Como funciona o desejo masculino? Tudo o que você precisa saber!

Popularmente o que sabemos sobre o desejo masculino é resumido a estereótipos. Como sociedade, acreditamos que o homem é um ser incontrolável, que sempre está no clima de sexo, que pensa no tema o tempo todo e nunca falha.

Essa visão distorcida, forçada e caricata não serve para nada, exceto atrapalhar a cabeça de muita gente e gerar várias disfunções sexuais.

Sexualidade é um tema bem mais complexo e ele merece a devida atenção. Que tal começarmos a falar do desejo masculino de outra forma, analisando o que realmente acontece com o corpo e a mente do homem? Essa é minha proposta de hoje.

O que é e como funciona o desejo sexual no homem?

Desejo sexual, também conhecido como líbido, e excitação são coisas bem diferentes. Por uma convenção temos o costume de acreditar que estamos falando da mesma coisa, mas uma diferenciação é importante.

A libido é a vontade que temos com relação ao sexo. É o desejo que sentimos e os pensamentos que nos estimulam.

A excitação, por outro lado, é o foco que damos aos estímulos físicos que recebemos. Ela acontece diretamente no corpo e tem relação com as sensações de arrepio e prazer, bem com o processo de ereção.

Como funciona o ciclo de resposta sexual no homem?

O ciclo de resposta sexual é dividido em quatro etapas e um período refratário. Todas as pessoas passam por cada uma dessas fases durante a estimulação sexual, seja sozinho ou na companhia de outra pessoa.

Essas fases de resposta são:

• excitação: nesse estágio existe o aumento da pressão sanguínea, batimento cardíaco e o pênis começar a se encher de sangue. Esse também é o momento que a lubrificação começa a acontecer na glande (“cabeça” do pênis);
• platô: é o momento que antecede o orgasmo. Nele, a excitação aumenta e começamos a ter contrações musculares, assim como respiração mais curta e pesada;
• orgasmo: o orgasmo é o ápice do prazer. O homem sente uma contração que vai do pênis ao períneo (região entre o saco testicular e o ânus) e acontece a ejaculação, que pode ser acompanhada de sémen ou não;
• resolução: na resolução o corpo começa a relaxar. A contração muscular diminui, o batimento cardíaco desacelera e o pênis fica mais sensível, podendo causar sensação de ardor ao receber toques na glande;
• período refratário: após a resolução o corpo entra em um estado de “descanso”. Durante esse período a estimulação sexual não surte efeito e é difícil recuperar a ereção. O período refratário varia de duração dependendo da idade, da saúde e dos estímulos que o homem está recebendo.

Qual é o papel da testosterona no sexo?

A testosterona é o principal hormônio masculino. Ela tem uma ligação direta com a resposta sexual do homem e diversas outras ações relacionadas ao funcionamento do corpo, como crescimento de cabelos, densidade óssea e desenvolvimento muscular.

Na área sexual, a testosterona é um dos agentes responsáveis por produzir os espermatozóides e pelo desenvolvimento dos órgãos reprodutores (pênis e testículos).

Existem alguns estudos apontando para o papel da testosterona também no aumento da libido e na excitação durante a prática sexual. Contudo, ainda faltam mais pesquisas para que haja a comprovação.

Como acontece a excitação e a ereção?

Se pararmos para olhar como o organismo masculino funciona, podemos entender exatamente o que acontece dentro do corpo durante o período de excitação e como ocorre o processo de ereção.

Tudo começa no cérebro, quando uma gama de neurotransmissores (mensageiros químicos que nosso cérebro utiliza para se comunicar) envia sinais que vão da medula espinhal até a pélvis por meio dos nervos.

Ao receber o sinal o interior do pênis, composto por um tecido esponjoso, começa a se expandir, aumentando a dilatação dos vasos e permitindo a irrigação sanguínea na região. Com isso, o sangue pode circular até 50 vezes mais rápido.

O preenchimento do sangue no pênis, dentro dos dois tubos esponjosos que estão presentes na região, em conjunto com o fechamento das veias que drenam o sangue é o que gera a ereção.

O prazer sentido no pênis ao receber toques acontece graças a vários nervos que controlam o fluxo de sangue. Como são várias terminações nervosas, mesmo que alguma área esteja lesionada a ereção e o prazer ainda podem acontecer normalmente.

E a excitação?

