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Problemas no casamento: os 10 principais motivos que você precisa conhecer

problemas no casamento

Briga de casal e problemas no casamento são duas coisas super comuns, que já encaramos com certa naturalidade, certo? É tão normal pessoas em um relacionamento brigarem que podemos, inclusive, ignorar o quão negativo isso é e, principalmente, o fato de que as desavenças, discussões e ataques não são saudáveis e não deveriam acontecer.

A parte que mais me chama a atenção nessa história, por eu ser psicólogo, é o fato de que os casais frequentemente brigam pelos mesmos motivos. São 10 assuntos que sempre circulam as desavenças da vida a dois.

Quer conhecer quais são esses principais problemas no casamento? Vem comigo!

1. Divisão de tarefas

A coisa que mais escuto no consultório é: “ele não faz nada em casa”. Quase sempre desse jeitinho mesmo, no masculino.

A má divisão de tarefas em casa faz com que uma pessoa fique sobrecarregada. Os casais normalmente não tem um combinado de quem deve fazer o quê em casa, em qual horário, quando precisam se ajudar etc.

Sem essa organização, o que acontece é que uma pessoa assume todas as tarefas e depois de algum tempo, já cansada, começa a reclamar do parceiro.

2. Finanças

Cada pessoa lida com o dinheiro de uma forma. Algumas pessoas guardam o máximo que dá, outras poupam para conquistar o que querem (viagens, bens e serviços) e algumas — a maioria das pessoas, diga-se de passagem — gasta primeiro e trabalha para pagar depois.

Quando as finanças perdem o controle e a desorganização toma conta, as brigas começam: “não dá para comprar isso”, “temos que economizar”, “estamos gastando muito” e por aí vai.

O pior de todos os problemas é que as pessoas têm destinos diferentes para seu dinheiro. Enquanto alguém prefere comprar produtos de limpeza de higiene de melhor qualidade, outra vai achar isso um desperdício e prefere a cerveja gelada no final de semana.

Conflitos sempre vão surgir dessas diferenças e falta de gestão financeira.

3. Cuidado com os filhos

Existe fórmula certa para educar os filhos? De acordo com a Psicologia, sim. Mas é praticamente impossível seguir um guia completo com todos os cuidados que uma criança e um adolescente precisam.

Então, no final das contas, acabamos usando nossa experiência, valores e costumes para dar a melhor educação que conseguimos (mesmo que ela não esteja amparada pela ciência), certo?

Até aí, tudo bem. O problema começa quando você tem uma visão do que seria uma educação ideal e seu parceiro tem uma outra concepção. Ambos querem o melhor para os filhos, mas a forma como educam é totalmente diferente.

Essa diferença gera brigas, e raramente o casal senta para decidir o que é realmente melhor para as crianças e adolescentes sob sua tutela.

4. Estilo de comunicação diferente

— “Parece que eu falo coreano, eu digo ‘arroz’ e ele entende ‘televisão’”.

Essa frase foi dita por uma cliente minha. Ela estava se referindo ao fato de que ela e o marido não conseguiam ter uma boa comunicação. Eles não se entendiam e constantemente precisavam lidar com alguma briga causada pela má interpretação.

Pessoas têm estilos de comunicação diferentes. Eu, por exemplo, uso “incrível” quando acho algo muito bom, já algum amigo pode usar o termo “foda” ou, com mais girias ainda, “do caralho”.

A forma como nos expressamos nem sempre é entendida pela outra pessoa, essa falha na comunicação atrapalha tudo. Contudo, o buraco é ainda mais em baixo: no início até nos explicamos mais quando a pessoa não entende, mas com o passar do tempo perdemos a paciência e desistimos de nos comunicar de maneira eficiente.

5. Linguagem do amor diferente

Você conhece as 5 linguagens do amor? Tem um texto aqui no blog completinho sobre o assunto, até com um teste para você descobrir qual é a usa linguagem. É só clicar aqui e ler o conteúdo na íntegra!

Mas de maneira resumida, as linguagens do amor são uma teoria que diz que cada pessoa tem uma forma de expressar amor. São 5 linguagens no total, e só nos sentimos amados quando nossa linguagem é reforçada.

Se para mim amor é receber carinho, como cafuné, eu só vou me sentir amado quando receber isso. Por outro lado, se minha parceira se sente amada quando faço algo para ela, ela só se sentirá amada quando eu tiver o cuidado de fazer um jantar, lavar a louça ou outras coisas do gênero.

