação aos pontos em destaque (aqueles ligados ao pânico), não temos muito o que fazer por enquanto. À medida que você for entendendo como lidar com a ansiedade, as crises tendem a reduzir.

Entretanto, é muito importante que você continue fazendo as coisas que fazem a síndrome do pânico acontecer. Se você, durante o tratamento, deixar de ir nos lugares em que tinha os ataques, pode ser que você nunca mais volte a ir neles.

Por isso, sempre que sentir alguma melhora ou que estiver mais confiante, encare esse medo. Não precisa ser nada exagerado: encontre um amigo e peça para que ele lhe acompanhe. Se ficar muito ruim, apenas vá embora, mas não deixe de tentar!

3. Se relacione com as pessoas ao seu redor

Uma característica muito comum de quem sofre com a síndrome do pânico é se sentir distante das pessoas. Você, mesmo que esteja perto de seus amigos e familiares, sente-se sozinho, não é mesmo?

Isso é completamente normal, mas não é saudável. As pessoas estão perto de você para lhe ajudar. Sei que parece difícil acreditar nisso, sei que você sente como se estivesse vivendo em um mundo à parte, distante de todos.

Entretanto, as pessoas não pensam da mesma forma. Você está assim porque está exausto, cansado de lidar com as sensações que passam constantemente pelo seu corpo e mente. É normal se sentir assim, tudo bem.

Mas, mesmo sendo normal, mesmo sendo esperado, isso não quer dizer que você deva aceitar essa condição. Converse com as pessoas, restabeleça seu laço com amigos e familiares. Eles serão fundamentais no seu processo de melhoria.

4. Reduza as associações negativas

Durante a nossa vida, fazemos várias associações. Muitas delas são boas e algumas são muito desagradáveis. Para que uma associação aconteça, é preciso que haja repetição e uma forte afetividade (sentimentos intensos).

Um exemplo de associação positiva é a televisão e o relaxamento. Ao ficarmos na frente da tv, costumamos relaxar, não é mesmo? Depois de algum tempo fazendo isso, apenas olhara para a televisão já nos remete à imagem de relaxamento.

Isso é bem legal e interessante, concorda? É uma forma super criativa que nosso cérebro tem de armazenar informações e nos fornecer estímulos de maneira prática e eficiente. O problema é que nem todas as associações são boas assim.

No caso do pânico, por exemplo, acabamos associando várias sensações corporais aos ataques. Você pode, por exemplo, ter associado a sensação de morte com a taquicardia. Como resultado, sempre que sente taquicardia o pânico dispara e fica difícil conter a ansiedade.

Esse tipo de associação precisa ser desfeita. Afinal de contas, durante nossos dias nós suamos, ficamos com a respiração pesada e temos taquicardia várias vezes. Nem sempre isso está ligado à síndrome do pânico e por isso não podemos permitir que essas coisas sejam gatilhos para um novo ataque.

Dessa forma, o que você pode fazer é o seguinte: reproduza essas sensações corporais em um ambiente controlado e seguro. Você pode, por exemplo, correr na academia. Isso vai fazer com que você soe, a respiração fique curta e os batimentos cardíacos acelerem.

Ao repetir o processo algumas vezes, você conseguirá entender que essas sensações não são do pânico, mas sim seu corpo agindo normalmente. Como resultado a síndrome do pânico apenas lhe afetará em situações muito específicas (que provavelmente você já sabe quais são).

5. Relaxe com o uso de técnicas

Como eu disse, as associações são uma forma inteligente que o nosso cérebro tem para se adaptar ao dia a dia. Do mesmo jeito que elas podem ser feitas de maneira equivocada, como no caso do pânico, elas podem ser usadas para o seu tratamento.

Durante as crises e ataques, não seria interessante ficar relaxado e criar associações de calma e relaxamento? Isso é possível, mas não é nada fácil. Para conseguir essa proeza, você precisará treinar e usar as técnicas de relaxamento diariamente.

Essas técnicas usam um misto de controle de pensamentos e controle de respiração, ajudando a ventilar o corpo da forma correta, reduzir a pressão arterial e aliviar a tensão muscular.

Dentre as técnicas mais comuns, a meditação é uma das mais importantes. Ela ajuda você a ter mais foco, a se concentrar no momento atual, a ignorar os pensamentos catastróficos e a controlar seus impulsos de fuga.

Se você ainda não medita, recomendo fortemente que comece a fazer isso desde já. É uma tarefa trabalhosa, muito difícil no início, mas que é essencial para uma vida saudável. A meditação já foi testada e aprovada cientificamente, então pode usar sem medo.

