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Medo de mudança: porque as transições da vida nos deixam receosos

medo de mudança

O mundo, assim como nossas vidas, está em constante transformação. Cada dia surge uma novidade e uma forma diferente de fazer o que já estamos acostumados. No meio de tudo isso, algumas decisões precisam ser tomadas, mas o medo de mudança atrapalha bastante.

E não importa que tipo de pessoa você seja, certamente existem algumas coisas que não podem mudar em sua vida, não é mesmo? Talvez seja o lugar onde mora, seu parceiro, forma de pensar ou o cargo que ocupa na empresa.

Mas e se isso mudar? E se as exigências se tornarem outras? Tem como sobreviver às oscilações da vida? Certamente sim! Neste texto vamos conversar um pouco sobre o assunto.

Admita: você gosta da sua zona de conforto

Zona de conforto é o nome dado para o conjunto de ações, pensamentos e comportamentos que você está acostumado a ter e que não lhe ameaçam. Quando nesta zona, você não se sente ansioso, nem fica com receio sobre a consequência de suas ações.

Todas as pessoas têm uma zona de conforto, um porto seguro. Essa “região” é usada para evitar que nos estressemos demais ou que gastemos muito de nosso tempo em reflexões profundas antes de tomar cada decisão.

Apesar desses benefícios, manter-se o tempo todo dentro do mesmo ciclo de ações, pensamentos e comportamentos pode ser prejudicial. Levando você, por exemplo, a perder uma oportunidade de trabalho, a melhorar o relacionamento ou a sentir-se melhor consigo mesmo.

Como surgem as zonas de conforto?

Ninguém nasce com zonas de conforto já definidas. Elas são criadas graças às experiências que temos.

Isso significa que no início tudo era assustador, mas depois de fazer a mesma coisa algumas vezes você passou a ter controle sobre as sensações que sentia em seu corpo. Como resultado, alguns comportamentos e pensamentos se tornaram “comuns”, sendo caminhos já conhecidos.

Podemos, inclusive, fazer a analogia com uma viagem. Imagine que você precisa viajar de carro hoje à noite. Você não conhece o caminho e a viagem é longa. Só a ideia de andar em uma BR nessas condições já é ansiogênica, não é mesmo?

Agora imagine que a viagem aconteceu e que ela foi excelente. Não só isso: os resultados foram tão positivos que você começou a fazer o mesmo caminho uma vez por semana. Após dois anos nessa estrada, será que você teria algum problema em viajar a noite? Provavelmente não.

Nesse exemplo, a estrada se tornou sua zona de conforto. Entretanto, se qualquer coisa mudasse (início de obras, mudança no sentido das vias, chuva excessiva etc) a ansiedade voltaria, já que você estaria em contato com novas situações, apesar de ser no mesmo ambiente.

O medo de mudança é normal

Como deu para perceber, o medo de mudança é algo completamente natural. Ele é importante para a nossa sobrevivência, já que nos impede de tomarmos decisões impulsivas diante de situações inesperadas e desconhecidas.

Graças a esse mecanismo de defesa podemos, por exemplo, pensar e repensar várias vezes antes de brigar no trabalho, xingar alguém ou simplesmente deixar de ir na faculdade pela primeira vez. Qualquer situação nova traz consigo algum grau de ansiedade e isso pondera nossas ações.

Mas mudar é preciso!

Mesmo que essa defesa seja muito útil na natureza, não podemos, de forma alguma, esquecer que o ser humano vive em sociedade. Essa vivência coloca em “xeque” vários recursos que temos, como é o caso da zona de conforto.

Diante de uma oportunidade de melhoria somos obrigados a abandonar nossos comportamentos típicos e buscar por meios alternativos de viver. Caso não consigamos, podemos perder a chance de conquistar algum sonho.

Não só isso: a zona de conforto também pode fazer mal. Quando mudamos de ambiente, mas não mudamos nosso comportamento, corremos o risco de não ter o resultado esperado. Nessa hora, ficar apenas repetindo as mesmas coisas pode levar você a ficar triste, rebaixar sua autoestima ou agravar um caso de depressão.

Para superar o medo de mudança, um passo de cada vez

Só lidar com as novidades fosse fácil, ninguém teria medo de mudança, não é mesmo?

