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Vale a pena fazer faculdade? Vamos descobrir!

vale a pena fazer faculdade

Um dia desses, passando pela timeline do linkedin, me deparei com uma discussão inusitada: será que vale a pena fazer faculdade?

A grande diferença dessa discussão é que os envolvidos, em sua maioria (senão todos), já tinham formação superior. Coisa rara nas rodas de conversa espalhadas por esse Brasilzão, não é mesmo? Sendo bem sincero, os dois lados tinham ótimos argumentos e a disputa estava acirrada.

Apesar disso, as pessoas não chegaram a nenhuma conclusão e o rumo tomado foi muito semelhante a tudo que vemos na internet. Depois de algumas negações os envolvidos começaram a se atacar (educadamente, é claro) e perderam o foco.

Só tem um probleminha nessa história. Quem estava interessado no resultado da discussão acabou ficando sem a resposta que queria. Mas e aí, vale a pena fazer faculdade ou o título é uma perda de tempo? Andei pensando sobre isso nos últimos dias. Vamos conversar sobre o assunto?

Para que serve a faculdade?

Antes da gente começar a falar sobre a validade de um curso superior, que tal entender a serventia dele?

Os cursos universitários, apesar de habilitarem pessoas a atuar em profissões específicas (Medicina, Advocacia, Engenharia, Nutrição, entre outros), tem sua base na ciência. O objetivo primário do bacharelado (curso de ensino superior) é ensinar e perpetuar o conhecimento científico, formando novos pesquisadores.

Isso significa que a universidade serve para atrair, estimular e fomentar o crescimento de pessoas que buscam aprender constantemente. Apesar dessa visão ser diferente do que é comumente difundido no meio social, algumas coisas corroboram com esse ponto.

Veja bem, é comum que no final dos cursos superiores os bacharelandos tenham que fazer uma monografia. Esse estudo mais aprofundado nada mais é do que um dos vários tipos de pesquisa que existem (e ele assusta muita gente por ser tão complexo assim).

Além disso, todo o conteúdo de trabalhos, palestras, apresentações, provas e demais atividades acadêmicas gira em torno do aprendizado de conhecimento científico. Um aluno universitário deve evitar, por exemplo, usar um blog como referência. Em vez disso ele precisa pesquisar em periódicos (revistas científicas com artigos científicos) confiáveis.

Dessa forma, se seguirmos a risca a proposta da faculdade, o caminho mais normal seria ingressar em um mestrado e depois no doutorado (ambos são áreas de pesquisa, um mais aprofundado que a outro). Só que o que acontece é bem diferente, não é mesmo?

O comum é que as pessoas entrem direto no mercado de trabalho e procurarem por pós-graduações.

Como funciona a pós-graduação?

A escolha por cursos de pós em detrimento do mestrado e doutorado é um grande marcador que nos mostra como funciona a economia e a educação no Brasil. Cursos de pós-graduação, também chamados de especialização, são focados em ensinar coisas nichadas e bem focais.

Normalmente são conteúdos mais práticos que mostram como aplicar no dia a dia os conhecimentos adquiridos na faculdade. Esses cursos são, em sua maioria, necessários para que as pessoas consigam trabalhar.

Sabe por que isso acontece? Porque o curso universitário não ensina como agir no mercado de trabalho. É isso mesmo: são quatro ou cinco anos de teoria sobre questões profundas da área escolhida, mas nada sobre a forma de trabalhar, atender as pessoas ou aplicar o conhecimento na prática.

Moral da história: muita gente ainda entra na faculdade achando que está aprendendo uma profissão, mas na verdade a profissão é aprendida nas pós-graduações. No curso universitário nós aprendemos a ser pesquisadores!

Qual é o verdadeiro peso de um curso superior?

Apesar disso que falei, não se engane! O curso superior tem um grande valor; tanto pessoal quanto para o mercado de trabalho.

É correto dizer que a formação acadêmica molda nossa personalidade. Isso é tão verdade que existem algumas características muito marcantes de algumas formações que chegam a virar caricaturas fortíssimas (psicólogo é muito passivo, advogado briga fácil, engenheiro é muito racional etc.).

Mas mais importante que essas características, a universidade dá ao aluno um senso crítico que dificilmente seria conquistado por outros meios. Nem todas as pessoas aproveitam isso ao máximo, mas o curso é, sim, um grande facilitador do processo.

Quem segue a risca o que é mostrado nas aulas de metodologia, por exemplo, é completamente capaz de avaliar informações, pesquisar em novas fontes e perceber quando dados estão mascarados.

Essa análise crítica é ótima tanto para a carreira de pesquisador quanto para o mercado de trabalho. Outro ponto importante para os empregadores é que quem concluiu um curso universitário teve que se dedicar durante vários anos, então isso conta pontos tanto em empenho quando em fidelidade com um objetivo.

O técnico é realmente uma opção?

Só que como tudo nessa vida, sempre existem problemas e decisões a serem feitas. No caso da formação, a maior delas é a escolha entre tecnólogo ou bacharel.

Os cursos técnicos são muito mais diretos e práticos que as formações universitárias. Além disso, o tempo e o dinheiro investidos para se formar são muito menores. Somado a isso, existe uma demanda crescente por tecnólogos no mercado de trabalho brasileiro.

Isso acontece porque as pessoas que se formam na faculdade tem muito conhecimento teórico, mas pecam na práticas. Os tecnólogos, por outro lado, conhecem menos da teoria, mas lidam muito melhor com a execução de tarefas.

No final das contas, as equipes de trabalho precisam de uma pessoa com formação superior para resolver problemas. Os demais membros precisam ser pessoas aptas para “colocar a mão na massa”, ou seja, tecnólogos.

Afinal de contas, vale a pena fazer faculdade ou não?

No final das contas, se vale a pena fazer faculdade ou não, eu não sei dizer. Essa escolha depende dos objetivos que temos, da carreira que gostaríamos de seguir, do esforço que estamos dispostos a fazer e do salário que almejamos.

Mas essa escolha não precisa ser feita sem ajuda. Você pode buscar orientação com alguns profissionais, pedir dicas de amigos e até se submeter a experiências não remuneradas em empresas para ver o que mais lhe agrada.

Independentemente da sua escolha, entenda uma coisa: as titulações importam! Os títulos enriquecem o currículo, mostram conhecimento e vontade de melhorar constantemente. Então em vez de pensar se vale a pena fazer faculdade, que tal começar a investir em si mesmo? Matricule-se no próximo curso, procure por experiências e agregue mais valor para você na próxima entrevista!

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