Agora aparece uma dúvida: todo esse processo biológico, que acontece de maneira mecânica, tem início quando? A resposta é: quando existe estimulação.

Essa estimulação pode ser física, como o toque no corpo que gera prazer e aumenta o fluxo de sangue na região do pênis. A estimulação pode ser verbal (falar sobre sexo, por exemplo) ou pode ser no pensamento (pensar em sexo).

Em todos os casos, o nosso cérebro recebe impulsos que o mostram que está acontecendo uma estimulação. Esses impulsos fazem com que haja a liberação de neurotransmissores, dando início ao processo de excitação que acabamos de falar.

Como o orgasmo masculino, e a ejaculação, acontecem no corpo?

Focando mais especificamente no orgasmo, ele é dividido em duas fases: a emissão e a ejaculação.

Emissão

Nesse primeiro estágio existe a contração de três regiões:

• próstata;
• vesículas seminais;
• canal deferente.

Na fase de emissão o sêmen é transportado até a parte superior da uretra. Ele se acumula na região até ser expelido (ejaculação). Uma válvula se fecha nesse tubo, impedindo que o sêmen seja direcionado para a bexiga acidentalmente.

A emissão é conhecida como o “ponto sem retorno”. É quando o homem sente que o sêmen já está na posição de ser jogado para fora e que mesmo parando a atividade sexual e tentando se segurar, a ejaculação vai acontecer de qualquer forma.

Ejaculação

A segunda parte do orgasmo masculino é a ejaculação. Ela é controlada por aqueles mesmos nervos que geram prazer, que falamos anteriormente.

Graças a eles os músculos que ficam ao redor da base do pênis começam a se contrair de maneira rítmica (é aquela “pulsação do pênis” que acontece durante a ejaculação). O movimento empurra o esperma, ou sémen, através da uretra até a parte de fora do pênis.

Poucos segundos após a ejaculação o homem entra na resolução (aquela etapa do ciclo sexual que já falamos).

Quais são os principais pontos de diferença do desejo masculino em comparação ao feminino? 

A diferenciação entre os sexos é uma grande curiosidade, mas também um grande limitador que atrapalha a vida do casal na cama (na mesa, no sofá, na bancada da cozinha ou onde quer que façam sexo).

Seguir esse roteiro sexual de que o homem precisa persuadir a mulher e ela, por sua vez, deve ser a protetora do portão, só liberando a entrada em poucos momentos e apenas quando condições forem cumpridas (como no caso do uso do sexo como barganha) é terrível.

Isso faz com que ambos (homens e mulheres) se restrinjam a um roteiro e não inovem, se soltem e aproveitem o sexo como deveriam.

Alguns dos principais mitos que estão no conhecimento popular são:

• homem quer sexo o tempo todo;
• mulheres não gostam de sexo;
• se o homem não tem ereção é porque não gosta da parceira;
• sexo só existe com ereção;
• sexo é só penetração;
• é normal mulheres não gozarem;
• homens tem que gozar sempre;
• quem seduz é a mulher;
• quem precisa conquistar o sexo é o homem;
• a mulher não pode ter iniciativa para chamar o homem para o sexo;
• a mulher precisa se fazer de difícil no sexo;
• mulheres odeiam sexo anal;
• dor e desconforto no sexo é normal;
• sexo faz a vagina alargar;
• homens que sentem prazer no ânus são gays;
• o homem tem que estar sempre pronto para o sexo;
• não é comum brochar;
• homem sempre tem desejo;
• homem não precisa ser estimulado;
• falar sobre sexo é desnecessário;
• entre outros.

Poderíamos falar sobre esses mitos sobre o sexo e a diferença entre o desejo masculino e feminino até amanhã. Mas em vez disse, que tal falarmos das reais diferenças entre homem e mulher?

Essas diferenças realmente existem, mas para entendê-las precisamos ignorar todos os mitos que já falei.

A oscilação da libido

A maior e mais importante diferença entre o desejo masculino e o feminino é a oscilação da libido. Homens normalmente mantém um nível médio de desejo ao longo do mês, com poucas oscilações.

Mulheres, pelo contrário, tem oscilação do desejo em função do período do mês. No período de ovulação (também conhecido como período fértil) a libido feminina aumenta bastante, já na semana seguinte existe uma queda brusca.

Na média, a libido masculina e feminina é a mesma, com a diferença que o homem é mais constante e a mulher tem picos de desejo.