Além disso, algumas técnicas de respiração podem ajudar bastante a controlar o estresse. Principalmente quando você estiver ansioso demais ao ponto de não ser possível meditar. Um excelente exemplo disso é a Respiração Diafragmática.

6. Cuide do seu corpo, ele é seu maior aliado

Sei que essa dica é muito óbvia, mas raramente as pessoas dão a devida atenção para ela. Você precisa cuidar do seu corpo em todos os sentidos: faça exercícios físicos, se alimente bem, trabalhe, descanse, relaxe e medite!

Qualquer mal que você sinta, sentiu ou vai sentir está intimamente ligado com a saúde do seu corpo. Quando nos alimentamos da maneira errada, descansamos pouco e ficamos em ambientes estressantes nossa mente começa a dar sinais de que as coisas estão erradas.

Por isso, de nada adianta seguir todas as dicas, contar com os melhores profissionais e pagar pelos medicamentos mais caros, se você não cuidar do próprio corpo. Se sua saúde não estiver em dia, o pânico não vai lhe abandonar.

Então, aqui vai uma dica um pouco mais direta: marque uma sessão com um nutricionista, um clínico geral, um personal trainer (ou uma acadêmia) e reserve um terço da sua agenda para dormir e descansar. Isso é o mínimo que você pode fazer pelo seu corpo.

7. Reavalie sua vida (será que tudo isso é necessário?)

A essa altura do texto, você já entendeu que a síndrome do pânico é uma doença que afeta todos os âmbitos da sua vida, que pode surgir por vários motivos e que existem vários fatores que fazem ela ficar pior, correto?

Sabendo de tudo isso, aposto que você também já percebeu que várias áreas da sua vida precisam ser mudadas, não é? Talvez você esteja se dedicando demais ou de menos ao trabalho, talvez esteja ignorando o relacionamento com os amigos, família ou cônjuge.

Independentemente do que esteja acontecendo com sua vida, esse é o momento de reavaliá-la. Pense em seus objetivos, escolha o futuro que você gostaria de viver e comece a tomar decisões pensando nisso.

Se quer ter mais tempo com a família, talvez recusar uma promoção seja necessário. Caso queira ascender dentro da empresa, talvez a gravidez precise ser deixada para outra hora. Lembre-se: tudo se trata de escolhas.

Ninguém consegue ter tudo, ninguém é capaz de gerenciar tudo. Ao escolher uma coisa, você abdica de outra. Sei que isso parece um pouco triste, mas não é. Quando você escolhe conscientemente, a sensação de liberdade e prazer é autêntica.

Por isso, pense no que é melhor para você, pense no que você gostaria de fazer e ter e reavalie. Aceitar tudo ou negar tudo apenas vai fazer com que seu estresse aumente, o pânico se intensifique e nada mude.

8. Pense a longo prazo

Por fim, a menor dica de todas: tenha calma! A síndrome do pânico tem tratamento, mas leva tempo até que tudo se resolva. Fique calmo, aceite sua situação e tente melhorar um dia de cada vez.

Caso faça isso, daqui a pouco você se sentirá melhor, lembrará do pânico como uma memória antiga, apagada e sem muita importância. Mas, para que isso aconteça você precisará se esforçar, se dedicar e não desistir nunca!

Mas, o que precisa ser feito para acabar com o pânico de uma vez por todas?

Se você acompanha as postagens aqui do blog, provavelmente já sabe que o pânico não é uma coisa simples de ser tratada, não é mesmo? Por ser uma síndrome tão debilitante, é necessário contar com um trabalho multidisciplinar.

Dependendo do estágio em que a doença está, o tratamento psiquiátrico é indispensável. Ele ajudará a controlar a liberação de noradrenalina, reduzindo o medo e fazendo com que as crises apareçam com menos frequência.

Essa parte medicamentosa é só a primeira etapa do tratamento. Para prosseguir, também será necessária a ajuda de um psicólogo. Na psicoterapia você vai aprender a lidar com suas inseguranças.

O psicólogo vai lhe ajudar a entender o que está acontecendo com sua mente e como você pode cuidar dela melhor. Dessa forma, o tratamento médico serve para apagar o incêndio, reduzindo os sintomas mais fortes, e a psicoterapia ajudará a prevenir futuros incêndios.

Seguindo o tratamento corretamente e tendo o acompanhamento desses dois profissionais, a sua síndrome do pânico pode, sim, deixar de ser um problema. A longo prazo é possível até mesmo reduzir, ou abandonar, a medicação e levar uma vida tranquila.

Espero que este texto tenha lhe ajudado. Caso precise de alguma ajuda a mais, ou caso queira marcar uma consulta, é só me mandar uma mensagem no WhatsApp clicando aqui!

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