As linguagens são uma forma de cuidado que temos com nossos parceiros. Quando as linguagens diferem, o que é totalmente natural e normal, corremos o risco de mostrar amor da forma como gostaríamos de receber, e a outra pessoa acaba não reconhecendo isso.

Nesse processo, sempre ficamos com a sensação de que estamos “fazendo demais” e que a outra pessoa “não reconhece nosso esforço”, quando na realidade ela só está esperando uma demonstração diferente de afeto.

6. Sexo e intimidade (ou a falta deles)

Acordar, fazer o café da manhã, tirar os filhos da cama, arrumar as camas, levar as crianças para a escola, ir para o trabalho, ficar oito horas em um escritório, pegar as crianças na escola, voltar para casa, colocar as crianças no banho, fazer a janta, tomar banho…

Ufa! É muita coisa, né? E nem falei sobre limpar a casa, estudar, fazer exercício físico e vários outros hábitos necessários. Com tanta coisa, falta tempo para se dedicar ao parceiro, concorda?

O casal vai se afastando à medida que essa rotina doida, bagunçada e cansativa passa a fazer parte da vida dos dois. Em vez de sexo ou de passar um tempo juntos vendo uma série, o que os dois querem é dormir, comer e fazer alguma atividade relaxante sozinhos.

Esse afastamento mata a vida a dois. E olha que estranho: não necessariamente isso gera brigas. O casal pode reclamar, dizer que não tem intimidade mais, mas as brigas por esse motivo são raras, porque ambos estão exaustos. O que não significa que não é um problema.

7. Tédio e falta de novidades

Sabe aquele problema de rotina que falamos um tempinho atrás? Então, além da falta de intimidade, ele também faz o relacionamento entrar no tédio.

Essa mesmice é incômoda, uma hora cansa e o casal fica irritado com qualquer coisa. É justamente quando o tédio toma conta que começamos a escutar frases como “de novo isso?” e “vamos fazer algo diferente hoje?”.

8. Tentativas de mudar um ao outro

Quando encontramos alguém para nos relacionar, é importante entender que aquela pessoa não vai mudar muito nos próximos anos. Todo ser humano aprende, todo ser humano é capaz de mudar o comportamento, mas nem todo mundo fazer essa mudança.

Tentar mudar a outra pessoa, normalmente criticando os comportamentos dela e apontando defeitos nas coisas que faz, é uma ótima forma de acabar com o relacionamento. A pessoa se sente desvalorizada, incapaz e frustrada pelo fato de quem está ao lado dela, sua esposa ou marido, não reconhecer pontos positivos em seu comportamento.

Essa frustração tem dois desenrolares: ou a pessoa fica mais depressiva e desanima ou ela começa a ficar com raiva e devolver as críticas e provocações.

9. Contagem de pontos (como um jogo)

Relacionamento não é disputa!

Quantas vezes já não precisei repetir essa frase? Casais tratam seu relacionamento como se fosse algum tipo de jogo, no qual cada ação gera pontos e quem tem mais pontos ganha.

Essa disputa, e a troca de “pontos por recompensas”, só carinho e afeto para o parceiro quando ele faz exatamente o que esperamos, serve apenas para deixar o relacionamento mais mecânico e instável.

10. Expectativas irrealistas

Para o final, o maior de todos os problemas: as expectativas.

Todos temos expectativas, isso faz bem e nos move, nos faz melhorar e investir nosso tempo em prol de algum objetivo. Só que tudo tem seu limite. Uma coisa é ter a expectativa de que você vai conquistar um emprego melhor, a outra é ter a expectativa que seu parceiro vai chegar na quarta-feira, limpo, de terno, com um buquê em mãos, contratar uma babá e te levar para jantar de surpresa.

Essas expectativas, quando em excesso, levam a constantes decepções. Se não acontece aquilo que esperamos, ficamos chateados e frequentemente culpamos a outra pessoa por não ter lido nossa mente — ridículo? Mas é a pura verdade, e acontece — e feito o que queríamos.

Problemas no casamento são difíceis de resolver, principalmente porque você e seu parceiro estão tão “dentro” do conflito que não conseguem ver uma saída. Por esse motivo, sempre é recomendado buscar a ajuda de um profissional da Psicologia, especialmente quando as desavenças e descontentamentos ficam mais fortes.

Mas existem alguns sinais que você pode prestar atenção, e ao percebê-los deve marcar uma consulta o mais breve possível. Quanto antes o tratamento começa, menos tempo ele leva até alcançar o resultado que vocês buscam, que é ter um relacionamento saudável.

Os sinais são:

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