Período refratário

Outra diferença entre homens e mulheres é o período refratário. Após a ejaculação os homens precisam de algum tempo para se recuperarem do sexo e voltarem a ter ereções. Esse período pode ir desde alguns minutos até um dia de descanso.

O período refratário das mulheres é menor e em pouco tempo elas já estão prontas para ficar excitadas novamente.

Padrão de excitação

Uma característica importante é o fato de os homens conseguirem se estimular apenas com o pensamento. As memórias e fantasias geram excitação servem para aumentar o desejo masculino mesmo sem a necessidade de estimulação física.

As mulheres tendem a vivenciar um processo inverso: a estimulação física é o que aumenta o desejo. É claro que elas podem treinar para que os pensamentos também sejam estimulantes, mas a estimulação física tem um efeito diferente no corpo feminino.

Logo, é comum que homens tenham vontade de fazer sexo por conta das coisas que pensam, enquanto as mulheres podem ficar um pouco desanimadas no início, mas depois de alguns beijos a excitação vai aumentando.

Por esse mesmo motivo, é tão corriqueiro que mesmo após o orgasmo a mulher ainda queira mais estimulações e fique cada vez com mais desejo, enquanto o desejo masculino reduz e o homem apenas quer descansar.

O que pode gerar falta de interesse sexual masculino?

Falar de sexualidade sempre nos obriga a pensar nas fragilidades do ser humano. Poucas áreas refletem tanto os problemas da vida, as inseguranças e os medos quanto a falta de desejo.

Da mesma forma, poucas coisas mostram tão bem uma vida saudável quanto o interesse sexual de alguém e a forma como essa pessoa lida com seu corpo.

Por isso, vamos ver algumas das principais causas que atrapalham o desejo masculino. E atenção: não estou falando da ereção ou da ejaculação, isso será falado mais para frente. O tópico aqui são as coisas que podem reduzir o interesse que o homem tem pelo sexo.

Altos níveis de estresse

O estresse é outro dificultador do desejo. Por mais que popularmente tenhamos a ideia de que o sexo e o pensamento sobre ele ajudam a relaxar, na prática o que acontece é um pouco diferente.

Pensar em sexo enquanto estamos preocupados com boletos, problemas na família, insegurança no relacionamento, falta de dinheiro e com medo de perder o emprego é um grande desafio.

Mesmo que o homem se esforce para ter um pouco de desejo, uma hora ou outra os pensamentos negativos podem aparecer e atrapalhar toda a fantasia.

Ansiedade e depressão

Transtornos mentais, especialmente ansiedade (em um nível elevado, sendo classificada como um transtorno) e depressão, também são vilões do desejo masculino.

Em ambos os casos o homem tem dificuldade de se conectar com o presente e fica sempre preso ao futuro e estressado com relação a ele (ansiedade) ou revivendo questões negativas do passado (depressão).

A baixa autoestima entra nesse grupo. Sem se sentir seguro o homem tem grandes dificuldades de desenvolver seu desejo sexual.

Excesso de recusas aos avanços sexuais

O desejo sexual é um comportamento. Essa vontade que sentimos de realizar fantasias e fazer sexo é algo treinado e aprendido. O que significa que se esse comportamento não é reforçado ao longo da vida ele muda de intensidade.

Ao tentar avanços sexuais com uma parceira, o que o homem está buscando é a aprovação dela, certo? Quando ele recebe essa aprovação a tendência é que o seu desejo aumente e ele tente mais e mais vezes.

Por outro lado, a recusa desses avanços gera insatisfação e pode contribuir para a redução das investidas sexuais do parceiro.

Além disso, existe outro ponto importante: homens são ensinados, desde novos, que tudo o que importa para eles é o sexo e que eles precisam ser bons na cama e “fazer acontecer” sempre, sem exceção.

Por mais desconstruída que seja uma pessoa, ela não consegue se livrar totalmente desse estereótipo e a recusa sexual tem, sim, um impacto profundo: é como se a parceira estivesse rejeito o homem, não apenas o sexo (mesmo que essa não seja a intenção dela).

Aos poucos o homem começa a se sentir menos atraente, menos confiante e inseguro sobre sua competência para ter um relacionamento sexual.

Falta de companheirismo na relação

Confiar e ter liberdade na pessoa que divide a cama conosco é importante. E, infelizmente, poucos relacionamentos podem se dar a esse luxo.