Todo cenário novo é inseguro. Mas lembre-se: no início da sua vida não existiam zonas de conforto, você que criou elas diariamente, ou seja, é possível se sentir bem fazendo coisas diferentes, mas só se você tentar.

Então diante de uma novidade, dê o primeiro passo e avalie as consequências. Não pule de cabeça em um novo relacionamento ou emprego, avalie as opções, pergunte-se se é isso mesmo que quer e vá com calma. Nada de “colocar todas as fichas” em um único lugar, okay?

Assim que você for conseguindo ter resultados positivos, fica mais fácil continuar. Por isso cada passo é mais fácil que o anterior; e o primeiro é, sem dúvida, o pior e mais difícil de todos, mas também é o mais importante.

Siga essas 5 dicas, elas vão ajudar

Para que você não tenha que enfrentar a mudança sozinho e despreparado, separamos seis dicas. Leia, avalie e coloque-as em prática!

1. Faça uma lista de prós e contras

Nem toda mudança é boa ou ruim. Isso significa que às vezes sua zona de conforto é mais vantajosa para você do que as oportunidades que aparecem, mas às vezes não.

Então para saber qual é o caso, o ideal é montar uma lista de prós e contras. Se você confiar apenas em sua dedução, o medo de mudança pode levar a uma decisão errada.

Então pegue papel e caneta, divida uma folha A4 em quatro partes e escreva de um lado todos os pontos positivos e negativos da sua situação atual. Do outro lado, coloque os pontos positivos e negativos dessa mudança que pode acontecer em sua vida.

2. Aceite que você tem medo de mudança

Apesar de natural, é difícil alguém admitir que está com medo, não é? Esse tipo de aceitação é vista como sinal de fraqueza, incapacidade e dependência.

Mas pensar assim é um erro grave. Apenas ao aceitar quem somos e o que sentimos é que podemos mudar de verdade. Caso negue seu medo de mudança, como você o resolveria? É impossível “tratar” algo que não existe.

Então aceite sua situação e tome suas decisões com consciência, sabendo que o desconforto é natural, mas que você pode suportá-lo.

3. Converse sobre o assunto

De vez enquando você pode acabar sendo ofuscado por suas percepções. Por isso é legal conversar com alguém sobre as coisas que anda pensando. Dessa forma dá para escutar opiniões diferentes sobre o mesmo assunto.

Mas nada de ficar reclamando, viu? Converse normalmente, mostrando que isso que você fala é apenas uma alternativa e deixe que as opiniões da outra pessoa apareçam. Afinal de contas, você não quer nem ser visto como reclamão, nem quer influenciar as respostas que vai receber.

4. Dê o primeiro passo

Já pensou, repensou e tomou sua decisão? Então é hora de dar o primeiro passo. Lembre-se: essa é a parte mais difícil e se você conseguir passar por ela, o resto vai ficar muito mais fácil.

Então nada de começar a dieta na segunda-feira, voltar para a academia depois do feriado ou terminar o TCC no final de semana. Comece hoje a fazer o que você decidiu que vai fazer. Deixar para depois só fará com que as coisas sejam adiadas eternamente.

Quando adiamos as ações, corremos o sério risco de nunca colocá-las em prática. Como resultado ficamos insatisfeitos e com raiva de nós mesmos.

5. Converse com um psicólogo

Apesar disso tudo, o primeiro passo pode ser mais difícil do que parece, sendo um peso grande demais para você suportar sozinho. Nesse caso, que tal buscar a ajuda de profissionais?

Os psicólogos são pessoas treinadas para lidar com esse tipo de situação. Eles podem ajudar a refletir sobre suas ações, encontrar o motivo do “travamento” e buscar alternativas para solucionar o impasse e seguir adiante.

Graças às facilidades do mundo moderno, você nem mesmo precisa sair correndo para uma clínica. É possível ter acesso a profissionais capacitados no conforto da sua casa, por meio da orientação psicológica online. Então não existe desculpa para não buscar ajuda.

O medo de mudança pode atrapalhar suas ações, mas quanto mais você se esforçar, menos ele será impactante em sua vida. Então não desista e sempre corra atrás de novas oportunidades. Lembre-se: mudar faz bem!

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