Sem uma relação de companheirismo, na qual as duas pessoas do casal confiam uma na outra, é difícil estabelecer uma convivência saudável e ambos tendem a ficar “presos” nos estereótipos e em seus próprios mundos.

Isso impede que fantasias sejam exploradas, já que nunca sabemos (e nem queremos arriscar) qual seria a reação do nosso parceiro ao escutar alguma fantasia ou proposta.

Relacionamento longo e monótono

Relacionamentos longos também são um problema para o desejo masculino, mas não pelo tempo e sim pela monotonia.

Ao passar vários anos ao lado da mesma pessoa existe uma tendência de acomodação. Com isso, deixamos de inovar, de tentar, de criar, de experimentar e de fazer as coisas que aumentavam o desejo no início do casamento.

Como as duas pessoas do casal já se conhecem, elas não precisam mais fazer A ou B para saber o que o parceiro acha, elas já tem uma ideia do resultado e isso desestimula a exploração.

A falta de novidade tende a deixar até mesmo a relação sexual chata, e vai, aos poucos, matando o desejo.

Quais são as disfunções sexuais masculinas mais comuns?

O grande terror dos homens são as disfunções sexuais. Como a masculinidade está muito associada ao desempenho sexual, qualquer problema nesse campo afeta muito a autoestima masculina.

Ainda mais quando vivemos em uma cultura na qual a pornografia já faz parte do aprendizado e que homens, os maiores consumidores desse serviço, se comparam aos atores e ignoram o fato de todo esse ambiente ser um espaço fictício com cortes, poses corretas e roteirização — além do uso de medicamentos para manter a ereção.

Mas… quais são as principais disfunções sexuais que tanto assustam os homens?

Disfunção erétil

A primeira delas é a disfunção erétil ou impotência sexual (o famoso “ser brocha”). Essa disfunção é caracterizada pela dificuldade de ter e manter a ereção ao longo do sexo.

A principal causa da disfunção erétil é a idade, atingindo aproximadamente 25% dos homens acima de 65 anos. As causas para esse problema podem ser físicas (hipertensão, sedentarismo, diabetes, colesterol alto, tabagismo, entre outros) ou psicológicas (insegurança, medo de não satisfazer a parceira, estresse, ansiedade, depressão e outros).

Mas aqui entra um assunto importante: tem homens que não tem disfunção erétil, mas acreditam que sofrem com esse mal porque já perderam a ereção uma vez ou outra. E não, isso não é impotência sexual.

Nada mais comum do que perder a ereção. Isso acontece com qualquer homem e é um processo completamente natural. Mesmo durante um sexo excitante existem alguns momentos de menos prazer e é normal que haja uma perda do enrijecimento em consequência.

A pornografia não nos mostra isso, já que os atores sempre estão 100% eretos, mas o sexo de verdade é composto por ciclos de excitação e a ereção vai oscilando junto com eles.

Ejaculação precoce

Se formos criar um ranking dos maiores medos masculinos, a ejaculação precoce certamente fica lado a lado com a disfunção erétil. O fato de homens chegarem ao orgasmo “rápido demais” é motivo para críticas e piadas em diversos ambientes.

Nem preciso falar como essas práticas são negativas, né? A cobrança de desempenho sexual é um grande empecilho que — veja só — prejudica o desempenho sexual.

Dizemos que alguém tem ejaculação precoce quando o homem ejacula com menos de um minuto de prática sexual, às vezes acontecendo antes mesmo da penetração ter início.

É comum que homens acreditem que tenham ejaculação precoce mesmo sem ter. Novamente, a dinâmica do filme pornô atrapalha a nossa percepção de realidade. Na prática, o tempo médio entre o início da penetração e a ejaculação é entre 5 a 7 minutos.

O sexo, sim, pode durar bem mais tempo e ser acompanhado por várias etapas de penetração. Contudo, assim que começa a penetração contínua durante vários minutos a ejaculação tende a ocorrer nesse período que falei.

Apenas reforçando: ejaculação precoce só acontece quando o homem ejacula em menos de um minuto. Quem chega ao orgasmo entre 5 a 7 minutos após o início da penetração é uma pessoa saudável.

As principais causas da ejaculação precoce são a inexperiência sexual e conflitos psicológicos em geral (estresse, ansiedade, medo de reprovação, insegurança, repressão sexual etc.).

O que pode ser feito para despertar esse desejo? 

Como já conversamos bastante sobre o desejo masculino, chegou a hora de falarmos sobre como despertar esse tal desejo. Para isso, vou separar as dicas em dois tópicos: um deles voltados para o próprio homem e o outro voltado para sua parceira.

O que o homem pode fazer para aumentar seu próprio desejo?

Você, homem, pode cuidar do seu próprio desejo sexual com algumas ações simples no dia a dia. Mas atenção: as dicas que vou dar ajudam na libido, só que elas não são um tratamento para as disfunções sexuais que falamos (ejaculação precoce e disfunção erétil).

Entretanto, alguma dessas dicas pode, sim, aliviar o problema mesmo que não seja o tratamento ideal. Então, vale a pena tentar.

Entenda que existe um mundo além do seu pênis

Vivemos em uma sociedade conhecida como “falocêntrica”, na qual o pênis é o centro de tudo. Pensamos que a única coisa que pode nos dar prazer é o pênis e que ele precisa estar em qualquer contato sexual.

Além de isso ser uma mentira, esse pensamento também atrapalha a inovação na cama e deixa você, homem, preso a uma excitação específica que se falhar (perda de ereção, por exemplo) acaba o sexo.

Em vez disso, explore outras partes do seu corpo. Temos muito mais zonas erógenas do que pensamos. Na verdade, a pele é um órgão erógeno. Experimente sentir prazer com toque nas orelhas, pescoço, peito, glúteos, pernas ou um beijo mais demorado.

Quando sua parceira disser “não”, entenda o motivo

Ser rejeitado depois de uma investida sexual é péssimo e temos a sensação de que quem está sendo rejeitado é a nossa pessoa, não o pedido de sexo. Essa é uma realidade que homens precisam, sim, aprender a lidar.

Entenda: sua companheira nem sempre vai ter vontade de ter relações sexuais no mesmo momento que você. E está tudo bem se isso acontecer.

Mas para minimizar os efeitos negativos dessa decepção, que tal perguntar o motivo de ela não querer sexo? Ela explicará o motivo e você poderá tirar da cabeça que foi algo que fez, sua aparência ou qualquer outro motivo que esteja pensando.

Reduza a quantidade de pornô assistida

A pornografia nos dá padrões irreais de como é a experiência sexual. Entretanto, esse nem é o verdadeiro problema dela. O pior é que a pornografia nos condiciona a ver imagens extremamente excitantes, chegar no orgasmo rápido e depois fechar o vídeo.

Fazendo isso durante alguns anos existe a possibilidade de você, homem, não conseguir se excitar em um sexo real. Afinal de contas, demora até chegar nas partes mais “excitantes” do sexo com outra pessoa, não existe uma barra de progresso para avançarmos até lá.

Isso pode prejudicar sua ereção, pode fazer com que sua ejaculação aconteça rápido demais no momento de excitação (é isso que treinamos com a pornografia, não é?) e ainda atrapalha as suas fantasias, já que não é preciso treinar a imaginação quando o estímulo está na nossa frente e em formato de vídeo.

Use sua criatividade durante a masturbação

A medida que for reduzindo a pornografia, tente ser criativo na hora de se masturbar. Comece a atividade em um ritmo mais lento, vá pensando em cada etapa do sexo (desde antes de tirar a roupa até o orgasmo) e, pouco a pouco, aumente a intensidade do movimento conforme seus pensamentos avançam.

Inove durante o sexo

Manter sempre o mesmo sexo é algo bastante cansativo e desanimador. Por isso, busque inovar e levar algumas alternativas para a cama, tentando coisas novas e aproveitando para se conhecer e conhecer sua parceira.

Uma das vantagens de inovar no sexo é que antes de levar alguma ideia para a cama você precisa pensar nela. Desse modo, acaba melhorando sua imaginação e também se estimulando mentalmente com a expectativa dessas novas práticas.

Converse com sua parceira sobre sexo

Um sexo prazeroso é fruto de um trabalho em equipe. Tente conversar com sua parceira sobre seus gostos, fantasias, expectativas e dúvidas sobre o sexo. Tenha uma comunicação clara e aberta, escutando o que ela tem para dizer e exponha seus pontos de vista.

Isso vai deixar vocês dois mais abertos para novas experiências e para se conhecerem melhor.

O que a parceira pode fazer para aumentar o desejo do seu companheiro?

Seu parceiro está com baixo desejo sexual e você quer ajudá-lo a ter mais libido? Então, anote as próximas dicas. Elas vão te orientar a como fazer isso — mas lembre-se de sempre respeitar o tempo do seu parceiro e não ficar cobrando, já que a cobrança é uma das coisas que pode ter reduzido o desejo dele.

Dê em cima do seu parceiro

Homens não querem ser fofos, meigos, trabalhadores ou educados. Esses elogios são legais e podem, sim, ser usados. Mas… quantas vezes você chamou seu parceiro de “gostoso”? “Tesão”? “Delícia”?

Pois é, vivemos em um mundo no qual só o homem “dá em cima” e a mulher tem a “obrigação moral” de resistir às investidas. E o sexo é uma conquista para o homem, ele tem que merecer.

Mas deixando de lado essa construção social, pensa comigo: como os homens provavelmente devem se sentir? Será que eles sentem que são amados, que são atraentes, que despertam desejo em alguém?

É isso que você precisa proporcionar para o seu parceiro. Mostrar para ele que você se sente atraída por ele.

Tente beijá-lo com mais frequência, fazer algumas carícias mais “quentes” sem que ele peça. Elogie ele, chame-o de “gostoso” e outros apelidos semelhantes, literalmente dê em cima do seu parceiro.

Tudo bem dizer “não”, mas explique o motivo (e sugira outra oportunidade)

Quando você recusa as investidas do seu parceiro ele sente isso como uma recusa à pessoa dele. Essa pode não ser sua intenção, mas o que vale é o que é percebido pela pessoa.

Como consequência — como falamos antes — a tendência é que ele vá perdendo o desejo a cada investida fracassada.

Isso não significa que você precise oferece sexo sempre, e aceitar fazer as coisas no momento que seu parceiro bem entender. Mas em vez de apenas recusar, comece a explicar o porque você não quer.

Em vez de empurrar ele ou falar “agora não”, diga que está cansada, explique que está com dor de cabeça, fale que não está no clima porque acontece A ou B no trabalho.

Além disso, complete dando uma alternativa, sugerindo outro momento para vocês fazerem sexo e terem a intimidade de vocês. Isso ajuda a mostrar que o problema não é a pessoa, e sim algum incômodo que no momento não deixa que você fique excitada e pronta para a prática sexual.

Não foque apenas no pênis do seu parceiro

Explore o corpo do seu parceiro. Tire o foco do pênis e comece a usar tudo que o corpo dele tem para oferecer. Faça massagem, beije o pescoço, o peito, as pernas. Aproveite da sensibilidade da pele para proporcionar prazer.

Assim vocês não só descobrem novas fontes de excitação, como também podem aliviar a pressão que existe sobre o pênis, evitando com que o medo de não ter uma ereção, por exemplo, atrapalhe esse momento tão gostoso a dois.

Converse com seu parceiro sobre fantasias sexuais

Se a ideia é estimular o desejo, precisamos trabalhar isso dentro da mente da pessoa, concorda? É aí que entram as fantasias sexuais.

Talvez seu parceiro não esteja treinado para pensar nas próprias fantasias, e falar sobre as suas vontades poderia servir de exemplo. Que tal sentar com ele e ter uma boa conversa sobre as coisas que você sente vontade? 

Durante o papo, pergunte sobre as coisas que ele também gostaria de fazer. Questione se ele gosta de A ou B. Use alguma lista de fetiches mais comuns para ver como ele reage. Enfim, seja criativa.

Se solte na cama e se permita sentir prazer

O sexo precisa ser prazeroso para as duas pessoas. Sexo é conexão. Querendo ou não, seu parceiro sente quando você não está aproveitando o sexo e ele entende que aquilo como culpa dele, mesmo que o motivo seja algum pensamento ou trava sua.

Para proporcionar prazer, você precisa sentir prazer. Tenha isso em mente sempre!

Boa sorte na hora de lidar com o desejo masculino

Já conversamos bastante por hoje. E só tenho a desejar para você uma boa sorte e muita dedicação para estimular o desejo masculino e melhorar a qualidade da vida sexual sua e de quem vai para a cama com você.

Caso sinta que as dicas do texto não foram suficientes e ainda  precisa de uma ajuda profissional, entre em contato comigo clicando aqui.